Um intensivo com prof. Ferguson.
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Os aposentos de Lowlands Castle possuíam um estilo mais rústico, medieval, com muitos detalhes em pedra e pontos escuros, que reforçavam o ar de mistério da antiga habitação.
Ao contrário de outros cômodos, o quarto para onde Ferguson conduziu Kat tinha uma vivacidade que não casava com o ar lúgubre, quase gótico, do restante do castelo. O quarto era grande, pé direito alto, com paredes roxas de veludo, e o chão de madeira era coberto por um grande carpete. Iluminado por velas e candelabros por todo canto, tinha janelas, fechadas e escondidas por cortinas também aveludadas.
Uma mesa imensa, vazia, coberta por um lençol vermelho e com algo que parecia uma máquina se encontrava no centro do quarto, bem como duas tábuas de madeira em formato de "X", com algo que pareciam correntes.
Era possível respirar ali por causa de ar encanado de maneira estratégica - o quarto se encontrava em uma torre alta, cujo acesso era através de vários lances de escada, um aposento utilizado como forma de proteção contra invasores; mas transformado em algo mais por Ferguson.
Kat acreditava estar em uma biblioteca, mas finalmente, quando os olhos se acostumaram ao lugar, não disfarçou a surpresa, que a fez corar.
- Meu... Deus... Santa Catarina... Me proteja...
Nos cantos do quarto, estátuas com cenas íntimas, movimentos que ela reconheceu como momentos sexuais... Ela fizera algo assim no coche, em Londres, quando chupou o membro de seu marido; havia ainda uma mulher sendo penetrada por um homem, que estava atrás dela... "Sim, Ferguson fez isso... Aqui em Lowlands...", além de uma mulher com... "Ela está com... Dois homens? Isso é possível?"
Não entendia a razão de Ferguson tê-la chamado para aquele aposento, mas em suas reflexões, a semelhança das estátuas com atos que ela realizara anteriormente fez com que Kat concluísse...
- Você aprende sobre... Como... Ter intimidades aqui?
- Por que dizes isso, Caitríona? - Ferguson, bem-humorado, quis entender a lógica da duquesa.
- Porque há... Essas estátuas, elas... - caminhou, cautelosa, até uma das obras, a que descrevia sexo oral, em choque com o que viu. - Elas se parecem com... Coisas... Que...
- Se parecem sim, minha doce Kat, mas podemos fazer bem mais que isso.
- Aquela estátua da mulher com dois-
- Não. És minha esposa, não a divido com outrem. Mas podemos fazer adaptações.
O silêncio no aposento era entrecortado pela respiração abafada da jovem, protegendo-se do frio da noite com a manta. Os cabelos se encontravam soltos, descendo pelas costas, sem ornamentos ou penteados. Era Kat em seu estado natural, e ao olhar sua esposa, entre curiosa e reflexiva, Ferguson sentiu-se excitado. Seu pênis inchava apenas ao observá-la.
- Adaptações? Isto é... Estamos fazendo algo correto... De acordo com... Não, porque somos casados e... - olhou para baixo, não querendo encarar seu marido, e se perder na imensidão das íris verdes, e o ar tranquilo que ele sempre tinha. - Não... Jamais me levaria para este lugar se eu... Eu... Ferguson, eu... Este é um lugar de aprendizado e... Eu sei que não conheço nada do mundo, e... És meu marido... Vais me explicar com cuidado e... Eu agradecerei para sempre por sua paciência, por me ouvir, por... Confiar e acreditar em mim.
Foi a vez do coração de Ferguson bater mais forte, apenas em saber o quanto Kat o via em tão alta conta. Logo ele, que desconfiou dela, não vira sua doçura e ingenuidade desde o início.

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A Tentação
RomansaIrmã Catalina vive no México, no claustro. Entre a rotina dos cuidados com outras freiras e a alimentação dos mais necessitados, o futuro da religiosa parece definido: servir a Deus e ajudar os pobres. Um dia, a jovem recebe uma carta de seu padrin...