(23) Promisse

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Andei mancando até a minha cela, encontrando alguns detentos pelo caminho, alguns me ignoravam, já outros me olhavam com curiosidade, provavelmente queriam sabe quem fez o estrago.

Como Dong quer que eu esconda que ele me bateu?! Aquele nojento fez questão de deixar todo o meu corpo roxo.

Logo cheguei na minha cela, e por sorte ela estava vazia, não queria ser bombardeado de perguntas feitas por aqueles dois. Com muita dificuldade subi na minha beliche, me deitei e cobri meu corpo com o lençol fino. Estava pronto para dormir, mas o casal entrou na cela.

- Por onde esteve Jimin? Não veio dormir aqui ontem - Perguntou o ruivo.

- Dormi em outro canto - Falo.

Melhor não dar detalhes.

- E com "outro canto" ele quer dizer a cela do Jeon - Yoongi disse.

- Pode ser, mas não é da conta de vocês - Digo fechando os olhos.

- Opa opa, acordou mordido hoje foi? - Hoseok se aproxima da cama.

Não o respondir, eu só não queria conversar agora. Pretendo dormir pra fazer a dor do meu corpo passar.

- Aconteceu algo Jimin? - O ruivo pergunta colocando sua mão sobre minha perna.

Resmunguei por causa da dor, mordendo meu próprio lábio para não soltar um grito. Jung rapidamente afasta sua mão da minha perna, ao ver meu desespero.

- Está machucado? - Perguntou.

Não respondir.

- Responde loirinho, tá machucado? - Dessa vez quem perguntou foi o tatuado.

Como eles viram que eu não iria dizer nada, os próprios avaliaram o meu corpo a força, tentei afastar os mesmos, mas Yoongi me segurava enquanto o ruivo desabotoava minha camisa.

- Pelo amor de Deus Jimin, você está todo machucado! - Diz Hoseok espantado.

- Quem fez isso? - Min indaga, me soltando.

- Cuidem da própria vida! - Começo a abotoar minha camisa novamente.

Me lembro das palavras de Dong, ninguém deveria saber que foi ele a pessoa à me bater, pois se não quem sofreria seria o casal a minha frente.

- Não precisa ser hostil! Só queremos te ajudar, agora me diga quem foi - Hoseok diz parecendo preocupado.

- Não foi ninguém - Respondo.

- Não nos diga que você se machucou sozinho, essas marcas na sua barriga são de socos - Disse o Min. - Nós diga quem foi Jimin - Falou.

- Não precisam se importar comigo - Falo sem dar importância para aquilo.

Sou um idiota por ter deixado eles verem esses hematomas.

- Mas a gente se importa! - Disse o ruivo irritado.

- Claro, você é nosso bichinho de estimação - Acrescentou o tatuado, me fazendo revirar os olhos.

- Foi o Jeon? Eu juro que se esse merda te machucou eu... - Hoseok começou a falar completamente irritado. Acho melhor o interromper antes que o mesmo tire suas próprias conclusões.

- Não foi ele - Digo.

Pode parecer estranho, mas pensar que o Jeon poderia me machucar, soa delirante. Não sei se é realmente isso, ou é o que eu quero acreditar, mas eu sinto que o moreno não quer e nem vai me machucar. Talvez quem está a delirar aqui sou eu.

- Tem certeza? - Ele pergunta.

- Absoluta - Confirmo.

- Dong? - Yoongi fala.

- O que? - Pergunto nervoso.

- Foi o Dong? - Perguntou novamente.

Não respondo de imediato.

- Foi o Dong Jimin? - Quem pergunta agora é Hoseok.

- Não - Digo.

- Tem certeza? - O ruivo cruza os braços.

- Tenho, agora parem de me amolar - Volto a me deitar na cama, agora de costas para os dois.

- Jimin, você precisa nós contar o que aconteceu, e dizer quem fez isso - Fala o Jung.

Continuo calado, arrumei confusões por causa da minha língua solta, está na hora de manter ela dentro da boca.

- Não sofra calado - Continuou a dizer, com a voz calma.

- Deixe ele sozinho, não irá falar nem tão cedo - Ouvir o tatuado dizer.

Logo escutei passos se afastando da beliche e logo depois saindo da cela, espiei por cima do ombro só para confirmar, e eles realmente haviam saído. Só espero que o Hoseok não vá falar com Dong, isso só iria piorar as coisas, não me preocupo que ele vá falar com Jeon, o ruivo não o atura, então estou calmo nessa questão.

(Pov narrador)

E no refeitório um certo ruivo ia em direção a um grupo de homens que estavam sentados em uma mesa sem fazer nada, ele andava apressado, movido por sua raiva, o seu namorado vinha logo atrás, o último citado não irei impedir o Jung de nada, porém ficaria por perto.

- Ei Jeon! - Disse o ruivo parando em frente ao moreno.

O outro revirou os olhos e suspirou pesado.

- Se veio falar sobre aquilo novamente, vou logo avisando que esse assunto já deu o que tinha que dar - Disse, estava sem temperamento para aturar o Jung.

- Eu não vir falar sobre isso, meu assunto é outro - Disse cruzando os braços.

- Qual? - Perguntou o outro sem muito entusiasmos.

- Jimin - Ao dizer o nome do loiro, foi como se tivesse dito uma palavra mágica, a qual despertou o interesse do moreno.

O grupo de homens que estavam ao redor do Jeon apenas prestaram atenção, sem se intrometerem. Taehyung mantinha um olhar interessado no ruivo, nunca havia o visto tão irritado antes, mesmo quando brigava com o Jeon, coisa que acontecia constantemente.

- Diga - Falou o moreno, dando corda para o outro falar.

- Alguém espancou ele - Sem rodeios o Jung solta a bomba.

Jeon assim que ouviu o que o outro disse sentiu raiva tomar conta de si, mas não deixou isso transparecer muito, precisava do seu autocontrole para decidir o que fazer.

- Quem?! - Perguntou, e infelizmente não conseguiu controlar toda a sua raiva, socou a mesa de ferro com o punho direito.

- Ele não quis dizer, mas nem eu e nem você somos burros, sabemos muito bem quem bateu nele, e você prometeu ao Jimin que cuidaria dele, que deixaria ele seguro! Então cumpra a porra da sua promessa seu bastardo! - E assim se retirou, depois de gritar na cara do outro tudo aquilo que queria.

Normalmente Jeon não deixaria ninguém gritar assim consigo, mas naquele momento ele estava cego de raiva, e não era do ruivo.

- Jackson e Taehyung, vocês vem comigo, o resto avisem aos outros o que irá acontecer - E assim o moreno saiu do refeitório acompanhado por seu grupo.

Quem os via já sabiam o que iria acontecer, alguém iria se dar muito mal.




Hey mochis

Um cap mais longo para vocês

In the penitentiaryOnde histórias criam vida. Descubra agora