XVII

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Eles subiram a bordo de um avião dois dias após a exibição de Harry. O Grande Prêmio de Baku era naquele mesmo fim de semana, e Harry deixou o diretor da escola encarregado de todas as decisões e ordens. Louis sentiu sua perna balançar para cima e para baixo ansiosamente.

"Não pense muito sobre isso amor, é só por esta semana," Harry sussurrou tranquilamente em seu ouvido, deixando sua cabeça descansar no ombro de Louis.

As leis do Azerbaijão sobre os direitos dos homossexuais eram confusas. Fran tinha feito uma ligação de vinte minutos com os dois no dia anterior, falando sobre como eles tinham que ser cuidadosos com o paddock e o hotel. Ela expressou sua apreensão ao contato físico na frente de qualquer pessoa. Os membros da equipe podem ir às autoridades e as pessoas que passassem poderiam se tornar violentas.

Desnecessário dizer que Harry e Louis decidiram que era melhor reservarem quartos de hotel separados, apesar de sua relutância. Eles concordaram em reduzir qualquer demonstração pública de afeto a zero por enquanto e sabiam que seria melhor não dormirem nos quartos um do outro com medo de serem vistos pela equipe do hotel. Eles também concordaram em se encontrar no paddock, mas só ficarem juntos em ambientes privados.

"Você está nervoso?" Louis perguntou, virando-se para olhar o perfil de Harry abaixo dele. Ele parecia perdido em pensamentos.

"Um pouco", Harry admitiu, apertando a mão de Louis. "Mas vamos ter cuidado. Nada pode dar errado enquanto formos cautelosos."

Louis assentiu, voltando a olhar pela janela o céu sereno de um azul bebê, nuvens perfeitamente alinhadas abaixo deles.

O que parecia ter sido dias depois, Harry deixou sua mão roçar suavemente a bochecha de Louis. "Acorde, Lou, acho que vamos pousar em breve."

"Por favor, apertem os cintos e ajustem os assentos; estaremos pousando em Baku, Azerbaijão, em menos de dez minutos. Obrigado."

Ele abriu os olhos, observando os outros mecânicos guardando seus equipamentos enquanto conversavam entre si. Seus pulmões pareciam um pouco mais pesados, e a bola de nervos em seu estômago latejava levemente contra suas costelas. Ele exalou e relaxou lentamente todos os músculos. Harry percebeu, então segurou suas mãos entrelaçadas.

"Vai ficar tudo bem", ele sussurrou novamente. Louis sentiu um pequeno aperto de tristeza em sua garganta. Sentiria falta de abraçá-lo e beijá-lo pelo resto da semana. Especialmente tê-lo tão perto sempre que quisesse. "Vamos ficar bem, certo?"

Louis assentiu, "Certo. Apenas não olhe para mim com esses olhos grandes e doces, senão eu vou me derreter. Apenas... olhe para outro lugar ou algo assim."

Harry riu novamente, "Como é que eu vou falar com você, então?"

"Eu não sei; olhe para uma parede, eu vou saber que você está falando comigo."

Harry assentiu, seus olhos divertidos, sua boca formando uma linha triste. "Último beijo para dar sorte?"

"Mhm", Louis concordou fervorosamente, inclinando-se mais rápido do que planejara e deixando suas bocas se fundirem. Harry prontamente correspondeu, sem precisar ser pedido duas vezes. Suas mãos enormes envolveram imediatamente o rosto de Louis, seus dedos traçando círculos ao longo de sua mandíbula. Louis sentiu suas mãos se moverem magneticamente em direção às de Harry, mantendo-as próximas pelo tempo que lhes era permitido.

Eles se beijaram como se fosse sua última noite na terra e os engenheiros da Ferrari foram gentis o suficiente para sentar nas cadeiras de costas para eles, concedendo-lhes um pouco de privacidade.

Harry acariciou sua bochecha, apaziguando o desespero de Louis. Louis apertou o braço de Harry; Vou sentir sua falta. Por favor espere por mim.

Something In The Distance (So Close You Can Almost Taste It) TRADUÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora