Taylor Narrando
Os domingos como sempre são incríveis, sempre vou para a casa da minha mãe. Ela mora na praia de Santos, ela gosta demais daquele lugar, mas eu e meu irmão concordamos em querer ela mais perto de nós e querida dona Andréa bate o pé e diz " Parem de me encher a paciência, não vou para São Paulo"
Nós paramos de insistir depois de um tempo, ela fica ali sozinha praticamente e diz que adora e nunca se sentiu solitária. Por um lado entendo minha mãe, eu acho que jamais me sentiria só se estivesse em lugar que faz eu me sentir em casa.
Naquele domingo não foi diferente, por poucos motivos. O primeiro é que como sempre saímos de casa as seis da manhã, para chegar a tempo do café da manhã e segundo é fizemos a mesma viagem de sempre. Mas teve algo que fez aquilo tudo se tornar diferente.
Ele estava lá. É incrível, ele conhece meu irmão e meus amigos a anos e eu nunca se sequer estive perto dele, e agora ele simplesmente está em todos os lugares que eu também estou, inclusive na casa da minha mãe. Ele viajou conosco, não conversamos entre nós dois, por que tínhamos a presença de Austin ali, mas eu também entrei na conversa deles.
Por incrível que parece ele estava com o cabelo amarrado hoje, o que dava ao rosto dele uma expressão de que ele está relaxado e isso me parece ser bom. O choque de ver ele no meu apartamento tão cedo enquanto eu ainda estava com a cara de sono, foi terrível, eu quis me esconder na hora. Ele sorriu de uma maneira meiga e me deu bom dia como se já tivesse vindo na minha casa várias vezes.
Em seguida nós fomos para a estrada, era seis da manhã de um domingo então foi fácil chegar em Santos. Quando chegamos minha mãe estava terminando de por a mesa e ficou mais feliz em ver o Harry do que a mim ou Austin. Notei que de fato, eu era a única que nunca havia conhecido ele.
Após terminarmos o café da manhã ficamos todos conversando e Harry parecia saber conversar com minha mãe, fazia ela rir com aquele jeitinho dele e sempre a olhava como se ela fosse importante para ele. Aquilo aqueceu meu peito, ele aparece do "nada" na minha vida e de repente está ali todo fofo falando com minha mãe e fazendo ela rir. Pelo modo como estou falando, até parece que ele é meu namorado.
Depois do almoço nós também conversamos muito e isso me deu abertura para conhecer mais dele. O Harry é aquele tipo de homem educado e bom, apesar de ser tímido, ele é muito engraçado e falador e está sempre olhando as pessoas nos olhos e prestando atenção no que qualquer pessoa está falando. Mas eu percebi que ele é mais apaixonado do que parece e que apesar de ter tido algumas garotas na vida dele, nunca encontrou aquela garota que fazia o coração dele disparar só de olhar para ele.
Quando perguntado pela minha mãe sobre isso, ele apenas suspirou me olhou por uns 10 segundos e olhou pro chão. Então pensou em algo e sorriu de lado.
" Tem uma garota, ela é linda e a senhora iria adorar ela com certeza, é muito inteligente. Eu achava que tinha um "tipo" de garota, mas essa garota de quem gosto não faz meu "tipo". É mais sobre a pessoa. Como ela age, a linguagem corporal, se ela consegue rir de si mesma. Eu acho ambição muito atraente também - se a pessoa é boa naquilo que ama fazer. Quero que seja ambiciosa."
Der epente me vejo com ciúmes dele, a garota de quem ele gosta parece não notar que ele é incrível. Não sei o que ela está esperando para agarrar esse homem.
A tarde nós ficamos assistindo ao filme da Tela Quente, todos os domingos, não importa qual for o filme que está passando, nós assistimos juntos.
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Teen Fiction" Quando você reconheceu a fita dos The Beach Boys e disse que aquela era uma das melhores músicas deles, eu soube que era você"