ˢᵉᵛᵉⁿᵗʸ⁻ˢⁱˣ

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Assim que Noah saiu do quarto me sentei na cama exausta, mas não fisicamente

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Assim que Noah saiu do quarto me sentei na cama exausta, mas não fisicamente.

Abaixei a cabeça e suspirei.

O que está acontecendo comigo?
O que eu me tornei?..

A única coisa que consigo pensar neste momento é.. como eu queria que ele estivesse aqui.
Ele é o único que conseguiria me tirar dessa confusão.

Quando menos percebi, lágrimas já deslizavam por meu rosto, então olhei para minhas próprias mãos, que agora, estavam machucadas.

Por incrível que pareça.. os machucados recém feitos não doem, o que realmente me machuca é invisível...

Meu pior inimigo faz parte de mim.
E é um monstro que não posso derrotar.

Olhei para a garrafa de bebida ao meu lado, e no impulso a peguei e dei um grande gole direto na garrafa, sentindo o líquido me rasgar a garganta.

E depois do primeiro gole, não consegui mais parar.
Bebi até não aguentar mais, e como se não fosse o suficiente, resolvi acender um cigarro.

E lá estava eu, chapada, bêbada e alucinando.

Estava tão louca que não sentia mais como se estivesse ali, era como se estivesse revivendo momentos do passado.

Levantei o olhar e tive outra alucinação, lá estávamos nós dois.
Brigando como duas crianças birrentas.

── Onde você estava Gabrielly?!

── Você já sabe.

── Eu quero ouvir da sua boca!ONDE VOCÊ ESTAVA CARALHO?!-

Observei eu mesma dar um tapa forte em seu rosto, fazendo o mesmo urrar de dor e colocar a mão sobre a vermelhidão.

── Nunca mais ouse gritar comigo, beauchamp, não me trate como aquelas vadias obcecadas por você.

── Você não é muito diferente delas, sendo sincero, você é pior.- disse com ódio, me deixando cada vez mais enfurecida.

── Se vai continuar me insultando ao invés de conversar comigo, saia daqui.
── Sai daqui beauchamp!- ele continuou parado analisando meu rosto.

── Eu não vou sair.

── Qual é a porra do teu problema?!- nesse momento me alterei.

── Você Gabrielly, você é o meu problema! Não sei onde estava com a cabeça quando me deixei enganar por uma vadia manipuladora como você.

Engoli em seco, esfreguei os olhos e pisquei algumas vezes.
Agora, não estávamos mais ali.

Sumiram.

Me levantei atordoada, então ouvi nossas vozes atrás de mim, então me virei rapidamente.

Outra alucinação...

── Para de ser chato Beauchamp, eu faço o que eu quiser, quando eu quiser e com quem eu quiser.- falei o olhando de cima à baixo── E você não pode me impedir.

── Por que você não para de tentar se destruir nem por um momento?!

── E por que você não tenta parar de cuidar de mim? De me proteger? Não preciso da sua proteção, beauchamp, nem nunca precisei.

── Para de ser tão orgulhosa!- disse firme, se aproximando bruscamente, então segurando em seus braços, ou melhor, em meus braços.
Eu estava bêbada.
Muito bêbada!

── Você é um grande idiota Joshua Beauchamp!- disse firme.

── Sim, idiota o bastante para salvar sua vida!

── Quer que eu agradeça? Tá legal, obrigada mas eu não pedi que fizesse isso, você fez porque você quis.

── Será que é tão difícil entender que eu me importo com você?!- falou firmemente, me fazendo ficar quieta.

Fechei os olhos com força balançando a cabeça.
Não quero ter essas lembranças, não quero.
É doloroso demais.

Abri os olhos novamente, agora não nos vi mais ali, então me virei em direção a cama, estava pronta para me deitar mas então parei ao
ouvir uma leve risada, então logo que percebi, lá estava eu
Encostada na porta do banheiro rindo.

Então segui seu olhar e o vi, estava deitado em minha cama com uma
expressão de tédio.
Então dei um sorriso triste.

── E então, o que achou?- perguntei dando uma voltinha enquanto ele se sentava na cama para ter uma melhor visão de mim.

── Fica melhor em você do que em mim.

── É, eu sei.- falei convencida e o mesmo riu.

── A quanto tempo está acordada?

── Não faz muito tempo.

── Deveria estar descansando, a noite foi intensa não acha? Até eu estou exausto.

── Eu quem sou fodida e é você quem se cansa? Eu estou ótima.

Dei uma risadinha diante da lembrança..

── Ah é mesmo? Para de se apoiar na parede então.- falou rindo debochado e eu semicerrei os olhos balançando a cabeça.

Então ele se levantou e foi até mim, me puxando pela cintura com leveza, mas quando aproximou seu rosto do meu, levei meu dedo indicador ao seus lábios o impedindo de me beijar.

── Nada disso, não vou te beijar enquanto estiver com esse bafo.- falei fazendo uma expressão de nojo e ele deu risada fazendo um sinal de rendimento com as mãos.

Eu baixei o olhar enquanto meu sorriso se desfazia lentamente.
Poderíamos ter dado certo.. e eu estraguei tudo, agora, sei que nunca mais irei vê-lo.

𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora