vinte e um

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Cinemas, quando se trata de casais, é sinônimo de mãos bobas e beijos no escuro

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Cinemas, quando se trata de casais, é sinônimo de mãos bobas e beijos no escuro. Mas não foi dessa forma comigo e o Tom. Rolou sim um beijo, mas foi quando chegamos ao cinema, antes mesmo de sairmos do carro. Na verdade, estávamos muito interessados no filme, e opinamos sobre certas cenas durante todo o longa-metragem, e foi bem divertido. Comemos pipocas e doces e tomamos refrigerante, e agora estamos saindo da sala de mãos dadas. 

Isso é um pouco estranho pra mim, mas ao mesmo tempo é… confortável. Eu não sei explicar as minhas próprias emoções sempre que estou perto do Tom — ele me leva ao céu e ao inferno na mesma medida. 

— O filme até que foi legal, não acha? — ele quer saber. 

— Até que sim — concordo. — Mas faltou um pouco mais de capricho no final. 

— Tem razão — ele olha com curiosidade para os cartazes exibindo os filmes disponíveis. — Quer ver mais algum? 

— Não — digo sinceramente. — Um por vez está bom. Podemos marcar pra vir outro dia. 

Ele sorri. 

— Acho ótimo. 

— Quer ir à praia? — pergunto. 

Tom franze o cenho. 

— Praia? 

— É — dou de ombros. — Faz um tempinho que não vou. Podemos só caminhar pela areia, sentir as ondas se quebrando bem aos nossos pés… — fecho os olhos, sendo engolida pelas lembranças da última vez que fui à praia. 

— À praia, então. 

Abro os olhos e o encontro sorrindo pra mim. Só então percebo que acabei divagando um pouco, e certamente estava fazendo papel de boba. 

— Desculpa. Você não precisa ir se não quiser.

— Eu quero estar em qualquer lugar que você estiver — ele aperta um pouco a minha mão. — Vamos. 

Ele me leva até o carro e reparo em como o tempo ficou ainda mais frio de repente. Provavelmente irá chover muito em breve. Tom, como um bom cavalheiro, abre a porta pra mim, e depois de acomodados, o carro entra em movimento rumo à praia. 

Cantarolamos algumas músicas bobas no rádio até chegarmos ao nosso destino. A praia está um pouco movimentada — é um ótimo lugar para as pessoas praticarem exercícios físicos e correrem — e conseguimos comprar algodão doce em uma barraquinha próxima dali. Depois fomos caminhar na areia, sem nenhum destino em específico. Apenas ficamos ali, andando, aproveitando a presença um do outro. 

— Como estão indo as coisas com sua família? — pergunto. 

— Um pouco melhores, eu acho — replica. — Quer dizer… o Blade ainda me odeia, mas acho que está se acostumando com a minha presença. Ele não pode me expulsar de casa, então… 

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