Desculpe, estou atrapalhando algo?

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Noah

Levantei da cama e sorri envergonhado. Fui até Úrsula e peguei a bandeja colocando em cima do criado mudo.

- Eu vou tomar um banho. - Anunciei indo direto para o banheiro.

Não vá por esse caminho Noah Urrea! – Gritava para mim mesmo em pensamento. – Mas o que mais me perturbava era o simples fato de que eu beijei meu chefe e gostei!

                          *
                     

Estava um silêncio constrangedor no quarto e já era meia noite. Depois do ocorrido horas atrás, meu chefe se enfiou no seu notebook me ignorando totalmente. Ele estava sentado no sofá e eu olhando através da janela, ventava forte do lado de fora.

Suspirei fechando meus olhos, lembrando do simples toque de lábios, porque foi isso que aconteceu, um simples toque de dois lábios. O melhor que já senti. Balançando minha cabeça, eu olhei disfarçadamente para meu chefe que digitava alguma coisa no seu laptop.

Impassível, sério, sem nenhuma expressão, nenhum sentimento em relação ao o que aconteceu aqui. Meu chefe é um poço de silêncio e nesse exato momento esse fato me incomoda.

- Tenho uma teoria para o que aconteceu entre nós. - Falei olhando­-o. Ele parou de digitar e me encarou. - A culpa é minha. - Josh arqueou uma de suas sobrancelhas, indicando que estava confuso. - Sabe eu te machuquei sem querer, mas machuquei e me senti culpado...

- Está dizendo que me atacou por pena?

- Não! O que quer dizer com atacou? - Perguntei me levantando e cruzando os braços. - Não ataquei o senhor! Foi apenas algo do momento, foi como dois imãs, estávamos perto, pareceu certo naquele momento, e bom, aconteceu. Isso que eu queria dizer.

- Dois ímãs? - Ele perguntou me olhando irônico.

- Sim.

- Isso é ridículo Noah! Foi um beijo. Eu senti vontade, você também e aconteceu. Não existe essa coisa de ímãs.

- Ah! Então quer dizer que o senhor sentiu vontade de me beijar?

- Não foi exatamente isso que eu quis dizer...

- Mentiroso! O senhor realmente me acha atraente, não é? - Perguntei petulante vendo­-o fechar a cara e fazer aquela expressão de assassino. - Eu posso denunciá­-lo por assedio sexual. - Brinquei.

- Assédio? Que eu me lembre você que me beijou primeiro. - Ele me acusou e fiquei vermelho ao constatar que era verdade.

- Foram eletricidades invisíveis magnéticas que saem de nossos corpos como imãs. - Inventei, vendo pela primeira vez na minha vida meu chefe rir.

Acho que nunca presenciei algo tão lindo na minha vida como meu chefe sorrindo. Seu sorriso perfeito escondido por aquela expressão fria, sem vida.

E como toda coisa boa, em seguida vem uma ruim, um trovão estrondoso cortou o céu fazendo-­me gritar e pular na cama assustado e como reação, a luz acabou.

Estado de choque. Era exatamente assim que eu me sentia, incapaz de mover um músculo.

- Noah? - Ouvi Josh me chamar em meio a escuridão. Vendo ele ligar a lanterna do celular e logo depois mirar em cima de mim, fechei meus olhos ouvindo a chuva começar violentamente.

Abracei minhas pernas com um dos braços e tapei os ouvidos com o outro.

- Noah, o que foi? - Ele perguntava mas minha voz não saia. Somente as vozes desesperadas na minha mente, lembranças perturbadoras.

Meu Adorável Chefe Tirano - Nosh | Mpreg! Onde histórias criam vida. Descubra agora