vinte e quatro

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Bree ainda está dormindo quando eu acordo

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Bree ainda está dormindo quando eu acordo. Meu braço está dormente porque ela está deitada sobre ele, mas sou incapaz de me mexer por alguns instantes quando eu olho pra ela. Eu nunca a vi tão confortável e bonita quanto agora usando a minha camisa — ok, isso é um pouco presunçoso — e com os cachos espalhados em várias direções. Ela parece serena e em paz, e isso me deixa com uma enorme sensação de dever cumprido. 

Mas temos que ir embora. Passar a noite aqui com ela foi incrível, mas precisamos voltar para casa antes que os pais dela notem sua ausência. Sei que meu pai não ficaria tão bravo por saber que eu dormi fora de casa, mas o pai da Bree é mais rigoroso, ainda mais em relação a mim, e eu não quero metê-la em problemas. 

Tiro o braço debaixo da cabeça dela com cuidado para não acordá-la tão abruptamente. Bree resmunga, mas não se move. Então eu distribuo alguns beijos pelo seu rosto e chamo:

— Ei, Bree, acorda. 

— Hum? — murmura ainda de olhos fechados. 

— Precisamos ir. 

Seus olhos se abrem lentamente, totalmente sonolentos. 

— Que horas são? — pergunta ela em um tom baixinho. 

— Quatro e pouca da manhã — respondo, fazendo-a gemer. — Eu sei, eu sei — suspiro. — Mas se irmos agora você pode dormir mais um pouco antes de irmos pra aula. 

Ela vira de barriga pra cima e fica encarando o teto por um tempo antes de se sentar; seu corpo parece se recusar a fazer qualquer movimento que não seja ficar na cama. Ela tem um biquinho nos lábios, e observo o seu mau humor com diversão. 

— Tá tudo bem? — quero saber, um pouco apreensivo. 

Bree olha pra mim e sorri; o azedume sumindo de repente. Isso deixa o meu coração mais calmo. Fiquei pensando qual seria a reação dela depois do sexo — não queria que ela ficasse distante ou pensasse na noite em que perdeu a virgindade tão tragicamente —, mas Bree reagiu super bem. Ficamos de bobeira na cama, entre beijos e mãos bobas e até comemos um pouco. 

— Sim — diz ela. — E você? 

— Também — replico. 

Trocamos um sorriso e então ela começa a afastar o lençol das pernas para poder se levantar. Vê-la vestida com a minha camisa é como colírio para os olhos, mesmo que a peça de roupa a engula por completo. Eu sou muito alto em relação a ela, mas ainda assim… 

Vestimos nossas devidas roupas — o perfume de Bree agora está impregnado na minha camisa — e comemos as duas únicas barras de cereal que sobrou na minha mochila. Arrumamos qualquer bagunça que tenhamos feito durante a nossa pequena estadia e então, depois de trancar o chalé, finalmente estou dirigindo de volta pra casa em meio à escuridão e neblina da madrugada. E mesmo que eu esteja cansado e com o corpo pedindo cama, nunca me senti tão feliz. Bree está me transformando em um idiota apaixonado. 

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