ᵗʰⁱʳᵗʸ⁻ˢⁱˣ

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Assim que tive noção de quem ele era senti o ar me faltar por alguns segundos

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Assim que tive noção de quem ele era senti o ar me faltar por alguns segundos.

── Você..

── Finalmente lembrou não é?

── Foi você, você quem puxou o gatilho. Seu desgraçado, eu vou matar você!- deixei meu tom se elevar e com raiva tentei puxar minha mãos, o que apenas apertou mais as cordas me fazendo soltar um grito de dor.

── Não, a culpa é sua. Ela morreu por você, então a culpa toda sua.-apertei os lábios reprimindo as lágrimas.

Abaixei a cabeça e senti uma lágrima me escapar.

── Não..

── Assuma! Assuma que você é a culpada pela morte da sua própria mãe!- gritou.

── NÃO, EU NÃO FIZ ISSO!- acabei olhando para ele e vi seu sorriso de satisfação ao perceber que me atingiu em cheio.

── Você guarda muito rancor Gabrielly, espero que se livre disso, pelo menos até eu matar você.

── Meu coração é grande, sempre cabe mais rancor.- tentei soar confiante, mas não acredito que realmente tenha funcionado.
── Quando eu sair daqui vou garantir que você passe o resto da sua vida em intensa agonia, implorando pra morrer logo.

── Acontece que você não vai sair, não viva.
Ah querida... Pelo visto seu namoradinho nem percebeu seu sumisso.- falou olhando para seu relógio de pulso.

── Ele não é meu namorado.- isso soou mais como um lamento do que como uma afirmação.

── Isso te deixa frustada, não?..
── Sem a sua máfia você não é nada, Any Gabrielly, você não é nada sozinha.

── E você? Sejamos francos, se eu não tivesse entrado na sua vida você seria um zé ninguém, com uma mãe bêbada e problema de humor. Você pode até ter me tirado alguém importante, mas eu consegui fazer você sofrer o dobro disso, e agora você quer se vingar, pena que você é tão patético que não tem capacidade nem para isso.- falei com um sorriso provocativo nos lábios.

Então vi ele rosnar bravo e se retirar da sala junto com o outro homem, me deixando ali totalmente sozinha.
Suspirei sentindo a umidade me atingir e a escuridão só piorava tudo, estava sozinha, com frio e pior
Com medo..

***

Eu tremia por inteiro, nesse momento não conseguia pensar em mais nada, apenas conseguia chorar e soltar gritos abafados.

Ele rasgou minha camiseta e beijou meu pescoço me fazendo sentir suja.

── O que está fazendo?!- ouvi uma voz masculina atrás de nós.

── Ah Joe, ele nos disse para machuca-lá, e isso pode ser a melhor forma de fazermos isso, não acha?

── Não, ele nos mandou levá-la, ele irá decidir o que fazer com ela, mas agora você não vai poder se aproveitar.

── Ah qual é, ele não precisa ficar sabendo.

O homem pensou por uns instantes mas então tirou o homem de cima de mim.

Me senti extremamente grata a ele, mas sabia que ele não fez isso por vontade própria, sei que se pudesse faria coisas piores do que o outro homem fantasiou fazer comigo.

Ele me jogou em seus ombros e me levou para algum tipo de cativeiro.

Me amarrou em uma cadeira e cobriu minha boca com um pano.

Eu ainda chorava, com as dores que senti pelo corpo.

Olhei para o lado e vi minha mãe desacordada.

E me assustei ao ver outro homem surgir das sombras e se aproximar de mim.

Ele segurou meu queixo e me forçou a olhá-lo.

── Você é igual a ele.- falou bravo e eu continuei quieta..

O mesmo desferiu um tapa em meu rosto e então riu da minha dor e tirou o pano que antes tapava minha boca.

── P-por que está fazendo isso?- perguntei quase como um sussurro.

── Me desculpe querida, mas hoje, você vai sofrer, muito...- disse mostrando uma pequena adaga.

── N-não, por favor, não me machuque, eu faço o que você quiser, por favor.- minha voz saiu trêmula.

Ele passou a lâmina lentamente pelo meu braço fazendo com que eu mordesse os lábios para não gritar.

Lágrimas caiam sobre meu rosto, agora minha dor era silenciosa, tanto que se fosse possível, eu imploraria para que ele me matasse de uma vez apenas para não ter que passar por isso.

Ele sorriu e se afastou deixando-me sozinha com meus próprios pensamentos, senti meu coração se apertar ao ver minha mãe dessa forma, tão.... machucada.


3/6...

𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora