𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏

ˢⁱˣᵗʸ⁻ˢᵉᵛᵉⁿ

Me forcei a abrir os olhos, sentia meu corpo leve, estava tudo muito silencioso, mas ainda escuro, indicando que ainda era noite.

Me inclinei um pouco e vi beauchamp sentado na beira da cama.
Ele estava indo embora.

Bufei e coloquei o travesseiro em meu rosto, mas agora ele percebeu que eu não estava dormindo, o que o impediu de ir embora.
Ótimo!

── Achei que estivesse dormindo.

── Não.. foi apenas um cochilo, nada muito profundo.

Tirei o travesseiro de meu rosto e deitei de barriga para cima, agora fitando o teto.

Então, vi o mesmo se aproximar, logo sentando-se, ao meu lado.
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Passei muito tempo com Gabrielly, e durante esse tempo vi a mesma pegar num sono, mas não achei que fosse acordar tão rápido.

Me aproximei, logo sentando ao seu lado na cama, e a mesma que antes fitava o teto direcionou seu olhar para mim.

── Como conseguiu?- perguntou, me deixando confuso.

── O quê?- perguntei e a mesma sorriu levemente.

── Como conseguiu fazer com que eu me apegasse a você?- questionou, me deixando surpreso.

── Acredite, me pergunto isso todos os dias.- admiti e a mesma deu uma leve risada.
── Mas, eu também me pergunto, por que você sempre foge de mim, sempre se afasta, se fecha no seu próprio mundinho pessoal, e fica brava comigo sem motivo, por que faz isso?- a questionei, e ela suspirou e umedeceu seus lábios antes de falar.

── Eu... Não me acho capaz de sentir felicidade, acho que não mereço, assim como não mereço ficar com alguém como você.

── Por que acha isso?

── Iria te destruir.

A encarei perplexo.

── O que te faz pensar que iria me destruir?

── Tudo, Josh, todas as pessoas que se aproximam de mim, correm perigo, e muitas delas morrem, e eu não quero deixar você morrer por uma coisa passageira.

── Somos mafiosos, Any! Estamos fadados ao perigo.
E além do mais, o que sentimos não é algo passageiro, e você sabe.

── Você não entende...você tem que ficar longe de mim, e se realmente se importa comigo, respeitará minha vontade.

── Você tem certeza disso?- perguntei torcendo para que ela negasse, eu não quero, não posso me afastar, isso já foi muito além do esperado, então, por que parar agora?

A mesma engoliu seco e desviou seu olhar.
── Sim, eu tenho certeza.

Continuei lhe olhando nos olhos, como quem pedisse que ela voltasse atrás em sua decisão, mas Any Gabrielly nunca volta atrás, nunca se arrepende.

Então ergui minhas sobrancelhas decepcionado e assenti com a cabeça.

Me levantei e fui em direção a porta, mas antes de sair, lhe lancei um último olhar, mas ela não retribuiu.
Sei o que lhe dói me ver indo embora, tanto quanto me dói partir, mas se é isso que ela quer, não posso fazer nada.

── Adeus, Gabrielly.

Passei por aquela porta, e a fechei lentamente.

Mas não fui embora, fiquei ali, encostado na parede, refletindo sobre tudo, sobre o que fazer nesta situação que a mesma me colocou.

Mas, não preciso parar de ajudá-la simplesmente por não nos envolvermos mais, sendo assim, vou continuar lhe ajudando, até tudo voltar a ser como era antes, e então, vamos poder seguir enfrente, no entanto, por caminhos diferentes..