✯ Sara ✯
Passamos três dias sem nada para de fato investigar; nenhuma festa de CEO, algum homicídio ou qualquer outra coisa. Tudo está devidamente quieto, quieto até demais.
Depois de dias praticamente grudada a minha sala, eu me encontrava pela primeira vez na sala principal. Era até estranho ver os agentes passando de lá para cá freneticamente; resolvendo seus casos a parte. Resumindo o FBI estava divido em dois: uma pequena minoria — os agentes que Ava mais confiava — me investigavam. E o restante — equipe indiretamente comandada pelo Heywood, pai do Nate e sub comandada por Amy ou algo do tipo — investigava casos a parte. Parecia que os cartéis de drogas estavam com tudo.
Pela persiana vi Ava discutir com alguém pelo telefone. E do outro lado do escritório, Barbara me encarava e quando nossos olhares se encontraram, ela sorriu e acenou com a cabeça. Retribui o gesto.
- Apreensiva hoje, agente Lance - A ruiva se aproximou.
- Agente? Nem quando chegou aqui me chamou assim. O que aconteceu? - Sorri.
- Tentando... Reconquistar o nosso profissionalismo depois do último ocorrido - Ela se sentou na mesa.
- Sentada na mesa e sorrindo de canto? - Balancei a cabeça - Acho que não, Müller.
- Justo - Ela riu.
Zari passou pela sala principal como uma ventania, desesperada até a sala de Ava e depois voltou para onde estávamos.
- Gente, nós temos um R130, código de sequestro - Zari começou. - Hoje mais cedo a delegada Dinah Drake foi sequestrada quando estava indo para o trabalho. Segundo a câmera de segurança da rua, ela saiu a pé, por volta das 6 horas e seguiu até a Madison Avenue - As imagens iam aparecendo conforme Zari narrava - Onde então foi sequestrada por esse sujeito.
- Você conseguiu fazer reconhecimento facial? - Ava perguntou.
- Não, ele 'tá usando uma máscara na metade do rosto e uma touca, o sistema não conseguiu captar.
- Vou tentar fazer reconhecimento por rede social, às vezes funciona melhor - Uma mulher asiática disse do outro lado.
- Certo, tente isso, e me avise se conseguir alguma coisa.
- Z, você conseguiu localizar o celular dela? - Ava voltou a questionar.
- Ainda não, deve estar desligado, vai ser um pouco difícil conseguir rastrear
- Assim que conseguir, me avise.
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Algumas horas se passaram sem que alguém conseguisse alguma pista, por mais pequena que fosse. E por mais que a cada minuto cada músculo do meu corpo parecia se tencionar mais e mais, e minha mente gritasse para que eu voltasse para minha sala, eu não conseguia sair de sala principal, era como se minhas pernas de repente tivessem ficado imóveis e eu estivesse colada na cadeira.
Revi a mesma gravação mais de três ou quatro vezes — não sei ao certo —, à procura de qualquer coisa que tenha ficado para trás, um objeto por mais pequeno que fosse ou então um detalhe que destacasse no sequestrador. Mas nada, não tinha nada. A roupa, a touca e as luvas eram comuns, em Nova York, preto era a sensação. Então, nada de novo.
- Ei, 'tá tudo bem? - Senti as mãos de Barbara em meus ombros.
- Sim - Assenti e olhei em sua direção.
- Parece tensa.
- É que eu era um pouco próxima da Dinah...
- Vamos encontrar ela - Beijou o topo da minha cabeça - Vai ficar tudo bem - Sorri.
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Encomenda
RomanceMatar pessoas não é difícil. Difícil é se infiltrar no FBI para assassinar a diretora assistente. Sara Lance é uma assassina a sangue frio. É habilidosa, silenciosa e impiedosa. Ninguém sabe seu real nome a não ser seus amigos da Liga dos Assassinos...