Capítulo 48. Pulseira da Amizade

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Steve! – exclamei, animada com a sua chegada.

— Melanina! – Ele exclamou de volta com os braços abertos e desceu os degraus.

Steve, assim como todos os outros amigos de Phillip, ficou muito próximo a mim depois que eu e ele começamos a namorar e se tornou um ótimo amigo. Eu diria até que ele se tornou um dos meus melhores amigos.

Steve era o mais alto da turma e também o mais forte e, apesar do seu jeito galanteador, conquistador, que só pensava em pegar mulher e não se apegar a nenhuma delas, Steve protegia as garotas da nossa turma como se fôssemos irmãs dele, mesmo que ele e Tiffany tivessem um caso que durou anos. Steve sempre nos tratou como se fôssemos família. Por isso, quem mexesse com uma de nós, sentiria a sua fúria, mesmo que esse alguém fosse um dos seus melhores amigos.

Steve sempre desconfiou da relação abusiva que eu estava vivendo com Phillip, pois a sua mãe passava pelo mesmo problema com o seu então padrasto. Mas ele só teve certeza disso quando houve a agressão na boate. Após esse ocorrido, Steve me visitou e eu contei para ele o que eu sofri com aquele namoro. Em nenhum momento Steve me julgou, mas assim como as garotas, me perguntou por que eu não pedi ajuda, por que eu não havia contado nada daquilo para ninguém. Eu respondi o mesmo que eu respondia para todo mundo.

Por medo.

Depois dessa resposta, Steve segurou a minha mão, olhou bem fundo nos meus olhos e me disse: "Conta comigo para sempre. Se precisar de ajuda, se precisar de mim, seja para o que for e onde estivermos, me chama e eu irei até você."

Por isso eu não hesitei em ligar para ele, por isso eu sabia que ele me ajudaria.

Depois que ele me disse isso, ele simplesmente se virou para a televisão e disse: "Vamos jogar videogame."

Enquanto Phillip estava em prisão domiciliar, eu e Steve nos aproximamos ainda mais. Steve me visitava com frequência e passávamos a tarde toda conversando besteiras e jogando videogame.

Nos meus piores momentos, Steve esteve ao meu lado tentando me animar. Quando eu e Chris terminamos, ele foi o ombro amigo que eu tanto precisei.

Steve até podia ser aquele cara pegador que toda mulher tem repulsa, mas isso é porque elas não o conheciam como amigo. Se conhecessem, saberiam que por trás de todo aquele jeito, às vezes até mesmo escroto, existia um homem com um coração enorme e se apaixonariam por ele.

Talvez por isso ele não demonstrava esse seu lado para todas.

— Vem cá, me dá um abraço.

Steve chegou até mim e envolveu os seus braços na minha cintura, me erguendo do chão.

— Ah, seu maluco! Que saudade eu estava de você!

— Eu também estava! Eu perdi o seu número!

— Eu imaginei que sim.

Steve me pôs no chão e me olhou.

— Será que você ainda lembra o nosso aperto de mãos?!

— Mas é claro que sim!

Ele abriu a sua mão e eu fiz o mesmo, iniciando a nossa sequência de cumprimentos.

Uma batida na palma; uma voltando com as costas da mão; duas na palma; segurando as mãos, encosta os quadris; um giro dele; um giro meu; de punho fechado, bate em cima e embaixo; e, para finalizar, chocamos os nossos peitos com um pulo.

— Ah, ela lembra mesmo! – Ele exclamou com um sorriso largo e eu ri, sendo erguida por ele novamente.

Steve deu um meio giro e então eu percebi que os outros nos observavam com atenção. Nick parecia esperar, pacientemente para ser apresentado.

Agora Tenho V🌸cê! - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora