Capítulo 21

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Vários alunos saíram do auditório. Alguns choravam e outros pareciam perplexos.

― Harris... ― Murmurou Rachel, me olhando com medo.

― Todos os alunos para fora do auditório agora mesmo! ― Ouvimos o diretor gritar e todos correram pelo corredor.

Descemos as escadas e saímos da escola, onde já tinham alguns funcionários do colégio.

― O que será que houve? ― Uma funcionária perguntou para outra. ― Eu ouvi uns gritos e achei que era um alarme de incêndio ou algo assim.

― Acho que foi pior que isso. ― A sua amiga rebateu e o diretor se aproximou dos alunos.

Eu encarei os meus amigos antes do Sr. Jensen começar a explicar o ocorrido.

― Aconteceu um acidente no auditório. ― Informou e algumas pessoas começaram a cochichar. ― Já chamamos as ambulâncias. Agora, vão para as suas casas e relatem o que aconteceu para os seus responsáveis. ― Pediu, nos olhando com atenção. ― Precisamos fazer uma reforma no auditório

[...]

O quê?! ― Joey perguntou assim que lhe expliquei pelo telefone o que tinha acontecido na escola.

― Eu não vi o que aconteceu, mas acho que sei o que pode ter acontecido. ― Apertei os lábios, olhando o meu quarto bagunçado.

E o que você acha que aconteceu? ― Ouvi a sua voz e engoli em seco.

― Eu... acho que alguém morreu. ― Respondi e tive certeza que o meu pai levantou as sobrancelhas, assustado.

Por que você acha isso?! Não, isso não aconteceu.

Eu não teria tanta certeza.

― Eu não sei... as pessoas saíram assustadas de lá.

Pode ser qualquer coisa, menos isso. ― Exclamou revoltado. ― Eu não posso trocar você de escola de novo... estamos em agosto e nenhuma escola da região aceita matrículas nesse período.

― Sem problemas.

Sem problemas?

― Sim, lá eu tenho amigos e... eu consigo me virar.

Estamos falando de um assassinato na sua escola.

― Não foi um assassinato. ― Afirmei e me levantei da minha cama.

E como você sabe?

― Porque eu sei.

Joey ficou em silêncio por um tempo.

Ok, hm... se cuida. ― Falou e encerrou a ligação.

Enfiei o celular no bolso e passei aos mãos pelo meu rosto.

Mais uma morte.

[...]

O dia havia se passado e agora estou deitado na minha cama, olhando para o relógio e com insônia.

Peguei o meu celular em cima da cômoda e pensei por um momento antes de ligar para a Campbell.

Disquei o número dela e esperei.

Harris? ― Rachel perguntou do outro lado da linha.

― Oi... ― Me sentei na cama e encarei os meus tênis pretos no chão.

O que houve?

― Você está correndo?

Sim, por quê? ― Sua voz estava ofegante e preocupada.

Que Se Torne RealidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora