30. O retorno

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DEZEMBRO DE 1837,

A VOLTA DE SIMON PARA CASA.

Depois de quatro anos sem ver o marido, Sarah estava indo em direção ao porto de uma pequena vila próxima de Gwendolin, onde a família Campbell tinha um rancho e onde todos esperavam por ele. Eles tinham decidido que seria melhor se apenas Sarah fosse busca-lo, para dar mais privacidade ao reencontro dos dois, e todos esperariam por eles no rancho enquanto Sarah iria ao porto buscar seu marido com duas carruagens da família. Sarah não estranhou o fato de Simon ter solicitado duas carruagens, sendo como era, ele era capaz de ter solicitado dois navios também, apenas para levar os livros que tinha comprado durante os anos fora de casa.

Ela não sabia o que esperar daquele reencontro, estava ansiosa e agitada, tinha um frio na barriga e um pouco de medo do que aconteceria. A comunicação entre ela e Simon fora precária durante o tempo dele fora, ele levou um ano para responder uma missiva dela e depois Sarah também acabou perdendo-se com as correspondências e tudo que tinha para fazer quando começou a frequentar os hospitais para as aulas práticas de Medicina.

Sarah queria poder dizer que algo tinha mudado em relação ao que sentia por ele, afinal, quatro anos separados devia ter algum efeito sobre seus sentimentos, mas nada tinha mudado, Sarah tinha nutrido o mesmo sentimento e visto-o crescer, esperando e esperando por uma carta e pelas próximas que vieram depois. Ela não sabia o que aconteceria a seguir, mas aquelas palavras de Simon na sua última missiva, dizendo que ainda a amava, faziam com que ela tivesse esperanças de que eles se resolveriam.

Se a distância os tinha afastado, ela também serviu para que Sarah amadurecesse e que enxergasse as coisas de maneira diferente de quando ele foi embora, Simon tinha razão e aquele tempo sozinha tinha feito bem a ela, mas Sarah também sentia que, naquelas cartas trocadas entre o segundo e o terceiro ano dele longe, ela tinha conhecido Simon melhor e tinha permitido que ele lhe conhecesse, os dois falaram sobre seus passados e sobre seus sonhos, Simon lhe contara sobre como seus pais morreram e sobre os pesadelos que tinha frequentemente, e Sarah contou ao marido sobre a falta que seu pai sempre fez em sua vida, já que ele faleceu quando ela ainda era muito nova, e Nate, apesar de ser uma ótima figura paterna, não ser a mesma coisa.

A carruagem de Sarah parou no pátio do minúsculo porto e Sarah viu um enorme navio negro que se aproximava lentamente no mar. Seu coração acelerou e ela desceu da carruagem, um sorriso se abrindo nos seus lábios. Tantos novos sintomas se manifestavam que Sarah não sabia qual identificar primeiro. 

Simon viu, ao longe, que estavam quase aportando em Gruffin, e um sorriso se abriu nos seus lábios

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Simon viu, ao longe, que estavam quase aportando em Gruffin, e um sorriso se abriu nos seus lábios. Ele colou um selo da Coroa no baú que tinha à sua frente e a dama ao seu lado sorriu para ele.

- Ele vai surtar. – Poppy comentou, rindo.

Simon deu de ombros.

- É só uma brincadeirinha. – Disse ele. – Venha, vamos para o convés.

Os sintomas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora