18-O Reencontro

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Pois bem, a nossa vida parecia boa agora nê, decidimos confrontar a Maira depois do nascimento do seu filho para que toda nossa vida, voltasse ao normal, é certo que jamais nos esqueceremos do sucedido, mas de certa forma viveremos em paz.
Mas será que poderemos mesmo voltar a ter paz? Veremos!

          O Reencontro

Eram 10h da manhã de sábado e a Luane voltava do mercado, próximo à nossa zona. Ia caminhando, quando de repente seu olhar cruzou-se com um jovem, e naquele instante ela entrou em choque, porquê será?

"Era um dos jovens da floresta que abusou dela".

_O que devo fazer?- Será que grito, choro, ou saio correndo?

Esses pensamentos giravam em torno da sua mente, mas ela ficou forte e tentou passar despercebido e por instantes deu até vontade de chamar-lhe estuprador. Mas tinha que ser forte e poder contar à alguém mais velho à respeito.

E tem mais um porém, na altura em que os olhares cruzaram-se, o jovem também reconheceu a Luane, tanto que ele esquivou o olhar e ficou meio que assustado,   ele temia que ela gritasse, e sendo aquele lugar movimentado seria logo pegue.

_Mas agora que ele conseguiu escapar, como é que eu saberei onde ele vive?
_ Como saberei se ele é daquela povoação ou não?

Eu tenha que contar a alguém esse sucedido.- É melhor ir à casa da Karen, ela é a única que dará uma boa ideia.

_Bom dia tia. - cheguei e cumprimentei, sua mãe.

_Bom dia, tudo bem filha?- respondeu, não te queres sentar? Perguntou, mostrando a cadeira para que eu me sentasse.

_Sim, obrigada e mãe?-Não quero me sentar, obrigada.

_Estou bem, sua amiga está lá no quarto, se não te vais sentar, podes entrar!

_Obrigada!-Agradeço, entrando no quarto da Karen. Que estava deitada, ouvindo rádio.

_Olá,tenho novidades, mas não são das melhores. - Estou ainda incrédula, terminei.

_O que foi? Estás pálida.-Questionou, um tanto preocupada.

_Eu vi, vi aquele homem!- com tom de voz, trémulo falei.

_Que homem? Fica calma e me explica!

_Da floresta. - reinou um silêncio absoluto. - Fiquei em choque também!-
_Como? aonde?- perguntou, mais preocupada do que eu.

_No mercado, eu vi e ele desviou o olhar, e eu entrei em pânico, não sabia o que fazer ou pensar por isso vim ter contigo. - Estou com medo, amiga.

_Fez bem, mas agora estou bloqueada não sei o que fazer ou agir. - Fica calma, me envolveu num abraço confortável, eu estou aqui contigo, sempre. Terminou!

_Vamos contar à sua mãe, talvez ela nos ajude.-Sugeri, obrigada amiga, retribuindo o abraço, agradeci.

_Vamos sim. Concordou!

    E lá fomos nós ter com minha sua mãe, para que ela nos desbloqueia-se e nos desse uma ideia.

_Mãe, mãe, mãe. - gritava, desesperada por encontrar lhe.

_O que foi? Estou aqui no quintal, para de gritar. - já estava reclamando.

_A Luane viu, um daqueles homens. - Desculpa, a gritaria.

_Aonde, como? - num tom preocupado.

_Vi um deles no mercado tia, tive medo de gritar, pensava que ele me pudesse pegar novamente.- chorando.

_Fica calma, vamos tentar resolver isso com calma. Vamos até a polícia, e veremos o que eles dirão, tomara que consigas fazer um retrato falado.-acalmou-nos.

O ponteiro marcava, 13h e lá fomos nós, a esquadra estava muito cheia e tinha muitas pessoas dando ocorrência de algum facto, outros indo ver os presos, entre outros assuntos.

Então, chegou a nossa vez e minha mãe foi explicando tua a Srª que nos atendeu e cada uma de nós explicou um ponto ate que se chegou ao ponto distinado, o Reencontro.

_Por quê não vieram dar a ocorrência antes? - perguntou.

_No princípio, nós tínhamos medo até que os nossos pais soubessem e por isso não viemos para cá. - Explicamos, em coro.

_Está certo! Será que podem fazer um retrato falado deste Srº? - Perguntou, se mostrava com pena de nós!

_Podemos sim, ainda gira na nossa mente a imagem dele. - respondemos!

_Comecemos então! - queremos pegar o quanto antes, esses criminosos!

E fomos então, dando as nossas ideias, à polícia para que fizessem o retrato falado! E saiu o resultado do retrato.

"O retrato tem direitos autorais"

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"O retrato tem direitos autorais".

E o retrato saiu, e o polícial disse:

_Só podia procurar miúdas indefesas mesmo, é tão feio. - soaram gargalhadas, nenhuma mulher, no seu juízo normal aceitaria ficar com ele, de boa vontade.

Naquele momento sorrimos e o pior é que era verdade, ele era muito feio. E ficamos um pouco tranquilas, pois sabíamos que além dos nossos pais estarem a trás dos crápulas, a polícia também estava envolvida!

Acredito que eles serão presos e poderemos voltar às nossas vidas, sem medo, sem remorso, apenas com alguns pesadelos que acreditamos que irão desaparecer ao longo do tempo!
  Daqui para a frente, iremos torcer para que tudo corra bem e eles sejam presos e que paguem por tudo o que fizeram minhas amigas passarem.!

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