Capítulo 19 - A fúria dos reis

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Antônio
           - Não fazia nem dez minutos que estava no apartamento de Ricardo e posso dizer que o idiota bebia como um louco desde que soube da grande notícia dada por sua namorada então precisei prestar minha solidariedade pro cara já que sabia exatamente pelo que está passando.
Ricardo:- Droga!Só pode ser um sonho que vou acordar!
            - Estou sentado na poltrona que há uns cinquenta segundos mais ou menos o dono da boate que eu trabalho surta estava apenas para ver aquela cena no mínimo engraçada porque Ricardo sempre foi o filho da puta mais durão que conheci só que desde que ouviu a voz da minha garota pelo celular lhe contando a grande novidade achei que ele iria enfartar ou algo do tipo.
Ricardo:– Preciso vê-la!
Antônio:– Espera um pouco aí papai!
              — Dou graças a Deus por um olhar não matar porque do jeito que me observa agora sei que estaria derretido no chão pela tamanha raiva que deve estar sentindo só que aquela notícia não era pra ser desagradável nem nada parecido.
Ricardo:– Antônio sem gracinhas porque não estou no clima para isso!
              — Ricardo dava tantas voltas que não entendo como o chão não começou a se abrir só que para sua sorte estávamos no mesmo bar.
Antônio:– Senta aí irmão.
              — Dessa vez falo sério mesmo estando com um meio sorriso estampado na cara ainda sim gostaria que entendesse que ficaria do seu lado do mesmo jeito que esteve comigo e com a minha irmã então mesmo depois de ter feito o que pedi seu nervosismo chegava a lugares bem elevados pela forma que batia um dos pés no chão ou como tentava não perder o resto do controle.
Ricardo:– Ela devia ter me contado!
Antônio:– Foi o que minha garota fez.
Ricardo:– Essa garota é...
            — Esperava que começasse a falar demais e em seguida lhe enchesse de porrada e assim lhe colocava um pouco de juízo naquela cabeça grande dele só que Ricardo agiu de uma maneira totalmente diferente.
Ricardo:- Ela com certeza me deixa doido!
             - E assim pude ver o cara que não se rendia a mulher nenhuma exceto a própria mãe se rendendo a garota que era apaixonada por mim no início,mesmo uma grande ironia a vida porque me perguntava sempre se Lúcia não tivesse existido no meu caminho como seria,a verdade?Bem uma grande merda!
Antônio:– Bem-vindo ao clube cara!
            — Ficamos em silêncio por alguns segundos e percebo que aquela raiva e fúria por talvez não ter sido o primeiro que Brenda contaria aquele segredo foi dissolvendo até estar calmo o suficiente e escutar sua risada.
Ricardo:– Droga!
Antônio:– Eu sei vai sorrir e em seguida sentir várias coisas ao mesmo tempo e normal.
            — Me lembro quando fiquei sabendo e também como Lúcia estava pensando em tirar o bebê apenas por estar tremendamente assustada e puta com essa situação só que felizmente essa idéia horrível não se concretizou.
Ricardo:– Cara eu vou ser pai!
           — Em seguida se levanta como se estivesse indo para algum lugar e vai até a pia da cozinha e lava o rosto com os cabelos castanhos caídos e molhados no seu rosto e as tatuagens brilhando pela água que escorre e aquele olhar sério observando a imagem do espelho como se estivesse se perguntando silenciosamente alguma coisa,acabo me encostando na parede ao lado e cruzando os braços.
Antônio:– Só te vi assim na morte da sua irmã.
Ricardo:– Estou tentando entender tudo antes de ir atrás dela.
Antônio:– Cara só um conselho porque passei por isso então acho que posso te aconselhar um pouco.
Ricardo:– Olha só o cara depois que engravidou alguém está se achando!
Antônio:– Calado!O que dirá pra ela espero que não fale qualquer merda ou brigue achando que Brenda não sabia o que estava fazendo além do mais e tudo muito novo e não era obrigado a garota lhe contar logo de cara o que está fazendo.
Ricardo:– E eu sei porém Antônio quer saber de uma coisa?
Antônio:‐ O que?
Ricardo:– Estou achando um barato saber que vou ser pai.
             — Dessa vez Ricardo sorri e enxuga seu rosto em uma toalha.
Antônio:– Aonde pensa que vai?
Ricardo:– Quero vê-la agora.
Antônio:– Tem certeza disso?
Ricardo:– Aonde ela está?
Antônio:– Provavelmente no hospital com Lúcia já que pra Brenda deve ter sido um tremendo choque cara!
             — Dou um soco em cheio na sua cara o derrubando no chão e lhe fazendo me olhar de uma maneira sem entender nada só que por incrível que parecesse o desgraçado nem estava com raiva ou puto comigo então acabo o ajudando a levantar.
Ricardo:– Pra começar por que me socou?
Antônio:– Isso foi o que a avó dela gostaria de fazer se estivesse viva então esse carinho é em homenagem à ela.
Ricardo:– Beleza eu mereço.
            — Uma vez safado pra mim sempre seria então ele tinha que concordar comigo que engravidar logo a garota assim não foi algo inteligente à se fazer porém aconteceu e agora o cara vai precisar lidar com isso da melhor maneira.
Antônio:– Outra coisa idiota!
           — Ele já tinha pegado sua jaqueta preta e a estava vestindo quando se virou e notei que o canto inferior do seu labio estava cortado.
Ricardo:– Que foi voz da razão?
Antônio:– Pega leve com ela entendeu?Não seja um babaca como você era.
Ricardo:– Não se preucupe sei tratar bem uma mulher.
Antônio:– Claro que sabe.
              - Passo a mão pela barba que precisava fazer e me lembrava do tanto de mulher que esse safado tinha feito de idiota e como elas voltavam e iam como água por suas mãos e agora que estava prestes prestes a ter um filho com uma garota legal que era pra ele acima da média temia que podia estragar tudo porém precisava dar um voto de confiança para esse desgraçado.
Ricardo:- Além do mais Antônio estou mesmo apaixonado por aquela garota e longe de mim querer estragar tudo se não eu mesmo me mataria.
            - E assim Ricardo foi embora me deixando no mínimo aliviado por essa revelação.
      

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