Antônio
— Eu precisava confessar à mim mesmo que a atmosfera do lua azul a boate que trabalhava tinha um clima bem diferente das outras e primeiro porque estava no segundo andar do prédio que ficava o bar principal que alguns vinham apenas para se recuperar de tanto dançar e beber para comerem algo e transarem bastante já que existia vários quartos pequenos para visitantes e suas parceiras e agora mesmo estava sentado em uma mesa perto do bar onde tinha pedido alguns aperitivos para comermos junto de dois sucos de frutas e por essa garota estava até desistindo um pouco de beber álcool por enquanto pelo menos e adorava escutá-la falar sobre seu trabalho de enfermeira e como tinha dias que eram tremendamente agitados e que por enquanto estavam apenas preocupados não só elas mas alguns colegas sobre uma possível doença contagiosa que estaria acontecendo pelos lados do Japão e tinha recebido algumas notícias dos patrões de Maria que tinham se mudado à pouco tempo para morarem por lá e começava à voltar e comentar sobre todos os doentes que estavam se recuperando na ala infantil e como se sentia orgulhosa por ser um pouco responsável e adorava ver os pequenos sobre seus cuidados.
Lúcia:– Estou te constrangendo não é?
— Não conseguia falar nada porque adorava lhe ver falando sobre seu trabalho e cotidiano era muito fascinante e estou me divertindo bastante em apenas ser um telespectador.
Antônio:– Na verdade não.
— Parece que aquilo tinha lhe surpreendido porque seus olhos ficam surpresos e em seguida um sorriso breve surge no seu rosto,porra!Preciso me controlar já que a garota não fez nada demais e estou ficando duro imagina quando souber disso vai pensar que sou um tarado ou coisa pior.
Antônio:– Está surpresa?
Lúcia:– Sempre adorei falar e não acredito que a maioria dos casos que tive gostavam muito desse meu jeito.
Antônio:– É!?Não sabem o que estão perdendo!?
— Lúcia toma o resto da bebida e me olha fixamente e me beija apenas um leve selinho porém o bastante para me deixar muito animado e com vontade de muito mais,o que me fazia questionar o que essa mulher tinha para ter me atraído daquela forma!?É claro que na primeira vez que nos vimos fiquei louco de vontade para provocar a garota que vivia dando um àr de superioridade para quem estava ao redor o que despertou sentimentos conflituosos porque se soubesse que acabaria daquela forma por uma certa enfermeira tinha passado longe daquele hospital.
Lúcia:– O que está pensando?
Antônio:– Quando nos conhecemos se lembra?
Lúcia:– Não.
— Muitas pessoas não gostavam desse jeito duro e direto dela de comversar porém era diferente comigo e eu adorava ver como mostrava seu poder perante os outros é óbvio que está sempre se culpando por achar que isso afasta as pessoas só que não comigo esse feitiço tinha o efeito contrário.
Antônio:– É bem mentirosa!
— Aquela risada debochada como se o resto do mundo não existisse e estivesse ofertando apenas para mim era mesmo irresistível então acabo pegando sua mão e beijando.
Lúcia:– Sabe que não deveria se comportar assim não é?
Antônio:– Por que não?
Lúcia:– Você é assim com todas as suas clientes.
— Quando pensava que estava de alguma maneira avançando eu percebia que voltava à estaca zero com as provocações daquela provocadora só que depois de um tempo entendia que jogava daquele jeito por estar machucada e esse sentimento era conhecido por mim já que no passado agia da mesma maneira com minha família.
Lúcia:– Estou mentindo!?
— E agora vinha a parte que subia o tom de voz apenas para se sentir no controle da situação e mesmo sabendo disso não posso deixar de me sentir um idiota por aquela garota já que sabia melhor do que qualquer um como me deixar em êxtase num segundo e puto em outros.
Antônio:– Na verdade não princesa.
— Quando percebe que não vou atacá-la de volta nem jogar nada em sua cara como está fazendo comigo é a vez dela de baixar o rosto e sentir vergonha por sua indiscrição.
Lúcia:– Me desculpa Antônio não estou nos meus melhores dias.
— Como tinha falado antes ela sabia como me deixar horrível e bem em seguida tudo caia por terra e se dissolvia até não lembrar mais porque estava com raiva dela.
Antônio:– Venha!
Lúcia:– Aonde está me levando!?
— Estendo a mão e em seguida ela pega mesmo antes de saber que à estou levando para a pista de dança onde tocava uma música lenta que me fez agarrar sua cintura e trazê-la o mais perto possível e sentir o cheiro dessa garota que sabia o que fazer comigo mesmo quando não entendia como.
Lúcia:– Até que essa boate não é tão ruim.
— Lhe rodopio e ela está sorrindo e o encaixe e tão único e perfeito que me deixa alguns segundos sem àr até que percebo o silêncio entre nós e a maneira que suas mãos passeavam por meus braços e pescoço.
Antônio:– Não deixe o Ricardo ouvir isso.
Lúcia:– Não se preucupe não vai!
— Então Lúcia gira e se coloca atrás de mim e seu corpo fica mais colado no meu o que torna as coisas mais duras especialmente para meu amigo de baixo que já estava dando sinais que iria fazer uma loucura e seria melhor desconversar ou pensar em outra coisa que não fossem aqueles quartos minúsculos onde daria muito certo darmos algumas rapidinhas e até mesmo mergulhar entre suas pernas e lhe fazer gritar como uma gata no cio porém Lúcia teve essa idéia primeiro que eu.
Lúcia:– Quero ir pro quarto!
— Sua voz está mais grossa e selvagem e sinto sua mão no meu cinto e aquele era um pedido edúcado para comê-la o que foi aceito de muito bom grado.
Antônio:– Como não atender aos seus pedidos não é gatinha!?
Lúcia:– Cala essa boca idiota!
— Puxo sua mão e à levo imediatamente ao quarto que precisava entrar antes de cometer uma loucura naqueles corredores mesmo.
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Pelas minhas aparências
RomanceLúcia é uma ótima enfermeira e sempre se sacrificou pelo bem da sua família só que desde que a mãe se matou e a irmã mais nova deixou a casa junto do irmão mais velho e problemático ela precisa lidar com o luto e também com a dor de se sentir sozinh...