6 Capítulo

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Taylor Narrando

Apesar de ser uma pessoa de família e adorar estar com eles, as vezes sinto que eles adoram ver a minha vergonha.

Meu pai fez questão de ir buscar pessoalmente a mim  a meu irmão e ao Harry. E durante o caminho eu preferi o silêncio, por algum motivo eu sentia que estava acontecendo alguma coisa dentro de mim, crescendo e criando vida.

Aquilo me fazia sorrir e me deixar feliz, e se eu abrisse a boca para falar ou fazer qualquer coisa, acabaria demonstrando a felicidade.

Quando chegamos na casa de meu pai, Harry foi na frente com Austin e eu logo atrás com meu pai. Quando entramos, Marjorie veio correndo abraçar Harry e aquilo me deixou indignada. Não apenas pelo fato da minha irmã mais nova abraçar primeiro outra pessoa, e pelo fato dela poder abraçar ele daquela forma apertada.

Sei que ela é criança e a minha irmã, mas ainda sim eu senti uma invejinha branca. Logo ela me abraçou e todos fomos para a sala, onde minha madrasta esperava casualmente lendo uma revista. Abraçou Harry e Austin rapidamente e me abraçou mais apertado em seguida.

Eu sempre tive uma boa relação com ela, nunca a vi como a pessoa que atrapalha o relacionamento dos meus pais de fluir. Meus pais nunca tiveram nada além de mim e de Austin para falar, mas sei que um tem respeito um pelo outro.

E outra que ela é um doce de pessoa, nunca tratou mal a mim ou a Austin. Mas sempre que a olha eu imagino como minha família nunca sai do mesmo padrão.

Loiros, Altos, Olhos Claros e magros. Mesmo não sendo sangue do meu sangue, ela possuí as mesmas características. E isso faz minha irmã ser mais parecida comigo.

Sempre que Marjorie ou MJ, como ela gosta de ser chamada, vai passar um fim de semana comigo e nós saímos juntas, as pessoas não deixam de reparar na nossa semelhança como irmãs. Ela é como eu quando mais nova, mas os cabelos são lisos e não cacheados.

Durante o jantar eu também não troquei palavras com Harry e ele não fez diferente, estávamos na mesma mesa e no mesmo lugar e ainda sim, tudo o que fazíamos era trocar alguns olhares e um sorriso de lado que ele deu e eu não tive nem cara para retribuir.

Enquanto todos conversávamos durante o jantar, percebi a proximidade deles com todos ali na mesa e fiquei feliz por aquilo. Embora não tenha demonstrado, é bom saber que ele se dê tão bem assim como as pessoas que eu amo.

Após terminamos a sobremesa, todos concordaram em ir para a sala e beber vinho. Pedi o vinho branco, pois o tinto e o rosé costumam me deixar um tanto bêbada.

Harry se sentou ao meu lado e a cada encostar de pele, as vezes provocados e as vezes não, minha pele incendiava.

De repente eu me vi tendo que tomar cuidado com a quantidade de vinho que estava tomando, ou acabaria fazendo merda das grandes.

Então meu brilhante e amado pai teve a incrível idéia que era a hora de mostrar minhas fotos, desde bebê até a maior idade. Quis morrer por saber exatamente que tipo de fotos meu pai costuma guardar. O tipo vergonhoso e que me faz querer desaparecer.

Harry estava segurando o álbum como se fosse ouro, passando foto por foto com calma e olhando para cada uma delas concentrado demais e com um sorriso nostálgico no rosto.

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