27-A Sentença Final

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Está na hora de terminar, o que já deveria ter feito antes, está na hora de saber qual será o veredicto da juíza, esta na hora de poder olhar para aqueles sacanas e dizer, bem feito. Talvez isso não mude praticamente nada na minha vida, mas a sensação de dormir sabendo que aqueles homens não farão mais nada do que fizeram comigo e com minhas amigas à nenhuma menina, é surreal.

_Mãe, o Bruno irá connosco ou o deixaremos em casa? - perguntei!

_O melhor seria levar filha, ele ainda é bebé e precisará de se alimentar e ninguém melhor do que você para o fazer. - Disse!

_Está bem, vamos na frente ou pais da Karen nos virão buscar? - oh eu não parava de questionar, estava apreensiva e um tanto nervosa! Desculpa pelas questões mãe.

_Entendo filha, eles não nos virão buscar, mas a Karen e a Luane virão pra cá e vamos seguir juntas ao tribunal.

_Está certo, vou preparar o Bruno e a mim também, visto que o julgamento está marcado para as 10h,ainda temos tempo de fazer um lanche antes de sair de casa, temos doce de mandioca de ontem, vai cair muito bem. - Sugeri.. Eu amo esse doce!

_Boa ideia, vá se preparando que eu vou tratar do lanche. - Disse minha mãe!

Fui dar banho ao Bruno, deixei ele cheiroso, coloquei um conjunto muito fofo que sua avó paterna comprou, bom pelo menos tem gosto nem, deixei o Bruno no quarto com minha irmã, pra tomar conta dele, fui fazer meu banho também, fiquei cheirosa, tinha perdido algum peso por conta da maternidade e algumas roupas não serviam em mim, tanto que sofri para achar algo confortável, não demorou para ouvir vozes da Karen e da Luane:

_Chegamos tia, bom dia... Ainda não estão prontas? - Questionou Luane.

_Dona do horário certo, já estamos organizados... - gritei do meu quarto.

_Ahh então você está aí, estamos a vir ver nosso bebé. - Disseram!

_Venham suas loucas.

Saímos para o julgamento, e pais da Karen já lá estavam, e o julgamento já estava para iniciar, entramos na sala. E não demorou muito, para a juíza, os júris e os criminosos entrar.

_Anunciámos a entrada de sua meritíssima juíza. - Alguém que não sei quem é disse e todos nós ficamos de pé e ela com um sinal, feito com a mão fez-nos sentar.

_Vamos dar início ao julgamento, olhando directamente para onde paramos no dia anterior. - Então, vamos ouvir mais uma das lesadas. Terminou!

_Bom, chamo-me Luane e fui estuprada por um desses, tudo aconteceu como a Maira disse, eles nos perseguiram e fizeram cara de bons moços e nós caímos feito patinhas, e hoje me arrependo amargamente! - Disse tremendo e chorando Luane.

_Obrigada, vamos ouvir mais uma das vítimas. - Disse o júri.

_Bom, eles bateram em mim, amarraram contra uma árvore e fiquei aí, sem puder fazer nada se não chorar, vendo tudo o que se estava a passar com as minhas amigas, e não paro de me culpar por conta disso e eu espero que eles apodreçam na cadeia. -acredito se não estivessem satisfeitos, teriam me estuprado, também. Terminou Karen.

Vamos ouvir, os acusados agora:

António: Eu estou arrependido pelo que fizemos à estás meninas, no entanto nós estávamos fora de nós, tínhamos acabado de sair dum trabalho pesado e tínhamos fumado um pouco, acho que isso condicionou o que houve à seguir, peço desculpas, em meu nome e do meu irmão! - Mostrou se arrependido, mas podia ser fingimento!

Mariano: Eu não me arrependo de nada, elas é que foram bestas e se deixaram levar, foi uma das melhores sensações da minha vida, se meu irmão está arrependido, isso não é assunto meu! - Disse o outro.

Vamos dar um tempo, para o júri se decidir, voltamos daqui à 10 minutos, para sabermos da sentença final!

Os 10 minutos, pareciam uma eternidade e eu queria saber logo dessa sentença, não vejo a hora de acabar com essa situação!

_Bem vindos a segunda parte desse julgamento e já sabemos, o veredicto final, e se decidiu que os irmãos, terão 10 anos de prisão, e não poderão sair por nada, e nós como tribunal condenamos esse tipo de atitude por parte das pessoas que estão aqui, presentes nesse julgamento, e meninas sejam mais espertas, não falem com pessoas que não conhecem! - Terminou a juíza.

Soou revolta por parte dos presentes no tribunal, pois todos mundo dizia que a sentença era muito curta, e que eles mereciam apodrecer na cadeia.

_Injusta, à senhora está do lado desses bandidos, você não tem filhos em casa? - Mãe da Luane questionou.

_Não permito que diga isso, eu tenho filhos sim, mas isso não importa no meu trabalho, caso continue desacatando, irá pra cadeia igual eles! - disse a juíza.

Eu não estava satisfeita com a decisão da juíza, por isso estava a bolar um plano pra acabar com aqueles bandidos, quando voltamos à casa, fiquei a pensar numa ideia e decidi envenenar à eles, sim, mas a morte não seria tão rápida, eles sofreriam lenta e dolorosamente.

_Mãe fica com o Bruno, hei de sair um pouco, preciso colocar a cabeça no lugar. - Disse me despedindo.

_Está bem filha, se cuida. Não faça besteira!

Fui ao mercado e falei com umas senhoras que vendem remédios tradicionais, e pedi algo que faria alguém sofrer de dores de barriga terríveis sempre que comece, e elas deram-me!

Comprei alguns alimentos confeccionados no mercado mesmo, e fui até à cadeia, pedi pra falar com eles e claro, fui disfarçada e inventei um nome.

_Boa tarde, gostaria de falar com o António, ele foi preciso hoje, sou a prima dele. - Menti.

_Está bem, aguarde, e traga a comida aqui para ser testada. - neste momento tive medo, mas como o remédio era em pó, não era visto à olho nu e não faria mal a qualquer pessoa, que não fossem os irmãos estupradores.

_O que você quer aqui? Disse o António, um tanto assustado!

_Eu apenas vim agradecer, pela coragem que tiveste de assumir e arrepender-se pelo que fizeram e trouxe te uma comida boa, visto que daqui pra frente comeras merda. - e não precisa olhar assim, não envenenei-te. Disse.

_Obrigado, mas não precisa se preocupar, mas em todo o caso, eu agradeço. - disse.

Fingi um sorriso e disse:
_ ah eu faço questão! Até logo e bom apetite pra ti! Minhas amigas, não sabem que eu vim pra cá, porque elas não aceitariam, até mais um dia!

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