Quando abri meus olhos percebi que ainda era de madrugada, a fraca luz negra que emitia pela pequena janela daquela cela e o silêncio que fazia, era a confirmativa de minha suspeita, olhei para o lado e estranhei a falta de presença do Min, sua cama estava vazia e ele não se encontrava em nenhum outro metro quadrado daquele cubículo.
Me levantei e fui até a porta de ferro, ela estava fechada, porém a fechadura estava aberta, sinal que o tatuado saiu por vontade própria, me deixando assim aliviado, abri e constatei que Taehyung também já não estava mais de vigia.
- Deve ter ido dar a bunda - Falei comigo mesmo.
Mas estou falando assim para qual dos dois? exatamente, para os dois.
Aquela era a hora perfeita para ir procurar a caixa do Jungkook, e descobrir de uma vez por todos a verdade que todos me escondem.
Sai puxando a porta atrás de mim, para deixá-la fechada, segui pelo corredor silencioso já que todos estavam dormindo, alguns metros depois cheguei ao meu destino, entrei em nossa cela e comecei a vasculhar pedaço por pedaço, como naquele dia eu não vi onde Jeon escondeu aquele quadrado feito de papelão não faço ideia de onde esteja, mas creio que não será difícil encontrar, considerando que não tem muito onde procurar.
Depois de bons minutos procurando, incluindo levantar os colchões, olhar em baixo da cama, e até mesmo ver se estava dentro dos pneus pendurados, não encontrei nada, aquela cobrinha escondeu muito bem.
Quase perdendo as esperanças acabei olhando para o lado, exatamente na direção que ficava aquele calendário de 2013, me lembrei que havia um buraco ali e rapidamente fui até lá tirando aquele pedaço de papel, mas novamente voltei a ficar frustrado, apenas as facas do Jungkook estavam ali, peguei um canivete de cabo branco e o observei, era muito pontiagudo e parecia ser a mais amolada de todas, me admira Jeon ainda não ter usado ela em Hoseok.
Porém algo chamou minha tenção, o fundo daquela parede estava muito estranho, toquei e sentir uma textura lisa, era um fundo falso só que estava muito bem pintado, puxei e então vi meu pote de ouro, a caixa estava lá, coloquei o canivete no bolso e tirei a caixa daquele buraco, recolocando o calendário.
Precisei de alguns segundos para tomar coragem para conseguir abrir aquilo, e se eu não gostasse do conteúdo? e se isso fizesse Jungkook se afastar? mas eu preciso saber a verdade! do jeito como as coisas andam eu vou ter que tomar um lado, do Hoseok ou do Jeon, então preciso saber o que acontece entre eles, e espero que essa caixa tenha a minha respostar.
Mais alguns segundos depois e eu finalmente a abri, dentro havia algumas fotos dele mais novo, com um visual totalmente diferente, seu cabelo era castanho, obviamente pintado, o corpo era esquio, muito diferente do corpo definido de agora, não tinha tatuagens, ele parecia ser tão... normal, não me parece alguém que faria algo ruim para ser preso. Peguei outra foto e fiquei surpreendido, nela Jungkook estava rodeado de crianças, que não eram coreanas e que obviamente não tinham nenhuma descendência asiática. Todavia ao olhar direito para aquela imagem, pude notar uma garota atrás dos demais colegas, ela sim tinha traços orientais, todos estavam aparentemente dentro de uma sala de aula, ele era professor? e ainda por cima do fundamental?
Mais no fundo da caixa havia vários recortes de jornal, deixei as fotos de lado e puxei aqueles papéis, uma frase me chamou atenção, possuía em letras grandes um extravagante título " O monstro foi capturado". A foto que ilustra o sujeito estava riscada, principalmente a parte do rosto, deixando assim impossível visualizar sua aparência, a matéria também estava igual, muitas palavras rasuradas, portanto assim se tornando ilegível para o leitor, a data que aquele jornal foi publicado mostrava que havia sido no ano de 2013, o mesmo ano do calendário que Jungkook possuía. Passei a ver outra matéria, o papel era pequeno, porém nenhuma palavra estava com rasura.
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In the penitentiary
Fanfiction- Eu sou Park Jimin, e eu matei esse homem! - Revelou o réu. A sala novamente voltou a ficar movimentada, burburinhos eram ouvidos, choros e pessoas se perguntando por que o loiro se entregou. - Ordem no tribunal! - Gritou o juiz, batendo seu mart...