Capitulo 6 - Ligeiramente perigosos

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Antônio
- Quando comecei nesse mundo de prostituição não acreditei no tanto de grana preta que poderia ganhar em diversos programas na noite ou rapidinhas no beco naqueles fundos da boate que eu trabalhava todas as madrugadas e assim fui criando o vício de beber,quanto mais enchia a cara entendia que precisava me medicar dessa forma para me esquecer das coisas loucas e bizarras que via e por mais perturbadoras que fossem precisei guardar tudo para mim mesmo e confesso agora que meu sono nunca foi algo cem por cento e no máximo chegava à uns trinta talvez até quarenta e cinco por cento com sorte só que precisava admitir enquanto mantinha meus olhos fechados e escutava Lúcia se levantando cedo para ir trabalhar e nossos horários nunca eram iguais por isso sempre nos desencontravamos.
Lúcia:- Obrigado pela noite gato.
- Então senti seus lábios macios novamente na boca,droga!Aquela mulher sabia como manter minha atenção toda para ela mesmo que negasse com todas as forças que era sexual apenas não tinha tanta certeza e não queria essa possibilidade,será que não percebia que esse lance entre nós estava longe de ser apenas físico!?No começo até poderia ser porém agora com as últimas notícias sei que não é isso.
- Então alguns minutos depois da sua saída acabo adormecendo e sonhado com diversas coisas só que a principal tinha saido e me deixado de pau duro então outra vez lembro de tudo que passei junto da minha família e em como nossas vidas mudaram por completo e em seguida um som chato e repetitivo como uma sirene não parava mais até que finalmente abro meus olhos e percebo que estou na casa de Lúcia,que minha gata não esperou por me dar bom dia apenas se foi e agora não vinha ao caso porque estou do seu lado e do nosso filho e nada nem ninguém me faria pensar diferente.
Antônio:- Alô?
- Aquela voz chata e desagradável era conhecida porém não entendia o que ele queria tão cedo assim de mim.
Ricardo:- Bom dia flor do dia,aí?
Antônio:- Como assim?Foi você que me ligou!?Qual o problema?
Ricardo:- Que humor e eu achei que sua voz fosse de alguém que tivesse acabado de trepar.
- O cara era mesmo um chato de primeira e não era a toa que com esse dom tinha conquistado as coisas que tinha como aquela boate só que brincadeira as vezes só queria que calasse a droga da boca.
Antônio:- Então à que devo a honra dessa ligação?
Ricardo:- Preciso que venha aqui na boate ganhar um extra e é claro dar uma força.
Antônio:- Deve ser alguém importante para você me chamar à essa hora.
Ricardo:- Sem sombra de dúvida agora levanta essa bunda e vem logo!
- Já tinha chegado no banheiro quando o idiota desliga na minha cara,sinceramente não entendia como a Brenda pôde se apaixonar por um insensível como esses,óbvio que deveria existir uma macumba no meio de tudo isso.
Antônio:- Só pode ser brincadeira!
- Quando percebo que está faltando água vou atrás da única pessoa que sei que vai ajudar mesmo sendo o tipo de pessoa errada porém se já fui certo nem me lembro mais disso.
- Já tinha vestido as calças porque suspeitava que se aparecesse pelado na casa dela Alex iria me cobrir de porrada.
Alex:- Cara bom dia e aí o que faz tão cedo aqui?
- Alex tinha se mudado para o quarto de John e mesmo com essa proximidade com a irmã ainda sim ambos não se falavam tanto e suspeitava que fosse pela perda da mãe deles.
Antônio:- Preciso tomar um banho e já que somos vizinhos.
Lurdes:- Deixa ele entrar Alex.
- Lurdes estava apenas de short curto branco fino e uma camiseta branca e os cabelos negros presos em um coque com uma cara de acabada e sono e com um rosto de poucos amigos.
Antônio:- Andaram brigando?
- Não era apenas em lutas ou tentativas de brigas que Lurdes e Alex se encaravam já que existia uma tensão sexual entre ambos já faz um tempo só que o problema principal era que ela não admitia nunca seus sentimentos para ninguém,o mais estranho era que eles nem avançaram para uma possível transa.
Alex:– O que você está olhando?
            — Lurdes poderia até estar treinando com o cara e ter melhorado um pouco admito isso porém o seu lado babaca continuava entranhado como sempre.
Antônio:– Com certeza não os seios dela que estão transparentes.
Alex:– Como é!?
             — E além disso Alex era pavio curto o que só tornava as coisas bem mais divertidas e estava gostando de curtir com a cara desse idiota!
Lurdes:– Cresce Alex!Ele só está tentando te tirar do sério!
Alex:– Pior que está conseguindo.
Antônio:– Vocês que ficam aí se resolvam agora vou tomar uma chuveirada!
             — Não tinha problema em provocar Alex só temia que de alguma forma fosse revidar em Lurdes porém algo dentro de mim me avisava que não precisava pegar tão pesado.
Lurdes:– Está ouvindo!?
              — Tinha acabado de colocar sabonete pelo meu corpo quando ouvi ela na porta.
Antônio:– Se eu fosse você ficava esperta em?
Lurdes:– Por que?
Antônio:– Seu namorado pode pensar que estou dando em cima de você!
             — Alguns minutos de silêncio e aquilo parecia ser sério então porque desde que conheci essa mulher nunca tinha deixado de falar uma resposta à altura de qualquer comentário sarcástico.
Lurdes:– Ignorante!
             — Retiro o que disse à tempo porque mesmo sem palavras ela com certeza continua dando suas alfinetadas.
Lurdes:– Tem notícias da Maria?
Antônio:– Porque o Alex não me pergunta isso diretamente em?
Lurdes:– Não foi ele que veio me perguntar idiota sou eu que estou perguntando!
             — Desde que a irmã dele foi embora e que aos poucos Alex foi criando vergonha na cara acho que saber sobre o bem estar dela se tornou parte da vida dele o problema disso tudo?A garota não estava querendo falar com seu irmão abusivo e com razão porque o desgraçado lhe fez muito mal.
Antônio:– Não adianta Lurdes.
Lurdes:– Do que está falando?
Antônio:– Tenho certeza que Maria voltará à falar com ele porém no seu tempo então não amole porque na hora certa tudo voltará ao que sempre foi.
            — Esperei mais respostas rápidas e ácidas só que o silêncio foi enorme então acabei terminando meu banho.

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