Capitulo 13 - O ócio criativo

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Antônio
           — Já passava das oito e meia da manhã e aquilo foi o mais cedo que poderia levantar e falo assim porque quando fazia programas na madrugada meio que me transformava em uma criatura da noite trocando a madrugada pelo dia porém estava tudo diferente naquele momento podia sentir isso.
Antônio:– Lúcia?
             — É cĺaro que tinha ido trabalhar e mesmo assim mantenho firme minha palavra de ficar de olho naquela garota e agora mais do que nunca,quando vou começando à tirar a cueca que nem fazia idéia de como havia colocado já que na noite anterior ficamos bem à vontade escuto alguém bater na porta.
Antônio:– Droga!Quem será à essa hora!?Já estou indo!
             — Apesar de estar putamente feliz com os eventos que tinham se desenrolado não estava nenhum pouco preparado para ver a Lurdes chorando e aquilo só poderia significar uma coisa,Alex.
Lurdes:– Posso entrar?
            — Ela parecia tão distante e triste e chorava de uma maneira que nunca tinha visto antes e para ser sincero não tinha sequer ouvido falar que essa mulher chorava dessa maneira.
Antônio:– Claro que sim!Deixa adivinhar?Foi aquele safado!?
Lurdes:– Ele me beijou Antônio.
            — Coloco a água para ferver no fogão para fazer o café e à sento na mesa de jantar da cozinha.
Antônio:– Porra!Vou matá-lo!
             — Antes de cruzar a porta tenho meu braço capturado por aquela verdadeira amazona que o gira para trás e me coloca contra a parede me fazendo ficar em choque e imóvel.
Antônio:– O que você..!?
Lurdes:– Não foi a força seu idiota!
Antônio:– Tá bem entendi agora pode me soltar por favor?
              — Nem que pudesse ver através dela poderia imaginar que isso pudesse acontecer porque era maior do que a Lurdes só que parecia não significar tanto já que ela tinha tido treinamento para se tornar tipo a mulher Hulk ou sei lá que tipos mais de bombas toma para ficar forte assim.
Lurdes:– Por que está me olhando assim?
              — Esfregava com força o canto que aquela garota tinha apertado e parecendo não ter idéia do quanto podia ser foda e não estou reclamando apenas que meu orgulho está um pouco ferido.
Antônio:– Só acho que isso tem que ficar entre a gente valeu?
              — Dessa vez Lurdes dá um pequeno sorriso e acaba se sentando no sofá enquanto isso termino de preparar o café.
Lurdes:– Eu não deveria ter feito isso.
Antônio:–  Não se preucupe"Lurdinha"vou ficar bem.
Lurdes:– Não estou falando de você e não lamento por ter feito isso.
Antônio:– Valeu.
Lurdes:– Estou falando dele e de estar o ensinando à lutar e saber como é a realidade das coisas sabe?
Antônio:– Quem te escuta falando assim pensa que o lado negro da força já venceu o cara além do mais foi só um beijo garota.
            — Enquanto o líquido quente borbulha na panela escuto mais lamentos envolvendo o Alex e me pergunto se está fazendo aquilo por peso na consciência ou porque gostou bastante de tê-lo beijado.
Lurdes:– Eu não quero esse tipo de intimidade com ele.
             — Quando escuto aquilo paro de mexer o café que já cheirava bem e tento reorganizar meus pensamentos sobre uma das empresárias mais taradas de São Paulo é sério tinha dias que John meu melhor amigo que trabalhava na mesma profissão só que com bastante exclusividade tipo Lurdes bancava o cara e em troca ele lhe dava seu pau de ouro para a mulher dar uma chupada entre outras coisas contava que ficava bem exausto.
Antônio:– Não estou acreditando nisso Lurdes!Caramba!Isso não é possível!
Lurdes:– o que?
Antônio:– Você está apaixonada pelo cara!
Lurdes:– Não seja idiota Antônio!
             — Ela tinha se levantado cedo e me forçado à fazer o mesmo e por essa razão iria lhe manter até me contar o resto.
Antônio:– Ei você!
Lurdes:– O que é!?
Antônio:– Não vai sair ainda,primeiro tomará esse café quente que acabei de colocar na xícara e me contará qual o problema de estar apaixonada sua tola!?
             — Lurdes me fuzila com um olhar mortal que faria até o próprio gelo se derreter então volta e se senta e bebe um pouco do café fumegante.
Antônio:– Cuidado mulher esfria primeiro.
Lurdes:– Do jeito que estou me sentindo agora talvez eu mereça a dor de qualquer maneira.
              — Não fazia idéia de como eram as coisas porque transamos algumas vezes mas comigo o sexo era rápido e prático e geralmente acontecia nas ruelas mais perdidas de São Paulo quando o amanhecer tomava conta e as pessoas voltavam as suas vidas normais e cotidianas e Lurdes surgia dentro de um carro prata sem seu motorista e fedendo a bebidas e sexo barato,sim mesmo depois de se perder nas boates adorava ser masoquista com os outros caras e implorava que fossem com ela,gostava de sentir dor.
Antônio:– Está sendo dura demais e só por um beijo aliás por que não deu umas porradas nele por ter feito isso?
Lurdes:– Eu tentei mas quer saber?
             — Faço um movimento em negativo com a cabeça.
Lurdes:– Ele conseguiu bloquear meus golpes sabe?
Antônio:– Nunca entendi porque se aproximou do cara entende?Eu lembro que deu uma surra nas pessoas que tentaram acabar com ele e etc bem e agora?Qual sua desculpa para não deixar o cara ir?
Lurdes:– Queria ajudar ele desde o começo não entendia bem o por que Antônio mas acho que me via nele.
Antônio:– Você é uma mulher durona e tal porém nunca será a vilã da história não dá maneira que aquele imbecil foi com a irmã cega dele.
Lurdes:– Agradeço pelas palavras Antônio mas você é um cara legal bem fofoqueiro e antigamente babaca mas agora está entrando nos eixos.
Antônio:– Obrigado eu acho.
              — Outro gole de café e mais silêncio e dessa vez parece que toquei em algo delicado mas pelo menos Lurdes me olha nos olhos.
Lurdes:– Sempre fui subestimada por todo mundo Antônio tanto por ser uma garota preta ou por achar que podia tomar a frente nos negócios da familia mesmo meus pais nunca tendo me apoiado ou coisa parecida ainda sim fiz por merecer tudo.
Antônio:– Ei maluca?
Lurdes:– Hum?
Antônio:– Claro que fez ninguém está falando diferente.
            — Ela me dá um largo sorriso e terminamos de beber em silêncio.

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