XXIII

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Eu tentei corrigir, mas por favor, sinalizem se encontrarem erros, repetições de palavras ou parágrafos, pois o capítulo é bemmm longo. Agradeço desde já pela leitura!
Por favor, votem e comentem bastante!

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De repente, em um único segundo, todas as reuniões de conselho, sessões de terapia, longas conversas e noites intermináveis ​​de choro até dormir desapareceram, e ele estava de volta ao início. Ele estava sozinho e apavorado, e ninguém estava por perto para ouvi-lo gritar. Ele era jovem, muito cego para ver, muito envolvido em um relacionamento em ruínas para perceber a água tentando engoli-lo inteiro em um navio que afundava.

Leonard estava do outro lado da porta.

Como um reflexo muscular, seu braço disparou e imediatamente fechou a porta. Ele sentiu uma onda de sangue latejante e quente fluir diretamente sobre suas orelhas, pescoço, rosto. Tudo estava quente e ele podia sentir o suor começar a se acumular em sua pele. Ele tentou respirar, mas as paredes começaram a desmoronar. O homem do lado de fora de sua porta tinha cabelos castanhos, olhos castanhos e o mesmo rosto exato do homem que ele uma vez amou com todo o seu coração.

O homem parado do lado de fora de sua porta tinha o rosto de um fantasma que há muito tentara arrancar com força da cabeça. A maldição mais profunda e cruel era a de um rosto que nunca sairia da mente; não importa o quão horrível, dolorosa ou aterrorizante seja a memória que eles deixaram, era impossível simplesmente esquecer. No entanto, era possível curar, perdoar e seguir em frente com aquele rosto, mas Louis pouco fizera, exceto tentar aceitar o que tinha vivido.

"Louis, já faz ... uh, já faz tanto tempo", sua voz veio como um eco em uma memória que se desvanece. Seu estômago queimava de ansiedade e inquietação.

"Vou chamar a polícia. Por favor saia. Vá embora agora," ele engasgou, seu corpo deslizando pela porta, ambas as mãos agarrando-a como se a madeira fosse desmoronar de repente e cair com um único sopro do vento.

"Eu vou embora, eu juro. Eu só ... preciso esclarecer as coisas. Vou desaparecer para sempre. Você nunca mais me verá. Eu preciso dizer algo, no entanto. Por favor, Louis. Deixe-me explicar e vou embora. Não abra a porta. Eu só preciso que você escute."

O corpo inteiro de Louis continuava tentando se encolher, queimando e suando, hiperventilando e ofegando por ar ao mesmo tempo. Sua visão começou a manchar. De repente, Harry o segurava no chão do banheiro no Circuito do Bahrein.

— Você está bem, você está seguro. —  Harry disse repetidamente em seu ouvido. A regra dos cinco sentidos veio a ele. Ele escorregou para baixo pela porta até que o chão gelado encontrasse sua pele úmida. O chão, o teto, o som das gotas de chuva na janela, o ar-condicionado, a geladeira, a porta. Ele recitava em sua mente até que o sangue pulsante abaixasse para uma pulsação fraca em sua testa. Ele respirou fundo, inspirou e expirou três vezes.

"Diga o que você precisa dizer rapidamente e depois desapareça, ou chamarei a polícia. Vai."

Leonard parecia lutar para começar. Alguns segundos de silêncio e arrastar de pés soaram do outro lado da porta. Louis fechou os olhos e continuou concentrando-se em cada parte do seu corpo, tocando o chão frio diretamente. Ancorando-se.

"Eu odiava o fato de ser gay. Eu odiava te ver me amar porque isso me lembrava que eu era gay. Não era assim quando nos conhecemos. Começou quando vi o olhar que meu pai me deu enquanto segurava sua mão em um jantar. Comecei a me odiar, lentamente, e então de repente, quando percebi, já desprezava olhar para você como meu namorado. Consumiu minha mente. Eu não entendia por que de repente sentia raiva inexplicável e injustificada. Eu queria quebrar coisas. Eu queria m-machucar você. Eu me sentia possuído. Tentei falar com minha mãe sobre isso, mas havia pouco que ela poderia fazer para me ajudar," Um pequeno som veio da porta, como se Leonard tivesse soluçado ou recuado com tristeza.

Something In The Distance (So Close You Can Almost Taste It) TRADUÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora