20. O diagnóstico

648 72 20
                                    

JUNHO DE 1833,

"ELA O AMAVA E NÃO PODIA NEGAR."

Apesar de ter sido chamado pelo sono diversas vezes depois das atividades da última noite, Simon demorou para pegar no sono. Ele estava agitado demais e teve medo de ter aquele pesadelo outra vez, sempre ficava muito inquieto durante o sono quando revivia a noite do incêndio nos seus sonhos, e ele teve medo de assustar Sarah, então ficara acordado até tarde enquanto ela dormia. Simon tinha se arriscado à uma carícia nos cabelos soltos dela, o que a levou a se aconchegar mais ao corpo dele, e aquilo o fez sentir-se mais esperançoso do que já estava, a forma como o braço dela repousou sobre seu peito e como Sarah tinha se aconchegado à lateral do seu corpo fora algo que pareceu tão natural e simples que ele mal se moveu depois daquilo.

O sol já tinha começado a infiltrar-se através das brechas na cortina quando ele caiu no sono, incapaz de resistir mais. Mas aquilo não durou muito, pois ele acordou alguns minutos depois com uma movimentação na cama e viu que Sarah tinha acordado.

A expressão dela estava tranquila e, ao contrário do que Simon imaginava, ela não se afastou dele, apenas ergueu o olhar para o dele.

- Bom dia. – O sussurro rouco escapou dos lábios dele.

Sarah respondeu com um sorriso e ergueu a mão, levando-a ao rosto dele e passando a mão entre os cabelos bagunçados de Simon. Ele sentia-se como um pequeno gatinho ronronante recebendo carinho e fechou os olhos enquanto os dedos dela se misturavam aos seus cabelos. A mão dela permaneceu ali, e ele permaneceu de olhos fechados, por longos minutos.

- Você fica fofo com essa carinha de sono. – A voz de Sarah chegou aos ouvidos dele em um sussurro e os lábios dela roçaram os dele. Simon abriu um sorriso preguiçoso quando ela se afastou.

- Você também. – Devolveu ele, traçando o contorno dos lábios dela com o polegar. – Poderia mandar pintar um quadro de você assim.

Sarah sorriu.

- Aposto que eu poderia pensar em poses muito mais interessantes para um retrato e sem a cara de sono. – Disse ela.

Simon sentiu que estavam entrando em um terreno muito novo e instável para os dois, mas que com certeza produziria bons frutos.

- Ah, é mesmo? – Indagou ele. – E quais seriam essas poses?

O sorriso dela se ampliou e Sarah passou uma perna por cima do corpo dele, roçando na sua típica ereção matinal, que fez o olhar dela deslizar para baixo por um momento. E então ela estava sobre ele, os seios há apenas uma fina camisola e alguns centímetros dos lábios dele e as coxas perfeitamente acomodadas aos lados do quadril de Simon.

- Que tal essa? – Indagou Sarah, montada sobre ele.

O tom sedutor na voz dela o deixou cheio de ideias maliciosas no mesmo instante.

- Tentadora. – Sussurrou ele, levantando o rosto para beijá-la, mas Sarah empurrou o peito dele para baixo de volta.

Ainda sorrindo, Sarah brincou com a ponta do indicador pelo peito de Simon e subindo até os lábios, então ela contornou-os e abaixou-se sobre eles, seus seios pressionaram o peito de Simon, e ela o beijou. Simon a instigou, incitando-a a buscar mais, a querer mais, e percorreu o corpo dela com as mãos até as nádegas, onde ele as pousou com uma pequena pressão, e ela gemeu contra seus lábios.

Sarah afastou-se lentamente.

- Sempre quis descobrir se os homens realmente acordavam rijos. – Comentou ela, um sorriso malicioso dançando nos lábios. – Quanto tempo costuma durar?

Os sintomas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora