"Donzela"

101 8 7
                                    

Os soldados se voltaram para ele apontando suas armas ao rapaz.

—Vocês todos vão vir! Sakura Haruno é a única garantia que temos que vai cooperar. -Disse um soldado por trás de um capacete preto. Os olhos de Sasuke se avermelharam, e em um click todas as armas foram desativadas, travadas, impossibilitadas de algo. Aquilo causou um pânico silencioso por trás da postura rígida daqueles homens.

—Irei com vocês sem me opor e sem resistir desde que honrem o meu pedido! Ino Yamanaka, Naruto Uzumaki, Hinata Hyuuga e acima de tudo, Sakura Haruno devem ficar seguros! -Disse Sasuke firmemente.

—Principalmente a doutora Haruno! -Disse Sasuke partindo em três pedaços as armas do exército. Dessa vez, nenhum filete de sangue saiu do seu nariz pela força psíquica usada.

—Sasuke... -Ela iniciou.

—E nem tentem jogar aquela bomba em uma missão suicida. Posso cuidar dela antes que pensem "kabum". -Disse o rapaz elegantemente. Sakura o encarou indignada, boquiaberta. Os homens no exército engoliram em seco. Como ele poderia saber da bomba? Com certeza o híbrido era uma ameaça em suas opiniões.

—Sabia que fariam isso... Sabia que viriam hoje? -Perguntou a garota. Sasuke a encarou, aqueles olhos enigmáticos pareciam frios para quem não o conhecesse, mas só Sakura podia ver... Seu olhar sôfrego. Ele sorriu levemente para ela. Sasuke estendeu as mãos para as algemas e logo o prenderam, o levavam para longe tão rapidamente que aquilo estilhaçou o coração de Sakura.

"Ino... Hinata, e principalmente Naruto... Não deixem que Sakura se machuque! Não deixem que ela faça besteiras!"

Os quatro ficaram estáticos, agora podiam ouvir a voz dele dentro de suas cabeças, mesmo que ele não houvesse aberto a boca sequer para dizer algo. Aquela "reunião" monitorada fez os líderes por ora decidirem respeitar o acordo com o híbrido. Deixariam os quatro em paz por enquanto.

Mas era óbvio que os quatro eram de estima para o híbrido e talvez esse fosse seu mais novíssimo ponto fraco. Perceberam isso bem. Por agora, contentaram-se em levar o rapaz para contê-lo e descobrirem como usá-lo ou, executa-lo. Olhando pela janela viram um avião chegar, vieram por terra de mansinho para não alarmar e mesmo assim Sasuke os percebeu. Agora para irem embora, trouxeram seus modernos aviões.

A enorme quantidade de soldados entrou dentro do avião e logo partiram como se tudo aquilo fosse um sonho maluco, deixando os quatro estudiosos atordoados para trás. Sakura se debatia desde o momento em que empurraram Sasuke para fora da casa, Naruto e Ino a seguravam com força. O Uzumaki ainda era um homem duas vezes mais alto e forte que a jovem, por fim, a conteve sozinho. Quando o silêncio ensurdecedor tomou a casa, Sakura parou. Ficou estática e Ino julgou que talvez aquilo fosse um estado de choque. De certa forma era.

Roubaram o coração dela com as próprias mãos, apenas depois dele apunhala-lo. Sakura sentia as dores físicas da impotência. Ver quem se ama sendo levado para um destino cruel e você não poder fazer nada. Lágrimas silenciosas começaram a cair por seu rosto, os apertos de Naruto lhe deixaram consideravelmente vermelha. O amigo lhe abraçava, afagava os locais vermelhos em meio ao choro sincero. A machucou para segura-la e impedir que a machucassem.

—Ele sabia... -Sussurrou Sakura. Sasuke estava tranquilo demais porque sabia que o levariam. Ele sabia. Mas por que ir de tão bom grado se podia neutralizar qualquer ameaça?

—Vocês sabiam? -Questionou Sakura aos amigos, os olhos sempre brilhosos estavam vermelhos de choro, assim como seu rosto alvo. Naruto balançava a cabeça negativamente, tão abalado quanto ela. Hinata e Ino encaravam o chão.

His Lovely Anatomy Onde histórias criam vida. Descubra agora