Capítulo 12. Presente Grego

210 26 66
                                    

🌸

Eu estava em um quarto e assinava o meu nome em um papel. Depois de assinar, eu colocava a mão esquerda na minha barriga, que estava enorme e tinha dois anéis no meu dedo anelar. Um se parecia com uma aliança, e o outro era um anel solitário, de noivado. Depois, a imagem mudou, passando para eu sentindo fortes dores na barriga e logo depois dando a luz a um bebê, ainda estando no mesmo quarto. Eu peguei o recém-nascido, olhando para ele, emocionada e feliz. Era um menino lindo, de olhos azuis. Logo em seguida, Phillip apareceu e pegou o bebê dos meus braços, olhando-o e sorrindo.

— Olha só, amor, o nosso filho! – Ele exclamou, sorrindo e me olhou. A minha emoção passou para espanto e medo. – Ele tem a sua boca. Vamos ver se tem a cor dos seus olhos. – Ele olhou para o bebê novamente e desfez o sorriso.

— Phillip, me dá o meu filho – pedi, esticando os braços.

— Ah, amor, que pena! – Ele me olhou. – Ele tem os meus olhos azuis.

— Phillip...

— Quem sabe a gente tem sorte na próxima vez.
– Ele se afastou de mim, levando o bebê que chorava.

— Phillip! Não! Me dá o meu filho! – pedi em desespero com os braços esticados. Phillip abriu a porta do quarto e eu fui atrás, desesperada. Ele fechou a porta e eu tentava abri-la, mas não conseguia. – Phillip! – gritei, desesperada, chorando e batendo na porta. – Me dá o meu filho! Não! – gritei e olhei para a fechadura, que era eletrônica igual ao do escritório dele. Digitei alguns números, porém eu não sabia a senha. – Phillip! – gritei, a plenos pulmões.

Eu acordei assustada, com a respiração ofegante. A primeira coisa que eu vi foi Nick dormindo e eu relaxei, respirando aliviada, mas ainda pensando no pesadelo que eu tinha acabado de ter. Tinha sido um pesadelo horrível.

Phillip não queria apenas ter filhos comigo, ele queria que os nossos filhos se parecessem comigo. Porém, apesar do que aconteceu no pesadelo, eu não sei o que ele faria, se eu tivesse um filho dele que se parecesse com ele.

Olhei para Nick dormindo e senti medo do que poderia acontecer se eu ficasse grávida de Nick algum dia.

O que Phillip faria?

Ele seria capaz de tirar o bebê de mim?

Isso me apavorava ainda mais.

Eu não sabia por quanto tempo eu tinha dormido, mas com certeza eu não conseguiria dormir depois daquele pesadelo.

Eu me virei para o outro lado e Dylan estava dormindo ali também. Com tudo o que eu passei, e dormir sem calmante, ele com certeza imaginou que eu teria pesadelo e queria ficar ali, para caso eu tivesse algum. Mas quando eu despertei daquele pesadelo, eu não fiz barulho, então os dois permaneciam dormindo. Eles estavam tão cansados quanto eu e eu não queria acordar nenhum dos dois. Sendo assim, eu me arrastei até a beirada da cama e me levantei.

Abri a porta do quarto e eu não fazia ideia de que horas eram, mas o apartamento estava um completo silêncio. Eu resolvi sair e arejar um pouco a cabeça.

Andei pelo corredor e, como eu já conhecia o caminho até a cozinha, não foi difícil andar no escuro. Desci as escadas e, chegando lá, não foi preciso acender a luz, pois a parede oposta era de vidro e a luz da noite e as luzes da cidade, clareavam o ambiente.

Procurei por um copo nos armários e encontrei taças. Logo, eu me lembrei de que Matt era um bom apreciador de vinhos e procurei por alguma garrafa aberta. Achei uma dentro da geladeira e não pensei duas vezes em abri-la e encher uma taça.

Sentei em um dos banquinhos da bancada ilha e fiquei bebendo, apreciando a vista de Los Angeles à noite.

Era uma bela vista!

Agora Tenho V🌸cê! - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora