ˢⁱˣᵗʸ⁻ˢⁱˣ

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── Eu não sei

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── Eu não sei..- falei com dificuldade.

── Não sei o que aconteceu com você durante esses dias, mas se não descansar de verdade, vai acabar morrendo.- falou preocupado e eu bufei.
── Aliás, você se esforça tanto para fugir, se coloca tanto acima de todos, você tem tanto medo de morrer assim?

── Não é medo... Só que, se eu morresse, a morte da minha mãe não valeria de nada, ela teria se sacrificado á toa, por isso, passo por cima de todos, eu sempre virei em primeiro lugar.
Sempre farei de tudo para sobreviver.

Suspirei novamente, sentindo meu corpo fraco, meus sentidos pareciam falhar cada vez mais.
Me sentia fraca, frágil demais, coisa que nunca aconteceu antes, o que está começando a me assustar..

Senti meus pés saírem do chão, mas não tive tempo de protestar, estava tão acabada que mal conseguia manter os olhos abertos.

Encostei a cabeça em seu peito, agora aqueles malditos e turbulentos pensamentos pareciam não importar mais, agora me sentia segura novamente, finalmente me sentia em paz, ele me trazia uma sensação de...lar.

── O que você tem Gabrielly..- soou mais como uma lamúria do que como uma pergunta.

Conseguia sentir os movimentos de seu corpo, que nesse momento subia até o segundo andar, a procura de meu quarto.

── Última porta...a direita.- falei com dificuldade.

Me esforcei para abrir os olhos minimamente, e consegui ver seu rosto.

Sua barba não estava feita como de costume, agora estava crescendo, e seu cabelo loiro agora tinha uma tonalidade mais escura.
Ele estava diferente, muito diferente por sinal.

Logo senti meu corpo afundar nos lençóis, vi beauchamp se sentar a beira da cama enquanto ainda me observava.

── O que você está sentindo?

── Minha cabeça dói... E meu corpo inteiro está dolorido e eu nem ao menos sei o motivo..- falei e vi o mesmo analisar meu rosto.
── Sabe o que seria ótimo?- perguntei e ele franziu o cenho.
── Uma massagem, igual aquela que me deu na banheira, me faria relaxar muito, assim como da última vez.- falei com um sorriso nos lábios e ouvi o mesmo dar risada.

── Você sabe muito bem que o que te relaxou não foi a massagem.- disse com um sorriso sacana nos lábios, e agora foi a minha vez de rir, mas logo parei quando percebi que só piorava a dor.
── Ok, sua aproveitadora, você venceu.- se rendeu e eu sorri vitoriosa, ainda com os olhos fechados.

Mas antes que ele começasse, me sentei na cama e retirei minha camiseta, mesmo sem ver, sabia que nesse momento ele tinha um semblante confuso, mas não disse nada até então.

Após isso, me aconcheguei na cama, ficando de barriga para baixo, logo o ouvi respirar fundo, lentamente ele aproximou suas mãos até encostar em meu corpo, e era impressionante o que aquele mínimo toque me fez sentir.

Era ótimo tê-lo aqui, tudo parecia calmo, eu me sentia no paraíso... Mesmo que estivesse destinada ao inferno.

Agora eu enxergo que ele é o único que conseguiu isso, o único que conseguiu me fazer sentir algo tão forte por alguém, e, nossa, eu nem sei se gosto da sensação, pois sinto que errei muito com ele, e sei que vou continuar errando, porque é isso que eu faço, eu acabo com tudo, pois sei, que não mereço nenhum tipo de felicidade, nem paixão, nem amor..

Suas mãos deslizavam sobre mim, em movimentos perfeitos, que pela primeira vez, em muito tempo, me fizeram relaxar, e quando menos percebi, acabei caindo num sono profundo, sem perceber.

Mas eu não queria, sabia que quando acordasse ele não estaria mais aqui, por isso quero ficar acordada, e aproveitar dele ao máximo.
E não, eu nunca pediria para ele ficar, sabia o quanto ele se gabaria disso depois, e isso pode parecer muito orgulhoso, mas está fora de questão eu apenas cogitar a ideia de pedir que ele durma aqui.

𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora