Capítulo 49. Nunca Mais

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Eu estava em pânico. Todo o meu corpo tremia, incontrolavelmente. Eu nem ao menos sabia como reagir. Eu estava paralisada. Tudo ao meu redor estava fora de foco e nada parecia real.

"Isso não é real, é um pesadelo. Acorda. Acorda, Melanie!", falei para mim mesma e fui sacudida por mãos firmes que me seguravam pelos braços.

Samuel estava bem na minha frente, falando algo para mim, mas a sua voz parecia longe, muito longe, até que ele me despertou para a realidade.

— Fala comigo, Melanie! – Ele exclamou e eu focalizei o rosto dele, ouvindo a sua voz agora claramente. – O que foi?

— Ele... ele está com a Sarah. Phillip... está com a Sarah – respondi, sentindo as minhas pernas fraquejarem.

Se Samuel não estivesse segurando os meus braços, eu teria caído no chão.

Inspirei, mas eu não senti o ar entrar.

— Eu não consigo... respirar.

— Respira! Melanie, respira!

O meu corpo pesou, sem que as minhas pernas suportassem mais e, sendo amparada por ele, sentei-me no chão.

— Eu vou buscar água. Fica calma! Respira!

Samuel saiu da minha frente, correndo até a cozinha e eu ainda dizia para mim mesma de que aquilo era um pesadelo.

Fechei os olhos com força, gritando mentalmente para eu acordar. Mas ao abrir os olhos novamente eu ainda estava sentada no mesmo lugar.

"Não é um pesadelo, é real, está mesmo acontecendo."

Abri a minha mão e olhei para a pulseira de miçangas. Na outra mão, o celular ainda estava com a mensagem dele na tela.

O pavor tomou conta de mim por não saber como e onde Sarah estava. Para onde ele a levou e o que ele faria com ela?

Eu sabia o que Phillip queria, mas não sabia o que ele pretendia fazer com Sarah para conseguir me atrair. Depois de receber aquela mensagem, ele não entrou mais em contato.

Eu precisava saber o que eu teria que fazer para salvar a minha melhor amiga.

Com as mãos trêmulas, digitei uma mensagem de resposta.

"Onde você está? Cadê a Sarah? O que fez com ela? O que você quer?"

No entanto, eu não tive respostas.

— Senhorita. – Samuel me chamou e pareceu ter feito isso antes, mas eu estava tão nervosa digitando a mensagem e esperando por uma resposta que eu não tinha percebido. – Toma. Bebe água. – Ele me estendeu um copo que não parecia ter apenas água. – Coloquei um pouco de açúcar para te acalmar.

Peguei o copo da mão dele e tomei um gole ainda trêmula.

— Ele não me responde. Ele não respondeu as minhas mensagens.

Eu estava apavorada com a ideia de Phillip machucar Sarah.

— Eu vou ligar para Sebastian e avisá-lo disso. – Samuel pegou o celular do bolso e se levantou.

Sem ter respostas das mensagens, eu resolvi ligar, mas Phillip não me atendeu e eu continuei insistindo. Uma, duas, três... Sete vezes!

— Atende! – gritei e, mais uma vez, a ligação caiu na caixa de mensagens. Eu rangi de raiva e deixei um recado. – Você não vai me dar mais avisos ou me fazer ameaças, disso, eu já sei, então o que você quer? Me fala! Vamos acabar logo com isso, Phillip! Você venceu! Deixa a Sarah fora disso! Não machuca ela! Solta ela, Phillip! – O tempo da mensagem havia acabado e eu rangi mais uma vez. – Droga!

Agora Tenho V🌸cê! - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora