🎭Baile de Máscaras (Romance Gay)

🎭 Capítulo 26

Helena assistiu perplexa a queda dos dois. Ao se aproximar da varanda do apartamento, ela viu do alto  os corpos de Ivan e Júlio, estirados no asfalto e rodeados por uma poça de sangue. 🎭

Helena atônita levou as mãos à cabeça e ficou desesperada ao ver que Ivan poderia estar morto. Imediatamente ela  guardou sua arma na bolsa e saiu correndo do apartamento de Júlio. Ao chegar na rua, no local onde Júlio e Ivan estavam caídos, Helena sacudiu o corpo do filho na esperança de que ele estivesse vivo.

Com as sacudidas de Helena, Ivan que até o momento estava completamente desacordado, começou a respirar novamente com bastante dificuldade e expelindo bastante sangue pela boca. Helena transtornada começou a pedir por ajuda.

— Por favor, alguém chame uma ambulância. Alguém me ajuda. Meu filho tá morrendo. Alguém ajuda aqui. Chamem uma ambulância!!!

Algumas poucas pessoas começaram a se aproximar do local do acidente. Um taxista que acabara de parar o carro para ver o que estava acontecendo, pegou o celular e imediatamente ligou para o atendimento médico, solicitando uma ambulância até o local.

Enquanto Helena permanecia ajoelhada ao lado de Ivan, tentando mantê-lo vivo, as pessoas se aglomeravam ao redor tentando entender como havia ocorrido o acidente.

***

Naquela noite Marcelo pediu que Fernando dormisse com ele no apartamento de Ana. Fernando concordou. Pois já estava se acostumando a dormir na cama de Marcelo, que por ser uma cama menor, era perfeita pra que eles dois dormissem bem juntinhos. E como naquela noite o clima estava frio, seria perfeito ficar sentindo o cheiro e o calor da pele dele.

***

Após o socorro chegar no local da queda, Ivan e Júlio foram levados imediatamente a um hospital que ficava próximo ao prédio que Júlio morava. Helena seguiu na ambulância que levava Ivan. Ele apesar de estar vivo, apresentava um grave quadro de hemorragia interna.

Júlio devido ao impacto da queda e os ferimentos dos tiros que havia tomado, acabou morrendo ainda na ambulância a caminho do hospital.

No hospital, após mais de três horas aguardando alguma informação sobre o estado de saúde de seu filho, Helena andava transtornada pela recepção do hospital e abordando os funcionários que estavam de plantão naquela madrugada.

Helena estava insistindo por notícias de Ivan à uma enfermeira, quando foi surpreendida por dois policiais que adentraram o hospital e se aproximaram dela, sem ela perceber.

— Boa noite, senhora. Somos da Polícia Civil e fomos informados que a senhora é parente de um dos rapazes que estavam envolvidos no acidente! A senhora os conhece? — Questionou um dos policiais com voz firme.

— Eu...É...O que...? — Helena ficou ainda mais nervosa ao ver que a polícia passaria a investigar o que havia acontecido no apartamento de Júlio e poderia acabar descobrindo que ela havia atirado nele. Até aquele momento Helena não sabia que Júlio estava morto.

— A senhora conhece algum deles? Sim ou Não? — O policial foi ainda mais incisivo na pergunta.

— É...eu...sim...é meu filho...Quer dizer, um deles...Ivan, meu filho. — Helena gaguejava ao responder o policial.

— Senhora, fomos informados que houve disparos de tiros antes da queda dos dois e precisamos que a senhora nos diga se sabe o que aconteceu naquele apartamento. A senhora estava na hora? — Questionou o outro policial.