Meu corpo se joga por entre as portas duplas do hospital como se tivesse vida própria. Acho que tem. Desde que recebi a notícia de que Tom está no hospital, sinto-me agindo no automático. O suor que insiste em escorrer pelo meu rosto é completamente frio, e meu coração, meu pobre coração, está batendo em um ritmo alucinante que chega a ser preocupante.
Paro na recepção e dou um giro de trezentos e sessenta graus, tentando encontrar um rosto familiar. Estou tão nervosa, com tanto medo, que não sei o que fazer. Os doces e biscoitos que comi horas antes começam a pesar no meu estômago, quase como se eu fosse vomitar a qualquer momento.
— Bree, fica calma — escuto a voz do meu pai vir de algum lugar, mas não sei exatamente de onde.
Então, por uma força divina, eu consigo forçar as minhas pernas a se movimentarem, e elas me levam até o balcão da recepção.
— Posso ajudar, meu amor? — pergunta a mulher do outro lado, com uma voz suave e o que deveria ser tranquilizante. Mas estou muito eufórica para me sentir tranquila.
— Eu estou procurando… eu… er…
Sinto uma mão envolver o meu pulso e olho por cima do ombro, com a visão embaçada pelas lágrimas, e vejo o meu pai me olhando com uma expressão solidária. Basicamente ela diz "tudo vai ficar bem".
— Queremos saber notícias sobre Thomas Riddle — diz o meu pai para a mulher, tomando as rédeas da situação. — Ele deu entrada neste hospital há pouco tempo.
A recepcionista busca pelo nome no computador.
— Ah, sim. Vocês são parente do paciente? — ergue o olhar, inquisitiva.
— A minha filha é namorada do rapaz. Por favor. Estamos bastante preocupados, só queremos saber o que está acontecendo.
— Certo. Entendo. Bom, o Sr. Riddle está passando por uma cirurgia no momento. — Cirurgia?! Essa palavra fica zumbindo na minha cabeça. — Vocês podem esperar por mais notícias na sala de espera. É só seguir por esse corredor.
Saio correndo. Simples assim. Não me importo se o salto alto que estou usando pode me derrubar a qualquer momento e causar um acidente, eu só preciso chegar até aquela maldita sala e saber como ele está; entender o que aconteceu. Christine, madrasta do Tom, não foi muito detalhista durante o telefonema.
Quando chego na sala de espera — só Deus sabe como eu consegui — vejo o Sr. e a Sra. Riddle sentados um ao lado do outro. O pai de Tom parece arrasado, enquanto sua esposa tenta consolá-lo de alguma forma. A cena que se forma bem diante dos meus olhos faz um peso enorme se instalar no meu peito. Angelina, a filha mais velha do casal, permanece quieta em uma cadeira de distância dos pais.
— O que aconteceu? — as palavras saem da minha boca sem freio algum, denunciando o meu desespero e chamando a atenção de todos.
— Bree… — Christine se levanta, e parece profundamente triste, e isso só serve para me deixar ainda mais nervosa.
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Se você fosse minha • COMPLETO
RomansaBree Larson não é exatamente a garota padrão que todos em sua escola estão acostumados, mas isso não a impede de ter uma paixonite por nada mais, nada menos, que Blade Riddle, um dos caras mais populares da Ainstein, que atua como Quarterback no tim...