𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏

ᶠⁱᶠᵗʸ⁻ᶠⁱᵛᵉ

── Josh..- tentei falar mas ele me interrompeu outra vez.

── Onde você estava Gabrielly?!

── Você já sabe.

── Eu quero ouvir da sua boca!ONDE VOCÊ ESTAVA CARALHO?!- gritou com o rosto a centímetros do meu.

Então por impulso dei um tapa forte em seu rosto, fazendo o mesmo urrar de dor e colocar a mão sobre a vermelhidão.

── Nunca mais ouse gritar comigo, beauchamp, não me trate como aquelas vadias obcecadas por você.

── Você não é muito diferente delas, sendo sincero, você é pior.- disse com ódio, me deixando cada vez mais enfurecida.

── Se vai continuar me insultando ao invés de conversar comigo, saia daqui.-ordenei em vão, pois o mesmo se quer mexeu um dedo.

── Sai daqui beauchamp!- ele continuou parado analisando meu rosto.

── Eu não vou sair.

── Qual é a porra do teu problema?!- nesse momento me alterei, e agora ambos falamos com o tom de voz alterado.

── Você Gabrielly, você é o meu problema! Não sei onde estava com a cabeça quando me deixei enganar por uma vadia manipuladora como você.

── Talvez se pensasse mais com a cabeça de cima não teria esse problema.- cuspi as palavras em sua cara e seu semblante se mostrou cada vez mais raivoso.

Ele cerrou o punho e se aproximou rapidamente, fazendo com que nossos corpos se chocassem com brutalidade.

── Vai Beauchamp, me bate, seja covarde o suficiente e faça isso, mas saiba que se encostar um só dedo em mim, se considere um homem morto.

Ele me encarava com raiva, via ódio em seu olhar, ele se afastou ligeiramente, ficando de costas para mim, ouvi o mesmo respirar fundo enquanto passava a mão no cabelo, estava tão nervoso quanto eu.

Ri sem vontade e falei:
── Você é um idiota, Josh Beauchamp.

── Sim, idiota o bastante para salvar sua vida!

── Eu não pedi que fizesse isso, você fez porque quis!

── Eu fiz porque me importo com você Gabrielly! Infelizmente eu me importo.- disse as últimas frases em um tom mais calmo.

── Mas não deveria, e você sabe.

── Não, eu não sei, estávamos próximos, estávamos bem, daí você resolveu foder tudo, como sempre faz! Se afastou de mim e eu nem se quer sei o motivo!

Respirei fundo e fechei os olhos, essa conversa está tomando um rumo totalmente diferente, ele me faz perguntas que eu nem sei responder.

── Por que, por que se afastou de mim? Do que você tem tanto medo?!- questionou me deixando tensa.

── Eu não tenho tempo para isso.- falei tentando desviar do assunto, andei até o criado-mudo e peguei a caixa com minhas coisas.

Senti uma de suas mãos segurarem meu braço mas diferente das outras vezes, foi com delicadeza.

── Você sabe que nossas relações não podem ir para o lado pessoal.

── Nega.

── O quê?

── Pode continuar negando mas algo está acontecendo entre nós, e você sabe.- falou com firmeza.

── Não sei do que está falando.

── Admite. Admite o que sente por mim, admite Gabrielly!

── Eu não sinto nada por você.- falei cada palavra pausadamente enquanto tentava me convencer de que não estava mentindo.

── Ah é? Então por que seu coração está tão acelerado?- questionou se aproximando mais, me envolvendo pela cintura.

"Como ele sabe disso?"

Neguei com a cabeça baixa e os olhos fechados mas uma de suas mãos ergueu meu queixo fazendo com que meu olhar se encontrasse com o seu.

── Olhe nos meus olhos e fale que não sente nada por mim.
Fale e eu desisto, fale.... E eu te deixo ir..

Pisquei os olhos algumas vezes e abri a boca com o intuito de falar, mas nada saía.

"Fale Any, é simples, fale e estará livre de tudo isso! Fale e vá embora de uma vez por todas."
Meu orgulho gritava, mas a outra parte de mim implorava para que eu ficasse quieta, implorava por seus braços, por seus toques, por seus beijos...

Fitei seus lábios avermelhados e engoli seco.

Eu não consigo.

── Eu realmente quero te beijar mas... Eu não posso.- admiti ainda olhando em seus olhos com o rosto a centímetros do seu.

── E por que não?

── Porque cada vez que eu te vejo meus sentimentos por você aumentam e...se eu me deixar levar pelo impulso, não sei se conseguiria parar.

── Então não pare.- falou com seus lábios roçando sobre os meus.
Estava cada vez mais difícil de resistir.

Engoli em seco então senti uma de suas mãos em meu rosto se aproximando cada vez mais, porém me contive.

Me esforcei ao máximo para tentar afastá-lo de mim, e desta vez ele não insistiu muito, não queria me forçar a nada mesmo sabendo que eu queria..