As primeiras lições.

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Ela pensou em fechar os vidros devido ao calor que advinha da paisagem tropical, mas Sasuke fechando os olhos em contato com o vento quente, e seus leves sorrisos de liberdade, causavam em Sakura Haruno uma certa satisfação.

Estavam na estrada pequena e bem pavimentada, a vila de Shinju ficava as suas costas. De um lado, o mar brilhante, cristalino e azul cintilava, distante atrás das faixas de areia branca. Do outro lado, a mata verde, densa e fechada exalava umidade e frescor, Sasuke podia sentir em sua pele um leve arrepio. Era através daquele sentido extra-humano, que o rapaz localizava cada pequena criatura na floresta. Andaram de carro por quase 30 minutos, naquela estrada. De longe o híbrido podia enxergar uma casa solitária na praia, era bem extensa, grande e de uma arquitetura moderna e arejada. Parecia bem resistente. Seus olhos se voltaram para Sakura. Ela sorriu.

-Lar doce lar! Bem vindo Sasuke. -Disse ela gentilmente. Entraram em uma pequena trilha de pedras que levava até a bela casa de três andares. Haviam pequenas cercas minúsculas e brancas ao redor da casa, a floresta verde quase a alcançava. Entraram pela trilha de pedra até que Sakura pode abrir a garagem com um controle e entrar com o seu carro. Agora o cenário havia mudado, era uma garagem escura e fresca, pois os materiais para construir a casa também foram pensados na questão do clima. Assim que o carro parou, Sakura o desligou e retirou o cinto de segurança. Sasuke a encarou e fez o mesmo. De pé fora do automóvel, ela pode esticar as costas, foi exatamente isto que ela fez. O jovem Uchiha apenas observava o local. Sentia-se grato por poder ver algo que não fosse aquele laboratório. Agora se sentia levemente triste em ter que voltar para um.

-Onde... Onde fica o seu laboratório? -Questionou o Uchiha menos animado que antes. Sakura o encarou com um sorriso. Ela foi até uma prateleira de ferramentas e de forma clichê abaixou uma chave de fenda. A estante deslizou sob outra parede dando espaço a uma pequena passagem. As luzes esbranquiçadas se iluminavam revelando uma escada que mergulhava debaixo da terra.

-Por que quer descer lá agora? -Questionou ela gentilmente, Sasuke franziu o cenho, estava confuso.

-Não é lá o meu lugar? Não é... Ali que eu tenho que ficar? -Questionou ele ainda confuso. Sakura se entristeceu ao se lembrar de tudo o que ele havia passado e lamentou pela perspectiva dele estar restrita aquilo.

-I-Iee Sasuke. -Disse Sakura se aproximando dele.

-Você não tem mais que passar todo o seu dia trancado. -Disse ela de forma incisiva, seus olhos verdes acolhiam o coração apertado do rapaz que a encarava levemente espantado.

-Vamos usar o laboratório algumas vezes, mas não ficará lá. -Ela o tranquilizou. Os olhos dele arderam e seu peito se apertou, Sakura sorriu, mas não notou o brilho aquoso que seus olhos ganhavam. O jovem começava a se aborrecer com as pressões que sentia no peito. Sakura encarou as bochechas dele vermelhas pelo calor.

-Vem comigo. -Ela pediu gentilmente tocando a maçaneta de uma porta de madeira, Sasuke a seguiu dando de cara com uma sala espaçosa de grandes janelas. As cortinas pairavam no ar com a leveza da brisa. Haviam sofás brancos e bem confortáveis, uma TV grande sob um móvel. Alguns enfeites de borboletas azuis, luminárias japonesas da cor branca e algumas pequenas flores violetas. A casa toda cheirava como ela, frescor e lavanda. Sasuke sorriu levemente com isso.

-Vou te mostrar a casa. -Disse ela levemente empolgada.

-Sala. -Ela disse erguendo as mãos para o ar e logo sorriu. A cientista voltou a caminhar e os levou até um espaço claro com grandes janelas, havia uma mesa de madeira maciça circular com cadeiras ao seu redor que mais lembravam poltronas brancas. Havia uma luminária ali, uma pequena cristaleira com alguns copos e taças. Ela mostrou a cozinha equipada com paredes decoradas com pequenas cerâmicas azuis escuras. Tudo era bem arejado e climatizado. Subiram as escadas em aspiral chegando aos quartos, a janela do corredor era "pintada" pelas folhas verdes da floresta que faziam parte da paisagem. Ela apontou para a porta do quarto a esquerda no fim do corredor.

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