Você é meu!

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A lua ainda brilhava constante no céu estrelado, quando Chuuya se levantou. O homem não havia conseguido dormir e por algum motivo estava completamente inquieto nesses últimos três dias. Ele não havia conseguido dormir direito e sua mente não parava de pertubá-lo com pensamentos desagradáveis.

Tudo estava indo bem, Akutagawa tinha acordado, a Máfia não estava com nenhum alerta, ele e Dazai não haviam brigado. Aparentemente não havia motivo para tal inquietação.

Parado agora a frente da janela observando a luz prateada do luar e prestando atenção as suas companheiras brilhantes, as estrelas, ele entendia que o que estava sentindo era um pressentimento. Era como se seu corpo estivesse o avisando que coisas ruins viriam a ocorrer.

O ruivo suspirava pesadamente, uma, duas, três, diversas vezes para tentar afastar aquele sentimento do coração. Ao olhar para o relógio que ficava na cabeceira de sua cama viu que marcava 05:15 da manhã. Concluindo que não valeria a pena dormir de novo ele se dirige ao banheiro levando com ele apenas uma toalha.

Após se livrar das roupas, o homem fecha o box e liga o chuveiro. Aquela água gelada escorria pelos fios escarlates do garoto e descia deslizando por todo seu corpo. Ele se deixou ficar ali sentindo arrepios por um tempo, todas essas sensações em seu corpo faziam o ruivo esquecer aos poucos do pressentimento ruim que o artodoava.

Depois de longos minutos ele termina seu banho e sai do banheiro com a toalha apenas enrolada na cintura. Ele leva um susto ao ver que há alguém em sua cama.

-- Você tá louco de entrar assim sem avisar? Você é idiota? -- O ruivo gritava com Dazai que só sabia rir da reação exagerada do amado. Ele logo parou de rir e começou a olhar fixamente para o homem, esse que se lembrando da situação em que estava foi até seu guarda-roupa ignorando o moreno.

-- Não vai nem me dar um beijo? -- Dazai se senta na cama observando o menor escolher suas roupas na base do ódio. -- Você tinha que ver sua cara, ficou até pálido.

-- Deixa de ser idiota, eu vou matar você. Espera aí. -- Disse entrando no banheiro para colocar sua roupa. Pouco tempo depois saiu de lá, agora já vestido e se jogou em cima do moreno. -- Eu vou matar você!

-- Achei que tinha pulado em mim pra me dar um beijo. Eu venho aqui te ver e é isso que eu ganho? -- Ele diz segurando as mãos do ruivo que ainda se debatia tentando acertá-lo. Aos poucos Nakahara foi desistindo e se acalmou. -- Pronto?

-- Tá, me larga. -- Ele diz autoritário e Dazai o solta. Ele se ajeita na cama de forma a ficar mais confortável e ainda permanecer perto do mais alto. -- Da próxima vez que você decidir entrar no meu quarto sem permissão pelo menos me avisa que está aqui.

-- Tá, tá. Agora vem aqui. -- E puxa o outro pela cintura colando ambos os corpos em um beijo calmo e apaixonado. Suas línguas dançavam em harmonia até que a necessidade um do outro se fez presente e o beijo se aprofundou ficando mais intenso e afoito.

Os dois sentiam saudade de se conectarem e estarem juntos, já faziam-se alguns dias que não tinham tempo. Quando finalmente se separaram, Dazai olhou para o relógio.

-- Vamos tomar café juntos? -- Pronuncia ainda segurando firmemente a cintura do parceiro.

-- Claro, tô morrendo de fome. -- Ainda lutando um pouco com a vontade de ficar nos braços do amado, Chuuya se levanta e pega seu casaco já que o sol havia acabado de nascer e o dia parecia levemente frio. -- Vamos logo.

Então os dois se dirigem em direção a porta e a atravessam, nos corredores da máfia Dazai resiste ao seu desejo de segurar a mão de Nakahara. O relacionamento dos dois não era assumido e isso incomodava o moreno, ele já estava ficando cansado de ter que fingir que não tinha nada com a pessoa que ele amava. Enquanto Osamu se torturava pensando no que não podia fazer Chuuya se perguntava se eles comeriam no refeitório da cede ou se iriam a uma lanchonete.

Uma Missão - Akutagawa RyūnosukeOnde histórias criam vida. Descubra agora