Capítulo 39. Sem Saída

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Eu sabia que Phillip reapareceria de alguma forma, eu só não esperava que fosse me mandando flores.

Isso não fazia sentido algum, a não ser que, por trás disso, houvesse algo pior.

Eu precisava pensar como ele e descobrir o que ele estava planejando fazer com isso. Assim, eu ficaria um passo à sua frente. Mas eu poderia pensar em mil possibilidades e, mesmo assim, eu nunca saberia qual era o plano dele. Eu não fazia ideia de como reverter a situação.

Eu estava sentada na cadeira, olhando para aquele buquê de lírios e com o cartão na minha mão.

"O que você está querendo com isso, Phillip? Por que me mandou esse buquê?"

— Mel. – Addy me chamou e me fez olhar para ele. – Você tem certeza de que foi ele? – perguntou e eu assenti. – Nesse caso, é melhor chamar o Samuel e contar para ele – disse e eu concordei, assentindo.

Addy se virou e acenou discretamente para Samuel, chamando-o para vir até nós.

— Está tudo bem, senhorita? – Samuel perguntou ao se aproximar.

Eu balancei a cabeça que não e estendi o cartão para ele.

— Phillip me mandou essas flores, com esse cartão – respondi e Samuel pegou o cartão da minha mão, lendo-o em seguida. – Ele está me observando e, quando formos embora...

— Eu dobrarei a minha atenção, senhorita, não se preocupe. Ele não chegará perto. – Ele falou e, então, eu notei que no verso do cartão tinha mais alguma coisa escrita.

Eu peguei o cartão de volta e o virei.

— O que foi? Tem mais alguma coisa? – Samuel perguntou e eu assenti, franzindo o cenho ao ler o que tinha no verso.

"P.S.: Adorei o corte de cabelo. Ficará mais fácil para você usar uma peruca. Eu não vejo a hora de ver você loira novamente.

R."

— R! – Addy exclamou. – Meu Deus, era mesmo ele quem te enviava aquelas mensagens!

Eu assenti, relendo aquelas palavras. Mas eu estava mesmo intrigada com o fato de ele assinar como 'R.'. Desde que eu descobri ser ele a me enviar aquelas mensagens, eu não entendia o porque de assinar com aquela letra.

— R?! – Samuel franziu o cenho, confuso. – Quem é R?

— O Phillip. – Eu respondi e ele franziu ainda mais o cenho, tão confuso quanto eu. – Ele assina as mensagens para mim com essa letra.

— Por quê?

— Eu não faço ideia.

— Apelido? – indagou e eu respondi que não. – Você o chamava, particularmente, com alguma palavra com R? – questionou e eu neguei novamente.

— Eu nunca dei apelidos para ele. Sempre o chamei de Phillip.

— Isso não faz sentido algum.

— Eu sei. – Suspirei, me recostando na cadeira. – Assim como também não faz sentido ele ter me mandado essas flores e escrever isso. Eu tenho certeza de que ele odiou eu ter cortado o cabelo.

— Posso? – Samuel abriu a mão, para que eu entregasse o cartão para ele. Eu assenti, fazendo exatamente isso. – Bom... levando em consideração o que me falaram sobre ele, eu acho que ele está sendo irônico – falou e eu olhei para ele, me dando conta de que era exatamente isso.

— É claro! Ele está sendo sarcástico! É óbvio que ele não está me desejando ter um dia maravilhoso, pois ele sabe que não vai ser!

— Não se preocupe, senhorita, eu vou garantir que ele não faça nada com você.

Agora Tenho V🌸cê! - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora