Sanctuary

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Capítulo X

Rochedo Casterly

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Não conseguia compreender o fascínio que sentia em relação a Elia. Fechou os olhos quando sentiu os lábios dela tocaram os seus, um contato tão leve e delicada que as bocas quase não estavam se tocando. O toque repleto de ternura era o suficiente para fazer seu corpo incendiar de desejo. Sentia-se como um adolescente, diante da reação que o beijo despertava em seu corpo, fazendo o sangue bombear em direção ao seu pênis. Levou uma mão até os sedosos cabelos cacheados, agarrando as grossas madeixas e aprofundando o beijo. Ela não o impediu, evidenciando o forte desejo que sentiam um pelo outro.

Sorriu contra a boca dela, após seus lábios se separarem. Surpreendeu-se quando Elia moveu-se para se acomodar sobre seu corpo, os lábios deliciosos distribuindo beijos demorados no pescoço. Jaime virou a cabeça para o lado, permitindo mais acesso a ela. Recusava-se a inibir-se do prazer que sentia com Elia, lembrando-se da noite que desfrutaram, de todas as ações prazerosas, de beijar a pele macia no interior de suas coxas, provocar seus seios com a língua e assisti-la choramingar de prazer enquanto a fodia ferozmente.

— Não pense por um segundo que eu poderia estar com outra pessoa, Elia. Não existe ninguém capaz de tomar o seu lugar. – Jaime pensou em completar a frase, informar à esposa que estava deitada sobre seu peito, que estava assustado com o fato dela ser a única e insubstituível. Os cabelos de Elia eram tão compridos e bem cuidados, macios quando de encontro a sua pele, lhe fascinava o modo como os grossos cachos estavam espalhados sobre seus corpos e a cama. As madeixas emanavam um agradável cheiro de óleo de coco naquele momento, mas sabia que era apenas uma das diversas fragrâncias que Elia possuía. Recordava-se de já ter notado o cabelo dela cheirando como romãs, baunilha, laranjas e uma variação de flores agradáveis que não poderia identificar.

Pôde ouvi-la rir e por algum tempo meditou se era possível existir um som tão bonito que fosse capaz de aquecê-lo como a risada dela.

— Eu realmente senti sua falta! – Elia se moveu sobre o corpo dele, beijando-o nos lábios lentamente.

— Não fui a lugar nenhum. – Jaime respondeu contra os lábios dela, sentia como se nada mais importasse enquanto a pele nua da esposa estava em contato com a sua. Beijou-a mais uma vez, aprofundando o beijo enquanto segurava os quadris femininos e a puxava de encontro ao seu corpo.

— Era como se sua mente não estivesse aqui, mas seu corpo estava ao meu lado, os pensamentos e sentimentos pareciam estar em outro lugar também. Temi que a queda tivesse lhe ferido por dentro. – Ela confessou, a preocupação ainda era evidente em sua voz. – Pensei em tantas coisas e estava assustada com o que poderia acontecer.

— Me desculpe. – Jaime implorou, estava tão envolto com seus pensamentos e dilemas que não levou em consideração como suas mudanças poderiam afetar Elia. Não era justo afastá-la, embora necessitasse de um tempo para entender toda a situação após o acidente, não se atentou em como seu comportamento estranho poderia perturbar os outros a sua volta. – Prometo que não irei perturbá-la e...

— Meu amor. – Elia interrompeu-o gentilmente. – Não consigo ficar brava ou triste com você por muito tempo, só desejo ser seu conforto e suporte, por isso suplico que me permita ser.

— Ainda não acredito que você pensou que eu tivesse uma amante. – Jaime riu diante da expressão envergonhada da esposa. Um rubor apoderou-se das bochechas altas de Elia e ela escondeu o rosto em seu peito. – Embora eu seja o sonho de muitas das mulheres desse reino, desde as donzelas até as desposadas.

— Você é tão arrogante! – Elia o acusou, fingindo irritação. Soltou uma risada quando Jaime inverteu as posições, deitando-a na cama e ficando sobre seu corpo. Voltaram a se beijar. Elia envolveu os dedos delicados em volta do pênis endurecido de Jaime, sorriu quando o sentiu arfar contra seus lábios e mover os quadris de encontro ao seu punho.

— Elia. – Jaime gemeu, a voz rouca de desejo, todo o seu corpo reagindo ao modo como a mão dela o acariciava. Ele gemeu novamente e pressionou os lábios contra os de Elia, a língua molhada adentrou a boca quente dela. Elia virou a cabeça para que pudessem aprofundar o beijo.

A pele de Jaime estava quente e úmida, sua respiração irregular enquanto a mão de Elia o acariciava cada vez mais rápido. Os sons dos gemidos e da respiração descompassada de Jaime enviavam arrepios pelo corpo de Elia, causando uma excitação e formigamento familiar em seu corpo. – Jaime. – Murmurou, admirando o rosto bonito contorcido por conta do prazer. Os olhos estavam fechados e as madeixas douradas coladas na testa por conta do suor.

Jaime gozou contra os dedos dela, murmurando palavras que Elia não conseguiu compreender.

Retornou para o lugar que estava deitado, ao lado de Elia na cama. Os olhos fechados e o corpo ainda trêmulo por conta do prazer. Detinha um sorriso satisfeito nos lábios enquanto ouvia Elia rir.

— O dia do nome dos gêmeos está se aproximando. – Elia informou. – Devemos organizar um torneio em honra a eles.

— Tudo o que você desejar, meu amor. – Jaime respondeu com a voz ofegante. – Você não precisa da minha permissão para organizar os eventos que deseja.

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