A pergunta correta é "Para onde?".

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-Sasuke precisa de uma equipe especializada. Humanizada. Precisa de um ambiente propício a sua interação social e proximidade a vidas humanas. -Disse Sakura pensativa andando de um lado para o outro após soltar o rosto do garoto e interromper o intenso contato. Sasuke havia se sentado em uma cadeira, seus olhos saiam da moça de cabelos róseos e ia para os outros três cientistas. Sentia-se confuso. Ser metade humano era confuso demais si.

-Não quero ser como o Orochimaru e sem ofensas garoto, mas a senhorita está louca? -Perguntou Kakashi irritado enquanto alguns paramédicos retiravam Orochimaru desacordado do local.

-Ainda está em posições de duvidar de alguém Kakashi? -Vociferou Tsunade cruzando os braços. Sakura pensou em muitas coisas, tinha esboços de um plano de cuidados em sua cabeça. Como uma mulher de fibra ela parou firmemente cruzando os braços com determinação.

-A vila de Shinju na costa das filipinas tem um grande fluxo de estrangeiros. -Ela disse firmemente, mas ninguém acompanhou seu raciocínio. Sasuke podia acessar memórias, mas não ler pensamentos.

-É uma vila rodeada por florestas, reservas. Tem praias, sol... E uma vila pequena de estrangeiros. É mais afastada dos continentes. É um ótimo lugar para trabalhar os aspectos sociais de Sasuke. -Disse a mulher firmemente.

Kakashi passou as mãos pelos cabelos furiosamente. Kizashi encarava a filha como se ela estivesse prestes a fazer uma loucura. Sakura encarou Sasuke com um olhar carinhoso. Aquilo fez o garoto encolher os ombros e respirar pesadamente. Apenas Tsunade percebeu a vermelhidão nas bochechas do garoto. Sakura caminhou até ele e segurou suas mãos, ele não estava preparado para contatos que não fossem abusivos. Ele engoliu em seco.

-Sasuke... Precisamos, eu preciso! Eu preciso entender mais sobre você. Se descobrirmos como você funciona, como seu corpo se porta, podemos fazer avanços significativos. Seria uma honra para mim, que... Que pudesse vir comigo. -Sasuke a encarou levemente confuso. Ela sorriu.

-Prometo que só farei testes que não machuquem você, e não farei nada que seja abusivo. Em troca prometo a você "o percurso", contato com pessoas, momentos... A vida que tem direito. Por favor, peço a você que venha, se concordar será ótimo. Se concordar Deus sabe quantas pessoas vamos poder ajudar. -Disse a garota tão firme e gentil que mesmo os outros cientistas, por um momento se sentiram contemplados.

-E se ele não quiser? -Perguntou Kizashi irado com a filha. Sakura encarou o pai, os pares de olhos em tons de verde se encaravam de forma conflituosa. Sakura soltou o ar pelo nariz e logo se voltou para Sasuke, os olhos terrivelmente escuros estavam atentos a ela.

-Então teremos que soltá-lo, fazer uma reunião mundial e passar seus dados para governantes de outros países. É poderoso demais, possui habilidades que desconhecemos e por mais que eu acredite que não exista maldade no seu coração... Não sei o que fará amanhã Sasuke. E precisamos ter uma chance de defesa. Gostaria que hoje, pudesse escolher. Sei que talvez seja uma escolha injusta mas... É o que posso oferecer no momento. -Disse Sakura sem vacilar.

O rapaz apenas a encarava, ela esperou que ele surtasse e fosse embora dali como um vilão. Ou que se rebelasse como um adolescente. Mas o jovem rapaz abriu um sorriso, Sakura podia jurar que seus olhos tinham um brilho convicto. Mas ainda assim, um brilho. Alguns segundos se passaram em que ele não tirou os olhos dela. Foi a vez das bochechas dela corarem e Sasuke achou aquilo adorável. Tudo o que ela fazia, mesmo que inconsciente era adorável.

-Seria uma honra. -Ele disse por fim. Sakura abriu um sorriso vitorioso e seus olhos brilharam.

-Endorfina... Serotonina... Ocitocina. -Ele sussurrou. Sakura sorriu o encarando confusa e ele compreendeu sua indagação.

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