apenas me toque com suas mãos - noren

Seven

CHAPTER 7, CHALLENGERS

Quando saiu do Edd's já passavam das 23h. Haviam roubado Jeno da sala onde tinha passado a noite com ele e o levaram para comemorar o jogo ganho. Mas falando o que realmente aconteceu, haviam o levado para encher a cara virando algum barril qualquer de cerveja barata.

Tinha ficado cansado, suado e um pouquinho bêbado. Não acostumado à festas, logo, logo sentiu-se deslocado naquele lugar. Cansou-se de esperar pelo Lee voltar e foi embora sem poder avisar ao garoto. Desta forma, nada foi realmente esclarecido entre os dois.

O Huang agora saiu do banheiro secando os cabelos que achava estar cheirando a bebida e pegou o celular para dar uma olhada nas mensagens que haviam chegado enquanto tomava banho.

Tinham três vindas de Haechan, metade das palavras estavam escritas erradas e uma foto dele deitado ao lado de um garoto que não dava para ver o rosto tinha sido mandada também. Nas mensagens, apenas palavras soltas como: "Não sei", "bêbado", "gatinho" e "sexo" foram dificilmente entendidas por Renjun.

Riu enquanto respondia. Aquilo era tão a cara do amigo.

Ainda enquanto digitava, mais algumas mensagens chegavam aparecendo na barra de notificações. Não tinha aquele número salvo.

Eram um "Oi" seguido de: "Você foi embora mais cedo? Fiquei te procurando."

Naquele momento o cérebro de Renjun trabalhou em uma rapidez jamais vista antes. Ele pulou da cama surpreso e olhou para os lados como se estivesse fazendo algo proibido ao resto do mundo.

Olhou a foto de perfil e confirmou o óbvio.

─ Ok, ok, ok. ─ Bloqueou o celular para que pudesse pensar em uma resposta.

Surtava mentalmente por algo tão simples. Nem parecia o mesmo Renjun que a horas atrás propunha algo estranho a este mesmo garoto.

Pensou em uma desculpa melhor que: "Fui sim. Fiquei cansado de te esperar." mas nada surgiu. Mais alguns sons de mensagens e ele correu para pegar o aparelho que havia deixado na cama.

─ Ok, ok. ─ Parecia ser a única coisa a sair de sua boca.

Desbloqueou e sem entrar no chat, leu o conteúdo na barra de notificação: "Você já deve estar dormindo.", "Boa noite então. Espero que possamos conversar na segunda".

Quando percebeu que mais nada chegaria, deitou-se novamente na cama e largou o celular ao lado.

Acabou nem o respondendo.

Estava surpreso com a quantidade de decisões idiotas e estranhas havia cometido em apenas semana - principalmente naquela noite. E no fim nenhuma delas havia o chegado mais perto de seu objetivo.

Nada de mãos...

Como contaria a Jeno que tudo que ele quer pedir é que suas mãos passeiem por seu corpo?

Sem qualquer nexo lógico, o garoto começou a imaginar o Lee digitando as mensagens a ele e estranhamente - ou não − sentiu-se excitado.

Passou as mãos por cima do short questionando sua própria sanidade, sentiu-se ficar levemente ereto e logo enfiou uma das mãos dentro da peça de roupa.

Massageou a glande e seus olhos se fecharam de imediato em prazer. Passou os dedos gelados por cima do membro e arrepiou-se por inteiro no mesmo instante. Até porque naquele momento aqueles não eram seus dedos.

Segurou com a palma da mão toda a extensão pau e começou a fazer movimentos repetidos e devagar enquanto a outra mão passeava levemente por sua barriga. Seus lábios já deixavam alguns suspiros baixos sairem.

Sua mente só pensava em uma coisa.

O chinês estava prestes a se levantar para pegar alguns lenços quando forçou-se a tirar a mão de dentro da cueca.

─ Ok, isso já é demais até pra mim!

Pegou um travesseiro e se afundou ainda mais na cama.

Era estranho pensar que só de imaginar os dedos do coreano já o deixava assim. Queria saber como ficaria caso não precisasse usar somente a imaginação, mas também os seis sentidos que tem.

Aquela havia sido uma noite longa, chata e muito estranha ao mesmo tempo. Não havia muito mais a se fazer - contando que se masturbar por aqueles motivos estava fora de cogitação.

Esforçou-se para dormir, mas as mãos do coreano vagavam em sua mente.

Já desistia da ideia de não se masturbar quando algumas batidas na porta o chamaram atenção.

─ Mãe? ─ Questionou sabendo que era a única na casa.

─ Não. ─ Era a voz de Jaemin do outro lado da porta.

─ Jaemin? O que você ′tá fazendo aqui? ─ Correu para abrir.

Ao abrir a porta, um forte odor de álcool chegou até o chinês. O outro mais nada falou e já foi entrando no quarto do amigo. Se jogou na cama alheia e fechou os olhos como se pensasse em algo. Sua expressão era séria e aquilo realmente preocupou o chinês.

─ Vai tomar um banho. ─ Falou enquanto levantava o amigo, o puxando pelos braços. ─ Vai, vai!

Sem demorar muito ele foi diretamente para o banheiro. O mais velho correu para pegar algumas roupas suas e as deixou na pia no cômodo onde o outro tomava banho.

Renjun não entendia bem o que estava acontecendo, mas agradeceu por não ter se masturbado. As coisas provavelmente estariam um pouco estranhas agora caso tivesse sido pego praticando o ato.

Menos de cinco minutos depois Jaemin saiu do banho.

─ Vem. ─ Deu algumas batidinhas no local ao seu lado no colchão. O mais alto logo obedeceu. ─ Conta pra mim o que aconteceu.

Jaemin deitou-se ao lado do chinês e novamente nada disse. Aconchegou-se um pouco mais no amigo e suspirou fundo.

─ O Jisung é muito lerdo...─ Falou baixo como se fosse segredo. ─ Chega a dar raiva!

O outro segurou-se para não rir, mas foi em vão, acabou soltando uma leve risada.

─ Parece que vai ter ótimas histórias para me contar amanhã. Bom, talvez não boas para você já que veio até aqui ao invés de ligar bêbado.

─ E você! ─ Jaemin levantou o tronco rapidamente como quem acaba de se lembrar de algo. ─ Vi você passando com o Jeno, para onde foram?

─ Digamos que eu estou seguindo os seus conselhos e estou "indo pra cima" dele. ─ A voz em tom de superioridade.

─ Duvido muito.

─ Ei! Eu estou sim! ─ Afastou o amigo para que ele pudesse ver sua expressão séria enquanto falava. ─ De verdade, você não tem noção do quando quero aquelas mãos passeando pelo meu corpo ou aqueles dedos idiotas dentro de mim.

Renjun fazia uma carinha triste. Talvez ainda estivesse um pouco bêbado.

─ Bom, faço minha as suas palavras. ─ Mais uma expressão tristonha e pidona. ─ Mas não com o Jeno! Eca! ─ Tratou logo de deixar claro.

─ É estranho como você insiste em me dar conselhos amorosos, mas tem sua vida amorosa indo de mal a pior.

─ Minha vida amorosa é vadiar, garoto. ─ Virou-se ficando de costas ao amigo. Deixando claro que aquela conversa terminava ali. ─ O Jisung é mais um desafio.

─ Claro. ─ Disse rindo sabendo que aquelas palavras eram da boca pra fora. ─ Não julgo, também tenho um desafio no final das contas.

Alguns segundos passaram. Ambos os garotos pensavam em seus respectivos "desafios" e em como conseguir ficar com eles parecia ser realmente impossível.

─ Pelo menos o meu não é hétero. ─ Disse alto e de repente como se com aquela frase fosse o fazer ganhar uma disputa que havia travado mentalmente com o chinês.

Ele realmente ganhou contando que Renjun não teve como rebater aquilo.