✵ Chapter 22 ✵

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✯ Sara ✯

Passamos três dias sem nada para de fato investigar; nenhuma festa de CEO, algum homicídio ou qualquer outra coisa. Tudo está devidamente quieto, quieto até demais.

Depois de dias praticamente grudada a minha sala, eu me encontrava pela primeira vez na sala principal. Era até estranho ver os agentes passando de lá para cá freneticamente; resolvendo seus casos a parte. Resumindo o FBI estava divido em dois: uma pequena minoria — os agentes que Ava mais confiava — me investigavam. E o restante — equipe indiretamente comandada pelo Heywood, pai do Nate e sub comandada por Amy ou algo do tipo — investigava casos a parte. Parecia que os cartéis de drogas estavam com tudo.

Pela persiana vi Ava discutir com alguém pelo telefone. E do outro lado do escritório, Barbara me encarava e quando nossos olhares se encontraram, ela sorriu e acenou com a cabeça. Retribui o gesto.

- Apreensiva hoje, agente Lance - A ruiva se aproximou.

- Agente? Nem quando chegou aqui me chamou assim. O que aconteceu? - Sorri.

- Tentando... Reconquistar o nosso profissionalismo depois do último ocorrido - Ela se sentou na mesa.

- Sentada na mesa e sorrindo de canto? - Balancei a cabeça - Acho que não, Müller.

- Justo - Ela riu.

Zari passou pela sala principal como uma ventania, desesperada até a sala de Ava e depois voltou para onde estávamos.

- Gente, nós temos um R130, código de sequestro - Zari começou. - Hoje mais cedo a delegada Dinah Drake foi sequestrada quando estava indo para o trabalho. Segundo a câmera de segurança da rua, ela saiu a pé, por volta das 6 horas e seguiu até a Madison Avenue - As imagens iam aparecendo conforme Zari narrava - Onde então foi sequestrada por esse sujeito.

- Você conseguiu fazer reconhecimento facial? - Ava perguntou.

- Não, ele 'tá usando uma máscara na metade do rosto e uma touca, o sistema não conseguiu captar.

- Vou tentar fazer reconhecimento por rede social, às vezes funciona melhor - Uma mulher asiática disse do outro lado.

- Certo, tente isso, e me avise se conseguir alguma coisa.

- Z, você conseguiu localizar o celular dela? - Ava voltou a questionar.

- Ainda não, deve estar desligado, vai ser um pouco difícil conseguir rastrear

- Assim que conseguir, me avise.

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Algumas horas se passaram sem que alguém conseguisse alguma pista, por mais pequena que fosse. E por mais que a cada minuto cada músculo do meu corpo parecia se tencionar mais e mais, e minha mente gritasse para que eu voltasse para minha sala, eu não conseguia sair de sala principal, era como se minhas pernas de repente tivessem ficado imóveis e eu estivesse colada na cadeira.

Revi a mesma gravação mais de três ou quatro vezes — não sei ao certo —, à procura de qualquer coisa que tenha ficado para trás, um objeto por mais pequeno que fosse ou então um detalhe que destacasse no sequestrador. Mas nada, não tinha nada. A roupa, a touca e as luvas eram comuns, em Nova York, preto era a sensação. Então, nada de novo.

- Ei, 'tá tudo bem? - Senti as mãos de Barbara em meus ombros.

- Sim - Assenti e olhei em sua direção.

- Parece tensa.

- É que eu era um pouco próxima da Dinah...

- Vamos encontrar ela - Beijou o topo da minha cabeça - Vai ficar tudo bem - Sorri.

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