Something In The Distance (So Close You Can Almost Taste It) TRADUÇÃO

XX

A bile recuou por sua garganta. O silêncio no quarto pulsava, cada segundo carregando um significado.

"Está bem," ele disse primeiro, e a garganta dele se contraiu.

"Sente-se, Lou, ali, venha," a ruga de preocupação de Liam no meio da testa aprofundou. Louis estava muito pálido.

"Eu estou bem, não se preocupe. Apenas me traga um pouco d'água, por favor," ele disse tremendo.

Sua visão embaçou um pouco, mas ele tentava a se controlar. Era perturbador pensar em seu agressor, e o aterrorizava saber que havia a possibilidade dele vagar pelas ruas de Londres. Mas ele continuava respirando porque era mais forte e mais marcado pelas cicatrizes do que ferido pelas memórias.

"Não pare de respirar," Liam disse num sussurro enquanto entregava um copo de água.

"Não vou."

A água escorreu por sua garganta, e ele conseguiu abrir o nariz e respirar. Uma vez, duas vezes, três vezes. Ele parou de beber água.

"Como você descobriu?"

"Recebi uma ligação da sua advogada; ela tinha o seu telefone antigo e o da Fran também. Ela me ligou porque se lembrava de mim das reuniões."

"Merda," ele xingou, principalmente porque não estava realmente pensando em nada. A semana estava passando rápido demais para que ele conseguisse acompanhar.

"Ela disse que Leonard seria libertado da prisão perto de King's Cross. Ele deve cumprir três meses de condicional na área de Londres e depois estará totalmente livre."

"Quão livre?"

"Totalmente. Trabalho, viagem, tudo. Ela mencionou que ele parecia ter planos de recomeçar na Escócia. Disse que ele já havia notificado o tribunal que partiria logo após os três meses, para 'não causar angústia emocional nas pessoas que ele irritou,' segundo seu advogado."

Seu peito se apertou, mas permaneceu tenso. Leonard iria embora; ele estaria longe. Ele nunca mais teria que enfrentá-lo depois dos três meses. Ele poderia sobreviver e ficar bem. A temporada ainda tinha três meses e alguns dias restantes. Novembro marcaria o final da temporada, e ainda era agosto. Havia tempo para se manter afastado e superar isso.

"Como você está? No que está pensando?" Liam perguntou, ainda preocupado.

"Estaremos dirigindo até novembro; não há muita chance de estarmos em Londres. Eu ficarei bem, contanto que eu tenha certeza de que não há possibilidade de encontrar Leonard. Eu posso lidar com isso."

Liam assentiu. Seus olhos estavam tristes, mas seu sorriso aliviado era genuíno. "Você se curou, não é? Eu não imaginava que você reagiria assim."

Ele também não acreditava. Algo tinha mudado desde a primeira vez que soube de Leonard. Para começar, Harry apareceu sem realmente saber que ele precisava dele. Sua familia. Ficaram ao seu lado e o consolaram sempre que era demais. Seus melhores amigos, todos tão cuidadosos e maravilhosos, amorosos o suficiente para largar tudo e correr para o resgate de Louis.

"Todos vocês me salvaram. Harry, minha mãe, minhas irmãs, Ni, Fran, Z e você. Entendi que eu também contribuí, mas todos vocês realmente pegaram na minha mão e lideraram o caminho na maior parte do ano. Harry foi paciente e presente. Nunca exigiu respostas ou forçou minha mão. Ele constantemente coloca sua agenda de lado para ficar ao meu lado. Ele é incrível."

"Ele é. Vocês dois são muito corajosos. Eu não sei o que ele passou, mas posso dizer que ele estava tão para baixo quanto você estava em Barcelona. Vocês realmente deram vida um ao outro. Tem sido maravilhoso assistir até agora," Liam olhou para Louis, que estava sentado oposto ao seu melhor amigo na cama, seus olhos se fechando em um sorriso de olhos de cachorro feliz, "Eu sempre fui protetor com você quando tinha casos antes do Leonard. Lembro que odiava todos eles. Leonard era o pior, obviamente, mas H; ele era simplesmente bom. Fico feliz que vocês tiraram a cabeça do lugar e perceberam isso."