Parte X

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Oi, leitores, como estão?

Obrigado pelos comentários e favoritos. Adoro acompanhar a reação e a opinião de vocês sobre essa história.

Me perdoem a demora, mas ainda tem muita história pela frente.

Espero que gostem!

×××

Reki

Era sábado a noite e Akari estava fazendo aniversário. Íamos jantar num restaurante. Logo que soube da notícia, Tsukihi se prontificou de imediato a me ajudar com a roupa: escolheu uma camisa branca e um blazer cinza-escuro.

– Eu tô parecendo o sr. Ekimoto – olhei para o espelho enquanto contemplava na mente a imagem de Langa vestido de várias maneiras diferentes – aposto que o Langa vai estar todo elegante e fino!

– Não fique reclamando  – disse Tsukihi, esticando-se para me olhar no espelho por cima do ombro e apontando para minha cintura – veja como esse corte mostra como você tem uma cintura curvilínea.

– Hã?!

Soltando um suspiro, ela explicou:

– Cintura fina, Reki. Quero dizer que você tem um corpo bem desenhado – fez um movimento de violão com as duas mãos.

Me apalpei de repente como se estivesse pelado.

– Tem razão! – exclamei apontando para o espelho – eu pareço mesmo muito magro.

– Sabe, Reki – ela sorriu com malícia, estudando alguma parte abaixo de minhas costas, depois me apalpando – você tem uma bundinha bastante redonda.

– Não toque aí!

– Não é bajulação, seu idiota! Você deveria fazer bom uso disso e começar a vestir calças mais apertadas. Um certo alguém iria gostar...

Corei do pescoço até as orelhas.

– Dê o fora daqui, Tsukihi!

– Nee-chan! – as gêmeas mais novas exclamaram da porta do quarto – você está bonito! Você tem que arrumar o cabelo! Me deixe ajudar também!

– Eu mesmo vou escolher o que vou vestir, saiam daqui! – exclamei.

As gêmeas se entreolharam por um segundo, olharam de volta para mim, e então saíram correndo gritando pelo corredor. Tsukihi ficou desapontada, mas saiu do quarto antes que eu fechasse a porta e tomasse fôlego por um instante.

Por que eu estava me importando tanto com a minha aparência? Essa era uma pergunta que não saia da minha mente desde o momento em que tomei banho, ressurgindo enquanto lavava cada centímetro do meu corpo, secava o cabelo e o bagunçava, com a ajuda do secador, da maneira mais arrumada possível.

Até passei um pouco da base que Tsukihi me emprestou. Passei creme nas mãos e, ainda que isso fosse um absurdo, nós pés. Tratei com calma de cada detalhe porque eu queria que tudo estivesse perfeito.

Encostei a cabeça na porta, lutando para não suar com aquele blazer sugando minha respiração. Olhei para minha mão direita, a qual eu havia usado para pensar em Langa enquanto me masturbava.

No escuro, de cortinas fechadas, me lembro de ter repetido o ato por mais três vezes. Depois da quarta vez, eu fechava os olhos profundamente, meu corpo abraçado a uma montanha irregular de travesseiros e edredons. Descobri, pouco depois que meu pênis ficava duro novamente, que gozar pensando em alguém específico era, sem dúvida, uma experiência totalmente diferente. Depois que terminei e me limpei, fiquei em pé por muito tempo, diante da janela que dava para ruela estreita, tentando fazer desaparecer a dor de cabeça que me perturbava. Você é um garoto magrelo, imaturo, burro e cheio de esperma, eu dizia a mim mesmo, sentindo o frio do vidro onde apoiava a testa. Como eu poderia olhá-lo novamente? Mesmo que eu esfregasse as mãos com uma escova pontuda e limpasse cada glândula de minha pele, não havia maneira de limpar esse fato da minha mente: me masturbei pensando no meu melhor amigo. Depois de tomar um banho longo, fui para a cama, desesperado pelo sono que não vinha, e me obriguei a fechar os olhos e permanecer imóvel.

𝐒𝐊8 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐇𝐎𝐈𝐂𝐄𝐒 | 𝙇𝙖𝙣𝙜𝙖 × 𝙍𝙚𝙠𝙞 Onde histórias criam vida. Descubra agora