O encontro - Parte 2

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-- Nossa, eu realmente precisava conhecer um lugar bom assim. -- Dizia a garota quase que de olhos fechados pelo doce sabor que invadia sua boca e dominava seus pensanentos.

Eles se encontravam agora já dentro da sorveteria, comendo seus pedidos, o lugar era simples - a maioria dos locais nessa cidade era - mas muito fofo, haviam plantas na parede seguradas por vasos pendurados na parede, um balcão ao fundo do local, mesas e cadeiras pretas combinando com as paredes vermelhas com listras brancas. Era bem arejado e iluminado, muito limpo também.

-- Pois é, aqui é muito bom. Uma pena que não posso vir sempre. -- Ele suspira. Akutagawa comia um sorvete de pistache com passas ao rum, já S/n tomava um de coco com flocos - cada um pediu duas bolas de cada sabor -. Eles enfeitaram como bem entenderam seus sorvetes.

-- Verdade, seria ótimo vir aqui todo dia. Esse lugar me encantou! -- Ela sorria majestosamente, como sempre, Akutagawa gostava de olhar para aquele sorriso, transmitia-lhe paz e tranquilidade, sentia que podia admirar, esse pequeno traço da garota, por horas. Mal sabia o moreno que aquele sorriso era exclusivamente dele, a garota podia até não perceber mas ela sorria diferente para outras pessoas do que fazia para Ryūnosuke. Para ele a menina passava alegria e espontâneadade em seu sorriso. Os dois se dariam muito bem.

-- O que acha de comentarmos como podemos usar nossas habilidades em conjunto para que tenhamos um desempenho melhor em missão? -- A garota riu bem alto, chamando a atenção das pessoas à volta dos dois, para ela era hilário o jeito como ele tinha sido muito formal. -- O que foi?

-- Oh me perdoe, mas por que você está falando como um velho de 80 anos? -- A menina já havia parado, depois de algum tempo, de rir. O garoto ficou indignado "Como assim ela está dizendo que eu falo como velho?".

-- Eii, eu não falo como velho. -- Ele virou a cabeça para o lado, estava um pouco desconfortável com a forma como a garota riu disimuladamente dele.

-- Me desculpe, não disse que você fala com um velho sempre, só que falou agora. Nada de mais, só achei engraçado a formalidade. -- Ela sorriu um pouco sem graça por ter feito algo para deixar o garoto mal, mesmo que não fosse sua intenção. O sorriso dela junto com seu olhar de arrependimento derreteram o coração de Akutagawa e ele se rendeu.

-- Tá bom, não precisa se desculpar. -- Suspirou, pensava em como poderia voltar ao assunto que queria falar. -- Voltando ao assunto, o que você acha?

-- Ahh deixa eu ver... -- Pensou um pouco e então respondeu -- Vamos fazer assim: Eu fico com a maior parte da defesa e você com a maior parte do ataque, o que acha? Mas, assim, quero que você fique como "líder" da dupla -- Ela fez aspas com a mão explicando assim que usou aquela expressão porque não encontrara outra melhor. O moreno pensou um pouco e finalmente disse:

-- Hm, ok. O que você quer dizer então é para na maior parte das vezes você ficar na defesa e eu no ataque, a não ser que eu veja que seria melhor trocar os papéis e criar um outro plano? -- Ele raciocinava na ideia da garota, não sabia se queria ser o "responsável" pelos dois.

-- Isso mesmo, a maioria dos planos vai ser elaborado por você, só não vai se eu por algum acaso pensar em um melhor, o que eu acho difícil. -- S/n suspira, sabia que para ela era um ponto difícil e que pensar naquele plano na última missão foi quase como um milagre ou algo muito improvável de ocorrer.

-- Tudo bem, então fica combinado assim. -- O garoto parou pra pensar sobre a habilidade da menina em sua frente -- Me diz, por que você precisa de uma dupla com uma habilidade tão boa? Não poderia trabalhar sozinha? Não é por nada, só uma curiosidade, você é tão forte. -- Ele realmente não entendia por que aquela que tinha tudo para ser uma "loba solitária" precisava de uma dupla.

Uma Missão - Akutagawa RyūnosukeOnde histórias criam vida. Descubra agora