dezoito

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A situação toda é tão surreal que preciso de alguns momentos para entender o que está acontecendo

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A situação toda é tão surreal que preciso de alguns momentos para entender o que está acontecendo. Então finalmente a ficha cai… estou beijando Bree Larson. Estou realmente a beijando, e a sensação é muito melhor do que qualquer coisa que eu possa imaginar. E pretendo aproveitar o máximo que eu puder, até ter o seu sabor gravado na minha memória. 

Seguro bem firme a sua nuca descoberta — seu cabelo está preso em um coque baixo — e puxo os pequenos pelos ali, sentindo-a se arrepiar bem diante dos meus dedos. Bree permite que minha língua vá cada vez mais fundo na sua boca, saboreando, explorando, e eu tomo tudo o que ela está disposta a me dar. Mas então o beijo vai se tornando algo mais… uma necessidade tão intensa que chega a ser palpável. 

De repente, sinto tudo ao nosso redor ficar minúsculo, tão pequeno que se torna extremamente quente. Mas tudo continua em seu devido lugar: as paredes, as pessoas, o palco, a névoa sob meus pés… na verdade, sou só eu. Isso nada mais é do que uma reação descontrolada dos meus hormônios ao beijo. Estou sentindo todo esse calor porque Bree está me deixando quente como o inferno, e se ela não parar agora de pressionar o corpo contra o meu, não sei quanto tempo mais vou poder controlar a minha ereção. 

Então, como se lesse meus pensamentos, ela se afasta lentamente, mas não é alívio que eu sinto; minha única necessidade é puxá-la de volta para mim e grudar nossos lábios novamente. 

Olho pra ela. Preciso piscar algumas vezes para ver claramente o seu rosto, pois a minha mente continua coberta por uma névoa extensa, como se eu estivesse flutuando no espaço. Então eu a vejo. Parece ainda mais bonita do que da última vez, no exato momento em que fechei os olhos. Seus lábios estão um pouco inchados pela pressão do beijo e suas bochechas carregam um leve rubor. Mas a expressão serena em seu rosto… a doçura nos olhos… não tenho dúvidas de que ela sentiu o mesmo que eu. 

Ficamos ali parados como dois idiotas olhando um para o outro. Pra ser sincero, acho que não existem palavras para poder expressar o que acabou de acontecer; às vezes o silêncio diz muita coisa, e isso basta. Apenas… mantenho-na nos meus braços. 

— Bree? Ei, Bree? Adhara, estou falando com… você…

Bree pisca como se tivesse acabado de sair de um transe, e vira a cabeça lentamente, finalmente cortando nosso contato visual. Ela olha para a irmã que surgiu de repente em meio à multidão, mas não se afasta de mim em nenhum momento. Não posso deixar de achar graça da expressão escandalizada de Serena, que está usando uma fantasia muito elaborada do que parece ser uma noiva.

— Já disse pra você não me chamar assim — rosna Bree entre os dentes.

Mas Serena parece embasbacada demais para se importar com o tom irritado da irmã. Agora ela está olhando para mim como se eu fosse algo realmente fascinante. 

— Estou atrapalhando alguma coisa? — pergunta ela, claramente tentando conter a animação. 

E é então que Bree parece perceber onde está — ainda nos meus braços — e se afasta discretamente. Tento manter a expressão impassível, mas não consigo ignorar o incômodo no estômago por muito tempo. 

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