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Haviam se passado duas semanas desde que toda a confusão havia acontecido. Havia quatro dias que Ava fingia não saber de nada que se tratasse de Sara. Não sabia como que tinham feito para encontrarem a "fantasma", já que ela estava livre, porque ela mesma a tinha mandado ir embora.
De repente, toda aquela falta que Sharpe sentia da loira a consumiu novamente. Todas as lembranças de três meses, a primeira vez que se olharam, se tocaram, se beijaram... Só a lembrança de como suas peles queimavam quando se tocavam reacendia todo aquele emaranhado de sentimentos. Deixou que um sorriso lhe escapasse e quando se deu conta, balançou a cabeça na tentativa de afastar todos os pensamentos sobre a loira para longe.
- Diretora Sharpe...
- Sim, Jane?
Jane era uma mulher de uns trinta e poucos anos, asiática; seus cabelos caiam em sobre os ombros em caixos perfeitamente definidos. E sempre muito respeitosa quando se tratava de Ava.
- A prisioneira Nyssa Al Ghul deseja falar com a senhora.
- Nyssa?
Ava pôde sentir seu sangue gelar na mesma hora. Já esteve naquela situação, interrogando aquela mulher. Mas agora era diferente; sabia que ela era a culpada e sabia de sua ligação com Sara. As peças haviam mudado, o jogo havia mudado.
- Sim. Ela pediu que não seja sob a vigilância de ninguém. Quer apenas vocês duas na sala de interrogatório.
- Sozinha? - A mulher confirmou com um gesto de cabeça - Certo. - Respirou fundo - Não quero ninguém do lado de fora e quero microfone e câmera desligados.
- Tem certeza, senhora?
- Sim. Chego lá em um momento.
Era a mais pura mentira. Ela não estava pronta coisa nenhuma, mas precisava continuar passando a imagem de superioridade e de coragem que ela sempre passou.
Respirou fundo uma, duas, três vezes antes de por fim entrar na sala de interrogatório.
- Diretora Sharpe, não pensei que viria.
Seu tom era totalmente diferente do que haviam falado pelo departamento. Ela não possuía mais aquele tom de poder, mas sim um tom normal, de quem conversa com um amigo ou de quem está tentando buscar as palavras certas para dizer as próximas coisas.
- Eu sou uma pessoa ocupada, Nyssa. Então, seja lá o que queira me dizer, por favor, fale logo.
- Não tem vigilância?
- Não. Eu conferi antes de entrar. Então...
A morena respirou fundo e encarou a loira. Seu olhar era tão profundo, que Ava jurou que a mulher podia ver sua alma se quisesse.
- Eu me declarei como a fantasma.
Ultimamente, Sharpe estava tão desligada da vida real, que nem disso ficou sabendo. Barbara tomava conta da maioria das coisas, e ela simplesmente assinava permissões.
- O que? Por quê? - Balançou a cabeça, confusa.
- Porque eu amo a Sara, Sharpe. - A loira desviou o olhar e então voltou a encará-la novamente - Ela é tudo o que eu tenho e ela é a pessoa mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida...
- Olha, se me chamou aqui pra' ficar me contando sobre o seu romancezinho com a Sara, então estou de saída. - Disse já se levantando.
- Senta aí. - Seu tom saiu mais autoritário do que gostaria, mas Ava o fez - Sharpe, você deve estar pensando que a Sara é uma pessoa horrível, mas ela nem sempre foi assim. Eu moldei ela, nós moldamos ela. - Respirou fundo - Quando Laurel morreu, a Sara ficou praticamente cega de ódio. Na época, eu era namorada dela e meio que a apresentei à Liga. Ela só queria matar o Damien e depois cair fora. Só que as coisas não funcionam assim por lá, e o Mick não a deixou mais sair.
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Encomenda
RomanceMatar pessoas não é difícil. Difícil é se infiltrar no FBI para assassinar a diretora assistente. Sara Lance é uma assassina a sangue frio. É habilidosa, silenciosa e impiedosa. Ninguém sabe seu real nome a não ser seus amigos da Liga dos Assassinos...