𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐂𝐇𝐀𝐌𝐏

ˢⁱˣᵗʸ⁻ᵒⁿᵉ

Ela sorriu maliciosa e eu me xinguei mentalmente, sei que vou me arrepender do que irei fazer agora, mas não consigo mais resistir a isso.

Ataquei seus lábios e tirei as mãos de seu pescoço, levando-as até sua cintura a qual eu apertei com força, forçando seu corpo contra o meu.

A mesma arfou contra meus lábios enquanto minhas mãos passeavam por seu corpo.

Minha mente estava uma bagunça, estava me deixando levar pelo desejo, ignorando totalmente a razão e a lógica que implorava para que eu parasse.

Parte de mim acreditava que ela sentia o mesmo, e a outra gritava que ela apenas estava me usando.

Por impulso me afastei e a mesma me olhou confusa com o cenho franzido.

── Não, eu não consigo continuar com isso.

── O quê?- perguntou brava e confusa.

── Eu não sou um brinquedo Gabrielly, como posso passar a noite com você sabendo que não significo nada? Como poderia te beijar sabendo que sou apenas um passa tempo? Como poderia continuar com isso sabendo que pela manhã você não estaria mais comigo?- falei e a mesma suspirou frustada.

── Você não entende.

── Não. Você é quem não entende! Eu não posso mais permitir que me manipule assim.

── Eu não devia ter me envolvido com você, eu não devia ter me apaixonado por você, mas é Josh, infelizmente eu me apaixonei.- disse ríspida e eu fiquei sem reação.
── E se eu te dissesse que cada momento valeu muito para mim, você acreditaria?- falou e eu abaixei a cabeça e suspirei.

── Foi o que eu pensei, porque tudo que faço você acha que é um truque, e não culpo você, todos pensam assim, e não estão errados. Mas não vale pena, nada disso, eu não posso colocar meu coração em jogo, não posso deixar meus sentimentos incentivarem minhas atitudes por mais fortes que eles sejam.

── Então quer dizer que o que sentimos não significa nada? Que não vale a pena?

── Tenta me entender.. não vale a pena colocar nossa vida em risco por um sentimento que pode ser passageiro, e nunca senti isso por ninguém, por isso me assusta.- falou e eu ri sem vontade.

── Meu coração te assusta mas uma arma não?- falei a mesma que antes fitava o chão me olhou e soltou um longo suspiro.

── Esta nossa conversa não vai nos levar a lugar algum, então.. eu já vou.

── Ótimo, vai fugir feito uma covarde, denovo.

── Exatamente, é isso que eu faço, eu fujo, como acha que sobrevivi por tanto tempo?- perguntou e eu nada falei.

Logo a mesma foi em direção a porta e pôs a mão sob a maçaneta mas antes de abrir me lançou um olhar.

── Adeus Beauchamp.

Ignorei sua fala e fiquei de costas pegando uma garrafa de vodka que estava em cima de meu criado-mudo.

Mesmo sem vê-la, ouvi a mesma suspirar frustrada então a porta foi fechada levemente.

Droga.

Enchi meu copo e dei um grande gole em minha bebida, sentindo-a me rasgar a garganta.

Passei uma das mãos no cabelo com raiva, deixei meu orgulho vir em primeiro lugar, deixei que ela partisse sem ao menos se despedir de verdade.

Agora tenho que voltar a realidade, tenho que voltar a ser o mesmo homem de antes, o homem que não se importava com os sentimentos de qualquer uma por aí.