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Eu menti, eu lembro, lembro de cada mínimo detalhe da noite passada mas omiti ele da verdade

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Eu menti, eu lembro, lembro de cada mínimo detalhe da noite passada mas omiti ele da verdade.
Ele está se apegando a mim, e isso é um erro
Ele não pode e não deve ter qualquer tipo apego emocional a mim, eu não posso deixar isso acontecer, eu preciso me afastar..
Ele tem que entender que não preciso que ele cuide mim, não preciso da proteção dele

"Por mais que eu queira.."

Eu tenho que mostrar para ele que não sou de confiança, talvez assim ele perceba que deve se afastar.

Suspirei fitando o teto do quarto, minha mente está uma confusão.
O que eu quero? O que estou sentindo? Se é que estou sentindo algo e o que devo fazer?
Eu tenho que parar de me fazer perguntas as quais não sei responder..

Me levantei e segui por aqueles longos corredores.

── Esse lugar já me é tão familiar..- disse calma, mas logo balancei a cabeça em negação.

"Não! Você não pode se apegar a ele, e nem a esse lugar."- falei a mim mesma.

Cheguei a sua sala e percebi que a porta estava entreaberta, ele provavelmente esqueceu de trancar.

Suspirei e comecei a vasculhar aquelas gavetas a procura de algo útil.

Em pouco tempo consegui fazer lembranças neste lugar.

Deslizei as mãos pelos armários lembrando da primeira vez que estive aqui, onde eu estava com a cabeça quando resolvi me meter aqui dentro?

"Comecei a olhar tudo naquela sala até que ouso um barulho de passos no corredor, e procuro rapidamente um lugar para me esconder, vejo uma segunda porta naquela sala, e sem pensar duas vezes entrei, e vejo uma quantidade enorme de armários, e tambem várias armas.

Comecei a olhar tudo naqueles armários.
E depois de um tempo achei um pasta preta, totalmente diferente de todas as outras que eu havia visto, então solto uma risada vitoriosa e assim que
viro e dou de cara com quem eu menos queria
Josh beauchamp....."

Sorri boba diante da lembrança da primeira vez que o vi, lembro-me bem da sua expressão de raiva ao me ver, ele não me suportava.
E pretendo que volte a ser assim.

Baguncei alguns papéis daqueles armários, mexi em tudo e achei uma pasta familiar, a pasta preta que achei na primeira vez que estive aqui.

Me sentei na bancada e abri a pasta curiosa, ao abrir encontrei vários jornais impressos dentro dessa pasta, fotos de um incêndio que aconteceu a um ano.
O incêndio que eu provoquei.

Tem uma lista das vítimas, nesse incidente não houve sobreviventes..

Em agonia fechei a pasta e joguei encima da mesa logo continuando a vasculhar o lugar.

Assim que abri um armário vi fotos, do Josh e.... De uma garota
Pareciam bem próximos.

O jeito como ele olhava para ela era.... diferente.

"── Naverdade, já conheci alguém sim.

Voltei minha atenção para ele que olhava para as próprias mãos.

── Não chegou a ser paixão, mas ela foi a única a conseguir algo próximo disso.

── E o que aconteceu com ela?

── Foi assassinada.
Senti o peso em suas palavras, pela primeira vez o vi demonstrar algum sentimento além da raiva.

── Sinto muito.

── Não precisa sentir, foi uma perda de tempo."

É ela, a primeira paixão do Josh.

Encarei o rosto da garota e me pareceu familiar.

Rapidamente peguei a pasta que antes havia jogado na mesa e procurei pela lista de vítimas logo percebi algo...

Ela foi uma das vítimas.

[...]

Ouvi o som de passos vindos do corredor.
Ele chegou.

Não vai demorar muito para ver a bagunça que está a sua sala.

Fingi arrumar a cama ao ouvir o som da porta se abrindo, já até imaginei como ele está agora
Encostado na porta com aquele sorriso de canto nos lábios.

── Sentiu minha falta?- ouvi sua voz rouca atrás de mim mas não me virei para olhá-lo.

── Não, eu estava ótima antes de você chegar.- disse seca.

── O que houve?- questionou curioso.

── Nada, porquê?

── Você está mais....

── Mais...?

── Distante, está brava?

── Não, deveria?

Senti seus braços me envolverem e me virarem para si, fazendo com que nossos corpos ficassem colados um ao outro.
Tentei me afastar, mas foi em vão.

── O que houve, Gabrielly?

── Não aconteceu nada, me larga beauchamp!- falei me debatendo.

Ele tinha um semblante confuso, evitei olhá-lo nos olhos apesar da proximidade.

Com muito esforço o empurrei com força, fazendo suas costas colidirem no meu criado-mudo.

── Qual é o seu problema?!- perguntou já perdendo a paciência.

── Você! Você é o meu problema!- esbravejei e ele franziu o cenho confuso e furioso.

── Eu não sei por que tipo de conflito pessoal você está passando mas não tem que descontar tudo em mim, eu não fiz nada!

𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora