Butterfly | taekook

22; Happiness?

Jeongguk

Eu conseguia escutar perfeitamente a salva de palmas que estava acontecendo ao nosso redor, também tinham assovios, gritos histéricos, gritos de raiva — estes provavelmente da princesa Momo.

As lágrimas caíam em abundância de meus olhos e o castanho não se encontrava de uma maneira diferente. O ósculo era calmo e tinha um gosto salgado por culpa das lágrimas, mas lá no finalzinho vinha aquele gosto de felicidade. Abraço o seu pescoço em uma maneira desesperada de buscar por mais contato. Deixo meus dígitos invadirem seus fios castanhos e me permito arrepiar quando o outro infiltra suas mãos por dentro de minha blusa.

A falta de ar já estava se fazendo presente, mas eu não queria terminar aquele beijo, tinha medo de que tudo fosse um sonho e que quando eu findasse, tudo desapareceria. Mas eu não estava mais aguentando, então findei o ósculo e encostei minha testa na sua.

Ainda de olhos fechados, tentei acalmar minha respiração que estava ofegante, mas o sorriso não saia de jeito nenhum de meus lábios.

— Gukkie — chamou baixinho.

— Hm? — acariciei sua nuca, já que minha mão ainda estava la.

— Vamos sair daqui — assenti e abri os olhos

Ficamos nos olhando. Eu conseguia ver o meu mundo inteiro nas orbes castanhas do mais velho. Até que ele sorriu arteiro.

— Um... — sussurrou.

— Dois... — sussurrei de volta e sorri.

— Três! — gritamos juntos e saímos correndo.

Agarrei em sua mão e o segurei firme, correndo o mais veloz que eu podia. Já sei para onde ir. Em pouco tempo nós tínhamos sumido dentro da floresta.

[Enquanto isso no castelo...]

Narradora

O tilintar do salto alto que a princesa usava batia com força e rapidez no chão do castelo. Ela andava com muita ira no olhar, seu rosto exibia uma expressão muito mais do que irritada. Era furiosa. Ela andava com passos largos, pois tinha o objetivo de chegar o quanto antes em seu aposento. Quando chegou, descontou uma pequena porcentagem de sua raiva na porta, a empurrando com muita força.

— Vossa alteza precisa se acalmar — sua dama de companhia adentrou o quarto e fechou a porta rapidamente.

— Me acalmar? — se virou e olhou fixamente para a garota que engoliu em seco — Você por acaso viu o que aconteceu? — ela assentiu — Então como ousa pedir que eu me acalme? — a dama de companhia abaixou a cabeça.

Momo olhou ao seu redor e passou a língua na bochecha, ato que tinha como mania de fazer toda vez que estava irritada ou com ciúmes, era uma coisa de família. Sorriu cinicamente e andou a passos largos até a mesinha de centro que tinha em seu quarto.

Sem dó nem piedade, pegou tudo que tinha em cima da mesa e jogou um por um no chão. Uma taça de ouro, uma jarra de suco e uma bandeja que tinha algumas uvas.

Como se isso já não bastasse, ainda empurrou a mesa que foi de encontro ao chão. Empurrou as cadeiras, uma por uma, e depois se ajoelhou no chão. Deixou um grito cortante sair por sua garganta e então começou a chorar.

— Alteza, não fique triste — a dama de companhia se ajoelhou ao lado da princesa — Ele pode não corresponder os seus sentimentos, mas um dia vossa alteza encontrará alguém que a ame... — a fala da garota foi interrompida por uma risada cínica da princesa.