ᵗʷᵉⁿᵗʸ

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Abri os olhos lentamente ainda sentindo os braços de Josh me segurando, ele suava frio e sua respiração estava ofegante

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Abri os olhos lentamente ainda sentindo os braços de Josh me segurando, ele suava frio e sua respiração estava ofegante.

Consegui ouvir o barulho da chuva forte e sabia que beauchamp teria que passar por ela para me levar até onde queria, então ele respirou fundo e começou a correr comigo nos braços, mas eu parecia a coisa mais leve em seus braços, ele mal fazia esforço.

Logo que entramos no carro ele me deixou no banco de trás as pressas, então tirou seu blazer e foi para o banco do motorista e logo arrancou com o carro.
Ele dirigia tão rápido e concentrado que até parecia que estava no meio de uma perseguição.

Apenas respirei fundo ainda sentindo a dor em meu braço que aumentava cada vez mais, vi beauchamp me olhar com o canto dos olhos.

── Vai ficar tudo bem, ok?

Assenti com a cabeça então ele voltou seu olhar para a pista, mas em questão de minutos chegamos ao lugar não muito desejado.

A chuva ainda insistia em cair, então beauchamp me tomou em seus braços novamente.

Seus cabelos molhados caiam sobre seu rosto enquanto meu sangue manchava sua bela camiseta branca, então ele correu até a entrada do hospital e gritou ordens aos médicos que logo me colocaram em uma maca.

Enquanto me levavam para longe eu observei beauchamp até ele sair de meu campo de visão, ele tinha um semblante preocupado o que me surpreendeu, nunca vi ele dessa forma.

Tenho certeza de que os médicos injetaram algum tipo de anestesia em mim pois fiquei sonolenta e dormi.

[...]

Abri os olhos lentamente e logo olhei em volta enquanto tentava lembrar de como fui parar naquele quarto de hospital.

Logo me lembrei do ocorrido na noite passada, e percebo o quão idiota era a ideia de ele me trazer a um hospital, então logo me desesperei.
"Beauchamp é louco de me trazer pra cá? Se chamarem a polícia eu vou presa e é capaz de nunca mais sair da cadeia!"

── Se quer saber, você está num hospital.

── Você é louco? Se chamarem a polícia eu-

── Relaxa Gabrielly, os médicos que estão cuidando de você trabalham para mim, não iriam ligar para polícia nem se quisessem.

Suspirei aliviada, mas um de meus braços estava enfaixado e dormente e... acabei de perceber que uma das mãos de beauchamp está sobre a minha, o que é um tanto quanto estranho e logo que ele percebeu que eu estranhei o toque ele a solta.

── Como está se sentindo?

── Eu levei um tiro, como acha que eu estou?

Ele riu descontraído e depois voltou a me olhar.

── Por que me trouxe pra cá? Você quase morreu por minha causa, deveria ter me matado enquanto podia.

── Sim eu deveria, mas você também salvou a minha vida o mínimo que eu poderia fazer era mandarem cuidar de seu braço.

Ele estava diferente, até o seu olhar mudou ele parece... calmo ou melhor dizendo, não está irritado comigo como costuma estar sempre que está próximo a mim, ele parece aliviado e é a primeira vez que o vejo assim.

── Então, quando eu vou poder sair daqui?

── Vão fazer mais alguns exames para terem certeza de que você não tem nenhuma infecção e após isso acho que vão te dar alta.

── Eu odeio hospitais.- disse e bufei enquanto afundava minha cabeça nos travesseiros.

── Vou garantir que te liberem logo, afinal também não gosto de hospitais.- disse logo se levantando e saindo do cômodo.

Isso é algum tipo de jogo? Por que ele está agindo dessa forma? Por acaso ele quer me enganar?
Não é possível que alguém mude assim da noite para o dia, a única vez que vi beauchamp assim, foi quando conversamos, mas logo ele fez questão de voltar a esconder aquele seu lado.

Assenti com a cabeça e voltei a viajar em meus pensamentos
Em meio a esses pensamentos me veio uma memória, muito antiga.

Foi na noite em que me pai me enxotou junto de minha mãe, porém ele tinha muitos inimigos que nos viam como um meio de atingir a ele, mas sabemos que ele não se importava.

Me levaram e em meio a tudo isso eles me machucaram, a dor não era tão diferente de um tiro o que dificultava tudo, lembro-me do medo que senti, eu me escondi mas ele me encontrou... "Peguei você.." a lembrança de sua voz ecoou em minha mente, me lavaram as pressas para o hospital e eu estava praticamente morta, ninguém acreditava que eu pudesse sobreviver depois daquilo, e aqui estou eu, vivíssima.

Soltei um suspiro longo na intenção de me distrair e afastar aquelas lembranças de minha cabeça, não gosto de relembrar meu passado, não tenho muitas coisas boas a qual me lembrar e odiava olhar minhas fotos antigas pois sempre chorava, e eu sem dúvidas odeio chorar, ou melhor dizendo, odeio demonstrar meus sentimentos, é uma grande perda de tempo.

A porta foi aberta mas dessa vez não era beauchamp e sim médicos, que logo me cumprimentaram mas logo tiraram a faixa de meu braço e começaram a examinar.
Eu torcia para que não tivesse nenhuma infecção, a última coisa que eu quero e passar a noite em um hospital.

𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora