Capítulo 29. Operação Cupido Marah

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Estávamos todos na sala menor, assistindo televisão. Eu estava sentada confortavelmente no sofá, com as minhas pernas por cima das de Nick. Uma tigela cheia de pipoca estava no meu colo e eu enchia a mão para comê-las, enquanto o meu olhar estava na tela.

Depois do resultado negativo dos testes, eu estava relaxada, como eu não ficava há alguns dias.

Na verdade, esse processo começou desde a noite anterior, quando chegamos na casa de Laguna. Havia se passado quase vinte e quatro horas e, aquela era a primeira vez que em um dia inteiro, desde que o caos começou, que não havia acontecido nada que me provocasse algum enjoo, ou que eu me sentisse mal.

O clima de serenidade que aquela casa e aquele lugar me proporcionavam era o causador disso, mas não era somente isso, eram eles também. Aqueles quatro homens me faziam sentir segura. Eu confiava neles e acreditava que eles fariam de tudo para me proteger. Não apenas Nick e Dylan, mas, em poucos dias, Matt e Sebastian se tornaram grandes amigos e eu sabia que podia contar com eles para qualquer coisa. E, é claro, não menos importante, a nova integrante da equipe: Pandora. A Golden Retrivier mais dorminhoca que eu já vi. Ela mal havia acabado de chegar na minha vida e já tinha feito muito por mim. Eu sentia que ela me ajudaria muito em aliviar a ansiedade. Ela já era uma salvadora para mim. Se o Nick era o meu barco, e o meu irmão era o meu porto seguro, Pandora já havia se tornado a minha bóia.

Desviei o meu olhar da televisão para ela, que estava deitada no chão, próxima a mim no sofá e sorri, pensando nisso.

— Minha bóia – falei em tom de voz baixo e ri.

— O que foi que disse? – Nick perguntou, olhando confuso para mim.

— Nada. Eu apenas pensei em voz alta.

— Pensou, o quê?

— Que a Pandora – meneei a cabeça para ela no chão – é a minha bóia.

Nick balançou a cabeça, entendido e voltou a olhar para a televisão.

— Inclusive, esse é um ótimo nome para ela. Bóia.

Eu peguei um punhado de pipoca e joguei nele, que me olhou surpreso e riu.

— O nome dela é Pandora! Se acostuma, Carter!

Nick apontou o dedo para mim, em um claro sinal de aviso por eu ter o chamado assim.

— Primeiro aviso.

— Vai fazer o quê, se eu te chamar uma segunda vez? – provoquei, com um sorriso.

— Melanie... você não me provoca.

— Ou o quê?

— Fale. Me chame de novo assim – desafiou-me, com o mesmo olhar.

— Car...

— Continue. Complete.

— ... ter.

Nick não disse nada, ele apenas ergueu dois dedos, informando que aquele era o segundo aviso.

— Você não vai fazer nada. Se estivéssemos sozinhos, eu acreditaria.

— Ah, é? Então, me chame assim uma terceira vez. Chame – desafiou e eu fiquei em dúvida se ele estava blefando ou não.

Conhecendo bem ele, não estava. Mas eu queria pagar para ver e não o chamei apenas uma terceira vez, mas também uma quarta.

— Carter. Carter.

— Você e eu, para o quarto, agora. – Nick ordenou, tirando a tigela de pipoca do meu colo, entregando-a para Dylan sentado próximo a ele. Eu neguei com aceno de cabeça, segurando o riso. – Ah, você vai, sim. Quem mandou me provocar?

Agora Tenho V🌸cê! - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora