vinte e seis

5.4K 728 253
                                    

Atravesso a porta da lanchonete com o coração batendo forte no peito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Atravesso a porta da lanchonete com o coração batendo forte no peito. Olho para os lados, nervosa, à procura de Tom, e meu corpo se enche de adrenalina quando eu o vejo andando um pouco mais à frente, com os punhos fechados em cada lado do corpo. Sem parar pra pensar, corro até lá. 

— Tom! — grito. Ele não para, ele não se vira; só continua andando. — Por favor, espera!

Mas ele continua andando com uma postura birrenta, e só para abruptamente quando eu consigo alcançá-lo e segurar o seu pulso. Seu corpo vira para mim e vejo labaredas de fogo consumindo os seus olhos, e a raiva que emana dele é quase palpável. 

— O que você quer? — ele rosna. 

Não me deixo abalar; seja lá o que ele esteja pensando, minha consciência está limpa. 

— Falar com você, é claro — digo. — Pode me ouvir, por favor? 

— Por que está aqui perdendo tempo comigo, hein? Por quê não volta lá pra dentro e aproveita o resto do almoço com o seu amor platônico? — a sua crise de ciúme me faz revirar os olhos, e isso só faz com que a sua mandíbula fique ainda mais rígida. 

— Você entendeu tudo errado — eu retruco. 

É a vez dele revirar os olhos. 

— A típica frase — debocha. 

— Podemos conversar, por favor? — eu peço.  

Tom cruza os braços. 

— E por que eu faria isso? 

Olho dentro dos olhos dele. 

— Porque eu confiei muitas partes de mim nos últimos dias a você — retruco. — O mínimo que você pode fazer por mim é me dar o benefício da dúvida. 

Ele resiste por alguns segundos antes de suspirar e deixa os braços caírem em cada lado do corpo, parecendo completamente derrotado. 

— Tá. Fala. 

Mordo o lábio e olho para os lados para me certificar de que não tem ninguém escutando nossa conversa. Essa rua costuma ficar cheia de alunos da Ainstein. Depois de me certificar de que estamos seguros pra ter essa conversa, puxo ele para um canto. 

— Olha só, eu não sei o que você acha que viu — começo —, mas eu só estava almoçando com o Blade porque precisava me proteger. 

Tom franze o cenho. 

— Se proteger? De quê? 

Respiro fundo. 

— Do Ryder — revelo.

Vejo o rosto de Tom ficar extremamente sério e a raiva nos seus olhos dá lugar a algo pior: ódio. 

— O que aquele desgraçado fez? 

Se você fosse minha • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora