Twenty Seven Part Two

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CHAPTER 27, CHIROPHILIA

— ...Eu posso entrar?

A resposta para sua pergunta não demora nada para chegar:

— Claro que pode, hyung...

No segundo em que a porta se fecha atrás deles e os dois garotos se encontraram olhando um ao outro, o silêncio recai. A tensão é crescente a cada instante que passa, pareciam horas mascaradas em segundos.

Só que tudo isso não dura por muito tempo.

Um último movimento brusco e lá estavam eles, juntos, aos beijos.

O mais novo lidera os passos e os leva até o sofá colocando delicadamente o mais velho sobre ele. Deitado no local macio, o Huang levanta seus braços até chegar ao rosto de seu namorado, o aproxima com um toque leve e toma seus lábios de uma vez só.

O ósculo por sua vez é suave, passional.

Talvez fosse somente a saudade que estava dos lábios alheios, mas para Renjun, beija-lo naquele momento parecia como a primeira vez: seu estômago se revirava em nervosismo, seus lábios ardiam e seu coração soava tão alto que o ensurdecia.

Agora compreendia o que o garoto havia o dito no dia em que deram um tempo do namoro.

O mais novo quebra o contato somente para olhá-lo nos olhos durante alguns segundos para então levar seus lábios até o pescoço alheio, depositando ali um beijo casto indo até sua clavícula. Os lábios macios em sua pele, a respiração quente, e um pequeno beijo com a língua exposta aqui e ali.

Sua mente estava sendo levada a um outro lugar enquanto seu corpo sentia prazer em vários pontos específicos.

Mas repentinamente, ele se recorda do motivo pelo qual tinha pedido para entrar na casa dele, e por mais que estar aos beijos com o coreano fosse maravilhoso, não havia sido para isso.

— Espera. — Fala colocando as duas mãos sobre o abdômen do outro e suavemente o empurrando para trás. — Vamos conversar primeiro.

— Certo. Desculpa.

— Não. — Sorri pequeno levantando somente os cantos de sua boca. — Não precisa se desculpar. Senta aqui.

Ele dá dois tapas no lugar vago ao seu lado e o capitão se senta logo em seguida.

Com ambos perceptivelmente nervosos, eles se encaram brevemente até que Jeno questiona:

— É sobre "aquilo"? — A palavra fica superintendida, mas não é dúvida para nenhum deles sobre do que se trata. Em resposta à pergunta, Renjun acena negativamente. Notando o garoto estar apreensivo, ele continua: — Você quer falar algo, hyung?

— Acontece que... — Ele para de falar no mesmo segundo em que começa.

— Hyung, pode falar. — O incentiva colocando sua mão sobre a coxa alheia e ali o apertando de forma fraca. Com um sorriso nos lábios, tenta passar um pouco de confiança ao outro.

— Você não é o único que manteve um segredo sobre o início do nosso relacionamento. — Ele pausa na espera de alguma reação, porém Jeno só faz um sinal para que ele continue falando. — Eu tenho um certo fetiche por mãos, e no momento... especificamente pelas suas mãos.

— Quirofilia?

— Sim, exatamente, a palavra soa bem mais imponente do que realmente é, né? — Dá de ombros a sua própria fala. — Acontece que eu sempre achei mãos bonitas, e quando vi as suas, não sei, eu simplesmente comecei a sentir um grande desejo por elas e foi isso me levou a começar tentar me aproximar de você.

Ao contrário de um silêncio constrangedor como era o esperado pelo chinês, a expressão do Lee não aparenta estar nem um pouco perdida ou incomodada com a súbita confissão de seu namorado. Em realidade, seu rosto é neutro, como se a novidade de nada havia o surpreendido.

— E... O que elas têm de tão especial? — Questiona levantando o par de mãos em frente aos olhos e as checando minuciosamente. — Elas são comuns, hyung.

— É nisso que está pensando? — Ele ri colocando a palma sobre a boca para esconder o sorriso. — Jeno...

— Ok, é claro que não estou feliz em saber que não fui eu quem te atraiu a querer ficar comigo, mas eu posso assumir que isso mudou, certo? Não é possível que elas sejam tão lindas ao ponto de ainda estarem te mantendo comigo.

O que Renjun jamais poderia negar era que naquele momento sentia um grande alívio em seu peito, era como se um enorme peso deixasse de ocupar seu coração. Ter mentido por tanto tempo para a pessoa por quem sentia fortes sentimentos era simplesmente... errado.

— É claro! E se pensar bem, foi você sim quem me atraiu.

— Então? Nós dois começamos esse relacionamento com razões não tão bonitas por trás, mas acho que a partir de agora podemos continuar pelos motivos certos. — O mais novo se ajeita no sofá virando seu corpo ainda mais para o lado do outro, aproximando-se dele. — Eu gosto de você pelos motivos certos, por quem você é, hyung. Eu sou apaixonado pelas as suas expressões, nossos beijos e abraços, pelo seu jeito de ser, e isso superou qualquer intenção inicial. Juro.

— Eu sei que sim. Sinceramente, eu passei os últimos dias pensando que o melhor seria terminar, um relacionamento iniciado com mentiras provavelmente não duraria muito, viveríamos na desconfiança. — Antes de continuar sua linha de pensamento, o garoto dá de ombros: — Mas toda vez que eu te vejo, esse problema... simplesmente some. Não é que ele não exista, mas é que parece inferior a todo o resto que tivemos.

Um grande sorriso cresce no rosto daquele que escuta cada palavra animado.

E lá estava ele, o sorriso que Renjun amava, aquele que deixava os olhos de seu garoto tão estreitos que pareciam imitar seus lábios. 

Parando para pensar bem, o mesmo provavelmente conseguia ser ainda mais amado que as mãos tão desejadas eram.

— Você é tão fofo. — Ele posiciona sua mão atrás da nuca do namorado o trazendo para perto para que suas testas se encostem. — Eu gosto muito de você, Huang Renjun.

— Eu também gosto muito de você, seu bobo. — É sincero em cada palavra.

Eles dão um pequeno selinho com um sorriso escondido entre o beijo.

Seus corações batiam em sintonia naquele momento.

Na próxima hora que se passa, os dois garotos passam conversando e resolvendo seus problemas para que nada fique nas entrelinhas ou desentendido. Em realidade, metade do horário serviu para isso, a outra se passou entre beijos e risos bobos.

O plano que fizeram era o de que viverem um romance simples e verdadeiro sem qualquer pretensão de futuro. Viveriam o momento e nada mais que isso.

No fim, Renjun volta para casa tentando conter a alegria de seu rosto e com a palavra "namorado" soando em seus pensamentos.

Palavras jamais haviam parecido tão doces quanto essas.

***

oi oi meus anjinhos!! como estão?

espero que tenham gostado desse capítulo, admito que sorri muito o escrevendo. boiolas. essa palavra os define e nada menos que isso.

bom, acho que está na cara que a fanfic está em seus últimos capítulos.

aliás, meu plano que escrever um spin off com os jaesung e os markhyuckle ainda existe, o que acham disso? deixem suas opiniões sobre a fanfic e essa ideia ai, vou ler todas!

enfim, um beijo e até o próximo, meus amores <3

apenas me toque com suas mãos - norenOnde histórias criam vida. Descubra agora