não quero falar disso

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OBRIGADA por todos os comentários de vocês no capítulo anterior. não tenho nem palavras para descrever o quanto eles me confortaram, porque eu tive uma crise de insegurança muito grande com a fanfic ;((( fiquei cheia de receios, achando que minha escrita não está boa, que não estou conseguindo transmitir bem as ideias, que pode estar chato pra quem está lendo... acabei me comparando e achando que nunca vou chegar no nível que desejo. mas vocês me deram tantas palavras de carinho e incentivo, que estou mais tranquila. mais uma vez, obrigada <3 e DESCULPA pela demora para postar mais, é que essa semana está sendo corrida. mas o próximo sai sexta, só tenho que revisar.

quero aproveitar a brecha pra saber se vocês gostam de respostas nos comentários, porque sempre fico na dúvida se devo dizer algo ou não kkkkk

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Seonghwa teve dor de barriga e eu não consegui dormir, passei a noite sem revirando na cama. Tenho certeza de que fomos amaldiçoados a partir do momento que falamos de sexo dentro de um templo. E eu me culpo por isso, porque fui eu que descrevi como Wooyoung estava vestido e como me senti estranhamente atraído por ele. Droga, eu não deveria ter sido tão detalhista. Estou em maus lençóis agora, porque Seonghwa cismou que tenho interesse por Wooyoung e que vamos acabar nos envolvendo. Acho que nunca vou ter um minuto de paz.

A verdade é que eu nem sei se Jung sente interesse por homens, ou melhor, por mim, em específico. E isso é só mais um tópico dentro de uma lista gigantesca de motivos pelos quais não quero, não posso e não devo querer algo com ele.

Enquanto espero do lado de fora da casa, contemplo um pequeno canteiro de flores. E acabo sendo pego de surpresa por uma vontade súbita de colher uma delas, de preferência da cor rosa, e colocar atrás da orelha de Wooyoung. Porque gosto de flores. Porque acho que tal adorno cairia bem ao lado de seu rosto perfeito e faria contraste com seus cabelos lilás. Porque sei que vou sentir meu coração se aquecendo caso ele sorria e fique envergonhado. Porque sim.

Mas ele chega literalmente do nada, dentro de um táxi, e eu me junto a ele no banco de trás, esperando que diga logo aonde vamos e o que faremos, se não vou começar a achar que estou sendo sequestrado. E o mais triste é saber que esse sequestro seria um grande fiasco. Ninguém iria se preocupar em me resgatar. Isso no melhor cenário, porque no pior dariam graças a Deus por se livrarem de mim.

Explica-me que é um lugar que eu preciso conhecer, mas fica fora da cidade, em Arashiyama, uma província de Kyoto, por isso podemos demorar um pouco para chegar. Não me importo. Gosto de ficar olhando pela janela, de sentir o vento contra o meu rosto, de olhar para o lado e ver que Wooyoung está todo empolgado, dizendo que podemos ficar bastante tempo por lá e assistir o pôr do sol, esse mesmo sol que agora acaricia e aquece minha pele, como se quisesse me dar alguma esperança de que, sim, as coisas podem ser leves de vez em quando, e a dor pode se tornar menos insuportável, e uma pessoa que você pensou ser perigosa pode te transmitir uma energia inexplicável.

— Já estamos chegando — comenta. — Vamos passear pela floresta de bambus.

Ele fala algo com o motorista que eu não entendo e finalmente descemos do carro. Fico eufórico, porque estamos entrando na floresta e é tudo muito lindo. Tem um caminho cercado pelos bambus que, além de impedir que a gente se perca, deixa o local ainda mais bonito. Agora somos só eu e ele, podemos conversar livremente enquanto caminhamos.

— É a primeira vez que vem aqui? — questiono ao ver que ele também demonstra estar encantado com o lugar.

— Sim — meneia a cabeça. — Eu sempre quis vir, mas fiquei enrolando esse tempo todo, daí te conheci e pensei que poderia aproveitar e te trazer.

morning sun • woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora